Hoje desejamos esclarecer um
pouco mais a respeito da importância da Cabala em sua origem, que é o povo
judeu, para que não mais se confunda seu estudo e prática com pessoas abastadas
financeiramente.
Você pode ler os artigos
anteriormente escritos sobre cabala clicando nos links abaixo.
O povo judeu iniciou sua história
no ano 2.140 antes da era Cristã.
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shimon - por ithiel00 |
As partes da história do povo
judeu que hoje desejamos abordar são as inúmeras crises por ele vivenciadas,
com o objetivo posterior de avaliar qual a razão mais provável para que ainda
hoje exista este povo. Para a realização deste trabalho, considerando a
ausência entre nós de membros da comunidade judaica, fizemos uso de pesquisas
na internet e literatura.
O povo judeu/hebreu sofreu
inúmeras perseguições e tentativas de extermínio durante sua história. Vamos
enumerar algumas delas, sem perder tempo com os absurdos ocorridos durante as
primeira e segunda guerras mundiais, de todos conhecidos:
·
1ª escravidão – No Egito, logo após a época em
que José, que havia se tornado vice-rei daquele país.
· Na mesma época, editado um decreto pelo faraó
para a matança de todos os meninos nascidos daquele povo.
· Décadas após – libertação da escravidão egípcia,
por Moisés.
· 600.000 pessoas daquele povo que foram
libertados passam 40 anos no deserto, experimentando a vida nômade.
· Saul (1.026 – 1.000 a.C.), feito primeiro rei do
povo hebreu, e Davi, seu sucessor, enfrentam inúmeras guerras para estabelecer
um país.
· Salomão sucede seu pai Davi e leva o país ao
extremo da felicidade, inclusive construindo o templo.
· Morto Salomão, o reino é dividido entre seu
filho Roboão e seu adversário Jerobão, seguindo-se guerras entre eles para
estabelecer hegemonia.
· Aproveitando-se da desarmonia interna, nações
vizinhas expandem-se tomando territórios, rotas e atividades comerciais.
· O Egito ataca Israel, tomando Jerusalém e
apoderando-se do templo e de seus tesouros.
· Nabucodonossor (632 – 562 a. C.), rei da
Babilônia, toma o país.
· Seguem-se reinados ditos “indignos”, como os de
Ahab, Joram, Jezebel e Átila.
· Os hebreus são feitos escravos da Assíria até
sua libertação por Ciro, após a queda daquele império, com permissão de retorno
ao país e reconstrução do templo, mas com governantes impostos pelos
dominadores.
· Os governantes impostos exorbitam nas taxações e
perseguem o povo pela religião.
· Antíoco Epifânio manda construir uma estátua de
Júpter Olímpico no meio do templo reconstruído e determina o extermínio dos
hebreus que não abandonassem suas crenças diante daquele deus.
· O macabeu Iehuda vence os sírios, entra
vitorioso em Jerusalém e restabelece o culto divino.
· No ano 70 da era Cristã, o imperador romano Tito
toma Jerusalém, incendiando o templo e mata ou vende como escravos a maior
parte de seus habitantes.
· Começa o milenar exílio do povo judeu. Sobreviventes
imigram para a Ásia e para o ocidente, enquanto aqueles de Alexandria, já
helenizados, permanecem no mesmo ambiente.
· Na mesma época, na Judéia (denominada Palestina
pelos romanos), parte dos judeus sobreviventes entregou-se à luta sob a
liderança de Bar-Kochba. A rebelião é sufocada com grande derramamento de
sangue.
· O infeliz e longo desterro, entretanto,
possibilitou o ressurgimento do povo. Foi durante ele que foram compilados
grandes livros judaicos como a Mishná e o Talmude. O povo judeu dedicava-se ao
desenvolvimento cultural, filosófico e moral.
· O imperador romano Constantino sobe ao trono no
ano 350, iniciando uma política de coação contra o povo judeu que estava sob
seu jugo.
· Os judeus continuam seu desenvolvimento cultural
nas regiões dominadas pelos muçulmanos, pagando elevadíssimos tributos para que
pudesse se dedicar ao comércio, como em Bagdá, Cairo e toda a Espanha dominada.
· No mundo cristão, à medida que o cristianismo ia
ganhando terreno no monopólio das fontes de riqueza dos países do Ocidente, ia
a influência judaica pouco a pouco voltando ao estado de prostração em que esteve
mergulhada nos últimos tempos do império romano. Os judeus não podiam ter
autoridade alguma sobre os cristãos; eram afastados dos cargos públicos e eram
privados dos direitos de cidadania quando implicava em algum cargo de
autoridade, como ter escravos, servos e até criados domésticos.
· Era vedado aos cristãos ter qualquer contato social
com os judeus, que deveriam ter uma marca em suas roupas ou em alguma parte do
corpo para permitir suas identificações.
· No mundo cristão de então, os antigos hebreus e
agora os judeus que eram um povo essencialmente agrícola, sem aptidão especial
e sem gosto pelo comércio, viram-se obrigados, na sua qualidade de estrangeiros
numa população urbana e mercantil, a mudar suas características de vida. A
partir da época feudal, especializaram-se cada vez mais no comércio e na
medicina, que podiam exercer pois lhes eram vedadas todas as outras profissões.
O judeu, por causa das leis canônicas, chegou a ser banqueiro por excelência, e
"judeu" e "banqueiro" tornaram-se vocábulos sinônimos.
Desta maneira foram criando tanto inimigos como credores e, ao despertar o
espírito comercial quando a submissão às leis canônicas foi decaindo ante o
imperativo da luta pela existência, o capitalista cristão perseguiu no judeu o
competidor e detentor de um monopólio produtivo.
· Na Espanha, onde os judeus já viviam desde o
século III (e.C.), a população judaica aumentou notavelmente depois da batalha
de Guadelete (711) como conseqüência da invasão dos árabes, provavelmente por
ter ficado ali grande número de judeus que tinham vindo com os muçulmanos. A
situação dos judeus melhorou, prosperaram e houve reis que tiveram médicos,
astrônomos e músicos judeus. Chegaram a possuir terras, indústrias, faziam
serviço militar sem qualquer restrição, iguais aos outros cidadãos e em certas
jurisdições estavam no mesmo pé de igualdade com os fidalgos. Neste ambiente,
os judeus começaram a desenvolver na Espanha uma atividade cultural que é tida
como a "Idade de Ouro" da história judaica.
· Durante três séculos o judaísmo floresceu em
Granada, Córdoba, Sevilha, Saragosa, Barcelona, etc., dedicando-se seus
integrantes a produzir obras literárias, dando início aos comentários sobre o
Talmude, que tornaram mais fácil a procura de qualquer dado. Com a ascensão da
ciência árabe, muitos judeus que também escreviam neste idioma começaram a
ocupar-se da filosofia. A cultura hebraica deu seus melhores frutos naquela
época. É desse período o sábio e venerado Maimônides. Os rabinos não tratavam
apenas de obras religiosas, morais e filosóficas e sim de todos os temas e
argumentos. Assim guiado, o judeu ampliou sua missão; o homem da sinagoga
passou a ser homem do mundo, participava da vida pública, ajudava os monarcas
árabes em suas empresas e em sua política e mais tarde auxiliou também os soberanos
da Espanha a aumentar sua potência e