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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Iluminismo - A Era da Razão




Entre 1650 e 1700, um grande movimento cultural, político, filosófico e social tomou conta dos grandes países europeus, difundindo-se posteriormente para todo o mundo.

Tratou-se da “Era da Razão”, ou iluminismo, que teve como precursores Baruch Spinoza, John Locke, Pierre Bayle e Isaac Newton e que tinha como principal objetivo a mobilização da razão, para a reforma da sociedade.

O auge do movimento, nascido na França, pode ser representado pela edição de uma das primeiras enciclopédias do mundo, de nome “dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers”[1], cujos últimos volumes foram publicados em 1772.

Esta grande obra, compreendendo 33 volumes, 71 818 artigos, e 2 885 ilustrações, foi editada por Jean le Rond d'Alembert e Denis Diderot. D'Alembert deixou o projeto antes do seu término, sendo os últimos volumes obra de Diderot. Muitas das mais notáveis figuras do Iluminismo francês contribuíram para a obra, incluindo Voltaire, Rousseau, e Montesquieu.

Os escritores da enciclopédia viram-na como a destruição das superstições e o acesso ao conhecimento humano. Foi um sumário quintessencial do pensamento e das idéias do Iluminismo. Na França do Ancien Régime[2], no entanto, causaria uma tempestade de controvérsia. Isto foi devido em parte pela sua tolerância religiosa. A enciclopédia elogiava pensadores protestantes e desafiava os dogmas da Igreja Católica Romana. A obra foi banida na totalidade, mas porque ela tinha apoiadores em altos cargos, o trabalho continuou e cada volume posterior foi entregue clandestinamente aos subscritores.

Aproximadamente 25.000 cópias desta obra foram vendidas, metade delas fora da França, fazendo com que os novos conceitos fossem rapidamente espalhados por toda a Europa, notadamente Inglaterra e Escócia, os estados alemães, Países Baixos, Rússia, Itália, Áustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em colônias européias, onde influenciou Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana

Os ideais políticos influenciaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791.

Como definição do “Iluminismo” faremos uso das palavras de Immanuel Kant:

Luz
Luz
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude![3] Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".[4]

Alguns iluministas notáveis:
  • Bento de Espinosa (1632–1677), filósofo holandês, com ascendência judaica portuguesa. É considerado o precursor das correntes mais radicais do pensamento iluminista. Escrito mais importante: Ética (1677).

  • John Locke (1632 - 1704), filósofo inglês. Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano (1689); Dois tratados sobre governo (1689).

  • Montesquieu (Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês. Notabilizou-se pela sua teoria da separação dos poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), a qual exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos. Escrito mais importante: Do Espírito das Leis (1748).

  • Voltaire (pseudónimo de François-Marie Arouet) (1694-1778), defendia uma monarquia esclarecida. Filósofo francês, era deista (acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual. Escritos mais importantes: Ensaio sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764) e Cartas Inglesas (1734).

  • Benjamin Franklin (1706-1790), político, cientista e filósofo estadunidense. Participou ativamente dos eventos que levaram à independência dos Estados Unidos e da elaboração da constituição de 1787.

  • Buffon (Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon) (1707-1788), naturalista francês. A sua principal obra, A história natural, geral e particular (1749–1778; 36 volumes), exerceu capital influência sobre as concepções de natureza e história dos autores do Iluminismo tardio.

  • David Hume (1711-1776), filósofo e historiador escocês.

  • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo francês. Escrito mais importante: Do Contrato Social.
 
  • Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com D'Alembert a "Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios", composta de 33 volumes publicados, pretendia reunir todo o conhecimento humano disponível, que se tornou o principal vínculo de divulgação de suas idéias naquela época. Também se dedicou à teoria da literatura e à ética trabalhista.

  • Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso é A Riqueza das Nações.

  • Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral.

  • Gotthold Ephraim Lessing (1729–1781), dramaturgo e filósofo alemão. É um dos principais nomes do teatro alemão na época moderna. Nos seus escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento.

  • Edward Gibbon (1737–1794), historiador inglês.

  • Benjamin Constant (1767–1830), político, filósofo e escritor franco-suíço. Um dos pioneiros do Liberalismo, amigo pessoal de Madame de Staël e aluno de Adam Smith e David Hume na Escócia. Constant foi imensamente influenciado pelo Iluminismo Escocês, tanto em seu trabalho sobre Religião, quanto em seus ideais de liberdade individual.
Você encontra um bom trabalho de pesquisa relacionado ao “Dicionário de ciências, artes e ofícios” no Senado Federal, mais especificamente produzido pela equipe do Senador Geraldo Mesquita Júnior, que você pode acessar clicando neste link.

Artigos relacionados:
Beethoven


[1] “Dicionário de ciências, artes e ofícios”
[2] Antigo Regime
[3] Ouse ser sábio!
[4] Teríamos ai a mais clara justificativa para um dos requisitos do candidato à tornar-se maçom? (“Homem livre e de bons costumes”)


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sábado, 29 de outubro de 2011

Alegria

"Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer".
João Guimarães Rosa

Hoje abrimos o dia com este pensamento de João Guimarães Rosa, que colocamos na página de fãs do blog Maçonaria e Esoterismo.

Este pensamento nos lembrou do artigo “Solidão”, que escrevemos no dia 14 passado e no qual falamos do caminhar individual dos homens.

No entanto, há outro aspecto a respeito que merece ser avaliado.

Dizem os sociólogos que “o meio faz o homem”. Pedimos que cada leitor olhe agora à sua volta.

Estamos em um ambiente hostil? O que nos cerca é natural? Podemos ver animais selvagens à nossa volta? Estamos sujeitos à chuva, ao vento ou ao Sol?

Nós, seres humanos, fizemos nosso meio e não o contrário!

Unimo-nos para decidir o que seria mais adequado para a maioria e alteramos drasticamente nosso habitat. 

Nalgumas mudanças usamos a inteligência. Noutras, a ambição para a concentração daquilo que não existe, dos recursos financeiros que inventamos no passado.

Geramos entidades que absolutamente não existem, às quais emprestamos vida e grande capacidade de decisão e interferência em nossas vidas, quando não decisão sobre elas.

Assim são o Estado e o tal “mercado financeiro”, por exemplo.

E, como dissemos no artigo “Solidão”, se assim fizemos para ocupar nosso tempo e evitar aquele sentimento, talvez em algum momento a intenção tenha sido outra.

Para algumas religiões e escolas de pensamento, a individualidade existe tão somente enquanto nos encontramos neste plano.

Seriamos animados por uma fração inteligenciável do Criador, que a Ele retornaria e com Ele se “misturaria” após terminada a vida.

Se assim for, o sentimento de “solidão” poderia ser muito mais nobre do que inicialmente verificamos. Poderia ser, na verdade, a busca pela proximidade com outras “partículas inteligenciáveis” e, portanto, com Deus.

Seria a “solidão” na verdade uma saudade de nossa origem?

A alegria da companhia, seria a alegria da identificação?

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Grande Arquiteto do Universo


Livro da Lei dos Maçons - por Denilton Santos
Livro da Lei dos Maçons - por Denilton Santos


Temos constantemente ouvido e lido algumas aberrações, infelizmente costumeiras em relação à Maçonaria.

Uma delas refere-se ao termo “Grande Arquiteto do Universo”, que, segundo alguns designaria a deidade[1] do(s) deus(es) adorado(s) pelos maçons, em franca oposição ao que é bom e correto.

Bem, realizamos algumas poucas pesquisas a respeito do termo “Grande Arquiteto do Universo” e abaixo apresentamos as conclusões relacionados ao seu uso não apenas em Maçonaria, mas na religião Cristã, no hermetismo e na gnose, na esperança de esclarecer algo a respeito.


Na cristandade:

O Cristianismo usa regularmente conceituar Deus como “Grande Arquiteto do Universo”.

Bíblias desde Idade Média têm ilustrado Deus como o arquiteto do universo. Esta referência é apresentada com regularidade por apologistas e professores cristãos mundo a fora.

Tomás de Aquino sustentou que existe um “Grande Arquiteto do Universo”, que seria a “causa primeira”, também denominada Deus, e João Calvino publicou um livro em 1536, denominado “Instituto da Religião Cristã”, em que claramente aponta o “Grande Arquiteto do Universo” como Deus e refere-se aos Seus trabalhos como “arquitetura do universo”.


No “hermetismo”:

O “Grande Arquiteto do Universo” seria a potencialidade divina de cada indivíduo, pois que na tradição hermética todo indivíduo tem a capacidade de tornar-se Deus, que para seus adeptos seria um conceito interior e não exterior aos Homens.

O termo também poderia referir-se ao “mentalismo” (leia o artigo “As sete leis herméticas), ou seja, o conceito pelo qual criamos nossa própria realidade. Por isto seriamos o “arquiteto”.


Sob a ótica da “gnosis[2]:

O conceito de “Grande Arquiteto do Universo” ocorre no gnosticismo. O Demiurgo é o Grande Arquiteto do Universo, o Deus do Antigo Testamento, em oposição a Cristo e Sophia, mensageiros da Gnose do Verdadeiro Deus. Ebionits como Notzrim, por exemplo, o Rabba Pira, é a fonte de origem, e, recipiente de todas as coisas, que é preenchido pelo Rabba Mana, o Grande Espírito, do qual emana a primeira vida. A primeira vida reza para a companhia e filhos, após o que a segunda vida, o Ultra Mkayyema ou mundo que constitui Æon[3], o Arquiteto do Universo, vem a ser. A partir desse Arquiteto vem uma série de æons, que erguem o universo sob o comando da gnosis, o conhecimento personificado de vida.


Na Maçonaria:

Um dos requisitos para ser feito maçom é a crença em um Ente Superior, tenha ele o nome ou designação que tiver, responsável pela criação e pela existência, embora este não seja um ponto doutrinal da Ordem Maçônica.

Não tendo característica sectária, a Maçonaria aceita em suas fileiras pessoas de todas as tendências e concepções religiosas, desde que respeitado o mencionado no parágrafo anterior.

O termo “Grande Arquiteto do Universo”, em Maçonaria, designa uma grande força superior criadora de tudo o que existe. Assim o é para que não se faça referência a qualquer religião ou crença, permitindo que adeptos de todas elas possam se reunir numa mesma loja maçônica, sem que suas convicções sejam invadidas ou vilipendiadas, o que, ressalte-se, é muitíssimo comum.

A atividade maçônica em relação ao “Grande Arquiteto do Universo” envolve tão somente estudos filosóficos e afasta-se do proselitismo[4].


[1] Deidade é o conjunto de forças ou intenções que materializam a divindade. A deidade é a fonte de tudo aquilo que é divino. A deidade é característica e invariavelmente divina, mas nem tudo o que é divino é deidade necessariamente, ainda que esteja coordenado com a deidade e tenha a tendência de estar, em alguma fase, em unidade com a deidade – espiritual, mental ou pessoalmente.

[2] Gnose (ou Gnosis) é substantivo do verbo gignósko, que significa conhecer. Para os Gnósticos, Gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. No grego clássico e no grego popular, koiné, seu significado é semelhante ao da palavra epistéme.
Em filosofia, epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião", enquanto gnôsis significa conhecimento em oposição a "ignorância", chamada de ágnoia.
Para os Gnósticos a gnose é um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva. É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado, porque permite o encontro do homem com sua Essência Eterna.
O objeto do conhecimento da Gnose seria Deus, ou tudo o que deriva d'Ele. Para seus seguidores, toda Gnose parte da aceitação firme na existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada. "Conhecer" significa ser e atuar (na medida do possível ao ser humano), no âmbito do divino.
O termo "Gnose" acabou designando, nos tempos atuais, um conjunto de tradições que acreditam no aspecto espiritual do Universo e na possibilidade de salvação por um conhecimento secreto. Podemos encontrara a mesma "Gnosis", como corrente de pensamento místico, em toda as grande religiões e culturas: na cultura Indiana há encontramos com o nome de Jñana (ou Gñana), no Islamismo a encontramos dentro Sufismo com o nome de Marifa, e no Judaísmo Cabalístico com o nome de Daath. Mais foi nos três primeiros Séculos do cristianismo que ela teve seu apogeu, sendo "a primeira forma de manifestação do um pensamento filosófico e teológico cristão", o chamado gnosticismo cristão.

[3] Éon, eão, eon ou ainda aeon significa, em termos latos, um enorme período de tempo, ou a eternidade. A palavra latina aeon, significa "para sempre". Ela é derivada do grego αιών (aión), cujo um dos significados é "um período de existência" ou "vida".

[4] O proselitismo (do latim eclesiástico prosélytus, que por sua vez provém do grego προσήλυτος) é o intento, zelo, diligência, empenho ativista de converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, idéia ou religião (proselitismo religioso).

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sobrevivendo a perseguições

Hoje desejamos esclarecer um pouco mais a respeito da importância da Cabala em sua origem, que é o povo judeu, para que não mais se confunda seu estudo e prática com pessoas abastadas financeiramente.

Você pode ler os artigos anteriormente escritos sobre cabala clicando nos links abaixo.


O povo judeu iniciou sua história no ano 2.140 antes da era Cristã.



shimon - por ithiel00
shimon - por ithiel00
As partes da história do povo judeu que hoje desejamos abordar são as inúmeras crises por ele vivenciadas, com o objetivo posterior de avaliar qual a razão mais provável para que ainda hoje exista este povo. Para a realização deste trabalho, considerando a ausência entre nós de membros da comunidade judaica, fizemos uso de pesquisas na internet e literatura.

O povo judeu/hebreu sofreu inúmeras perseguições e tentativas de extermínio durante sua história. Vamos enumerar algumas delas, sem perder tempo com os absurdos ocorridos durante as primeira e segunda guerras mundiais, de todos conhecidos:
·   
  1ª escravidão – No Egito, logo após a época em que José, que havia se tornado vice-rei daquele país.

· Na mesma época, editado um decreto pelo faraó para a matança de todos os meninos nascidos daquele povo.

·  Décadas após – libertação da escravidão egípcia, por Moisés.

· 600.000 pessoas daquele povo que foram libertados passam 40 anos no deserto, experimentando a vida nômade.

·  Saul (1.026 – 1.000 a.C.), feito primeiro rei do povo hebreu, e Davi, seu sucessor, enfrentam inúmeras guerras para estabelecer um país.

· Salomão sucede seu pai Davi e leva o país ao extremo da felicidade, inclusive construindo o templo.

· Morto Salomão, o reino é dividido entre seu filho Roboão e seu adversário Jerobão, seguindo-se guerras entre eles para estabelecer hegemonia.

· Aproveitando-se da desarmonia interna, nações vizinhas expandem-se tomando territórios, rotas e atividades comerciais.

· O Egito ataca Israel, tomando Jerusalém e apoderando-se do templo e de seus tesouros.

·  Nabucodonossor (632 – 562 a. C.), rei da Babilônia, toma o país.

· Seguem-se reinados ditos “indignos”, como os de Ahab, Joram, Jezebel e Átila.

· Os hebreus são feitos escravos da Assíria até sua libertação por Ciro, após a queda daquele império, com permissão de retorno ao país e reconstrução do templo, mas com governantes impostos pelos dominadores.

· Os governantes impostos exorbitam nas taxações e perseguem o povo pela religião.

· Antíoco Epifânio manda construir uma estátua de Júpter Olímpico no meio do templo reconstruído e determina o extermínio dos hebreus que não abandonassem suas crenças diante daquele deus.

· O macabeu Iehuda vence os sírios, entra vitorioso em Jerusalém e restabelece o culto divino.

· No ano 70 da era Cristã, o imperador romano Tito toma Jerusalém, incendiando o templo e mata ou vende como escravos a maior parte de seus habitantes.

· Começa o milenar exílio do povo judeu. Sobreviventes imigram para a Ásia e para o ocidente, enquanto aqueles de Alexandria, já helenizados, permanecem no mesmo ambiente.

· Na mesma época, na Judéia (denominada Palestina pelos romanos), parte dos judeus sobreviventes entregou-se à luta sob a liderança de Bar-Kochba. A rebelião é sufocada com grande derramamento de sangue.

· O infeliz e longo desterro, entretanto, possibilitou o ressurgimento do povo. Foi durante ele que foram compilados grandes livros judaicos como a Mishná e o Talmude. O povo judeu dedicava-se ao desenvolvimento cultural, filosófico e moral.

·  O imperador romano Constantino sobe ao trono no ano 350, iniciando uma política de coação contra o povo judeu que estava sob seu jugo.

· Os judeus continuam seu desenvolvimento cultural nas regiões dominadas pelos muçulmanos, pagando elevadíssimos tributos para que pudesse se dedicar ao comércio, como em Bagdá, Cairo e toda a Espanha dominada.

·  No mundo cristão, à medida que o cristianismo ia ganhando terreno no monopólio das fontes de riqueza dos países do Ocidente, ia a influência judaica pouco a pouco voltando ao estado de prostração em que esteve mergulhada nos últimos tempos do império romano. Os judeus não podiam ter autoridade alguma sobre os cristãos; eram afastados dos cargos públicos e eram privados dos direitos de cidadania quando implicava em algum cargo de autoridade, como ter escravos, servos e até criados domésticos.

·  Era vedado aos cristãos ter qualquer contato social com os judeus, que deveriam ter uma marca em suas roupas ou em alguma parte do corpo para permitir suas identificações.

·  No mundo cristão de então, os antigos hebreus e agora os judeus que eram um povo essencialmente agrícola, sem aptidão especial e sem gosto pelo comércio, viram-se obrigados, na sua qualidade de estrangeiros numa população urbana e mercantil, a mudar suas características de vida. A partir da época feudal, especializaram-se cada vez mais no comércio e na medicina, que podiam exercer pois lhes eram vedadas todas as outras profissões. O judeu, por causa das leis canônicas, chegou a ser banqueiro por excelência, e "judeu" e "banqueiro" tornaram-se vocábulos sinônimos. Desta maneira foram criando tanto inimigos como credores e, ao despertar o espírito comercial quando a submissão às leis canônicas foi decaindo ante o imperativo da luta pela existência, o capitalista cristão perseguiu no judeu o competidor e detentor de um monopólio produtivo.




·  Na Espanha, onde os judeus já viviam desde o século III (e.C.), a população judaica aumentou notavelmente depois da batalha de Guadelete (711) como conseqüência da invasão dos árabes, provavelmente por ter ficado ali grande número de judeus que tinham vindo com os muçulmanos. A situação dos judeus melhorou, prosperaram e houve reis que tiveram médicos, astrônomos e músicos judeus. Chegaram a possuir terras, indústrias, faziam serviço militar sem qualquer restrição, iguais aos outros cidadãos e em certas jurisdições estavam no mesmo pé de igualdade com os fidalgos. Neste ambiente, os judeus começaram a desenvolver na Espanha uma atividade cultural que é tida como a "Idade de Ouro" da história judaica.

· Durante três séculos o judaísmo floresceu em Granada, Córdoba, Sevilha, Saragosa, Barcelona, etc., dedicando-se seus integrantes a produzir obras literárias, dando início aos comentários sobre o Talmude, que tornaram mais fácil a procura de qualquer dado. Com a ascensão da ciência árabe, muitos judeus que também escreviam neste idioma começaram a ocupar-se da filosofia. A cultura hebraica deu seus melhores frutos naquela época. É desse período o sábio e venerado Maimônides. Os rabinos não tratavam apenas de obras religiosas, morais e filosóficas e sim de todos os temas e argumentos. Assim guiado, o judeu ampliou sua missão; o homem da sinagoga passou a ser homem do mundo, participava da vida pública, ajudava os monarcas árabes em suas empresas e em sua política e mais tarde auxiliou também os soberanos da Espanha a aumentar sua potência e a conquistar um império. A par disto, homens de ciência e audazes navegantes judeus colaboraram nas façanhas que levaram os portugueses para além do Cabo da Boa Esperança, até as Índias. Não obstante, os judeus não esqueceram sua antiga pátria; com exceção de alguns que voltavam para a Terra de Israel para ali terminar seus dias, os outros criaram raízes na Espanha, vivendo ali como em sua antiga terra. De Sefarad, nome hebreu da Espanha, derivou o nome sefaradim, como se fizeram chamar os judeus, pensando com isto conquistar sua tranqüilidade e seu lugar no mundo.

· Na Inglaterra - No ano de 1264 houve uma verdadeira matança e, por um decreto do ano de 1290, os judeus foram expulsos da Inglaterra, encontrando refúgio em Flandres, França, Alemanha e Espanha setentrional. Só puderam retornar no período de Oliver Cromwell, quase quatro séculos mais tarde.

· 1391 – 9 de junho – Começa um grande movimento anti-semita na Espanha: 2.000 são mortos em Córdoba, sem distinção se sexo ou idade; 5.000 em Valencia; 11.000 em Barcelona e outros muitos milhares em mais 70 províncias.

· 1.480 (inquisição) – Os reis Fernando e Isabel desterram cerca de 550.000 judeus para o deserto, embora estes os houvessem auxiliado financeiramente a subir ao poder.

·  Portugal fecha suas fronteiras para os exilados.

· Fugitivos da Espanha e de Portugal, os judeus tiveram acolhida em vários estados italianos; porém também ali a Inquisição acabou imediatamente com a liberdade que tinham e a maior parte daqueles infelizes teve que tomar novamente o caminho do desterro. Foi em Roma que a existência dos judeus sofreu misérias.

· Na Alemanha mais de 340 comunidades foram quase que totalmente exterminadas - ao estalar da Peste Negra, o cólera (1340-1351), mais, quando os judeus foram acusados de envenenar os poços de água.

· 1.517 - A Reforma Protestante num primeiro momento foi favorável aos judeus, pois o protestantismo modificou em parte a psicologia da época ao promover um maior interesse pelos estudos bíblicos, contribuindo assim para fazer luz sobre o passado e afirmando que a fé repousava sobre o Antigo Testamento. Observam alguns autores que Lutero com isso esperava poder converter os judeus para sua nova igreja. Depois de duas décadas, entretanto, vendo que não tinha conseguido seu intento, ele mudou de tática e passou a atacá-los violentamente. Vieram então os dias amargos pelos quais os fez passar o fundador do protestantismo. Ele tornou-lhes a vida extremamente sombria com seus escritos e suas publicações nos quais pregava que os judeus deviam ser mortos queimados ateando-se fogo às sinagogas enquanto rezavam. Quinhentos e poucos anos mais tarde, essas pregações foram utilizadas pelos nazistas para embasar sua tentativa de extermínio do povo judeu.

· 1.560 - Júlio III proibiu o estudo do Talmude. Os judeus foram encerrados em guetos, excluídos de suas profissões e finalmente, em 1569, expulsos de todas as cidades, menos Roma e Ancona. Em Toscana, Mântua, Ferrara e Veneza a situação era muito melhor. Na primeira destas cidades, por obra dos judeus e anussim imigrados da Espanha, surgiu a comunidade de Liorna.

· Com o século XVII terminou a vida tranqüila dos judeus na Polônia, iniciando-se as perseguições, a matança e a escravidão moral. Sua condição na Polônia e na Rússia, apesar de todas as emancipações, continuou sendo a mais triste de todas; por isso o judeu polonês sempre considerou a emigração como o único meio de salvação.

· Em novembro de 1947 a Organização das Nações Unidas (ONU) votou pela partilha da Palestina para a criação de dois países, um para os judeus e outro para os árabes palestinos.E em maio de 1948, após dois mil anos de espera pelos judeus, David Ben Gurion proclamou a independência do Estado de Israel.

O povo judeu, como visto, viveu em praticamente todos os países do mundo antes de estabelecerem novamente um território como seu país.

Inúmeras e inacreditáveis mortes, desterros, estupros, roubos e outras mazelas os vitimaram e os espalharam pelo mundo.

A crise que assolou este povo, como igualmente visto, não foi apenas econômica, mas moral, espiritual e de muitas outras matizes.

Parece absolutamente inacreditável que tenham mantido uma identidade.

De fato, vivendo em muitos países debelados por bárbaros e assassinos perseguidores, falaram muitas línguas, foram influenciados por muitas culturas, não tinham moeda ou identidade que os pudesse unir, senão uma, qual seja sua religião e os estudos que dela derivaram.

Eis a importância da cabala, dentre outros estudos!

Não existem judeus no nosso grupo de autores. Este artigo foi produzido para colaborar com o extermínio de preconceitos.

Depois de ler este artigo, talvez seja interessante você conhecer um pouco mais a respeito do templo. Um dos textos relacionados você encontra em “O Templo”.

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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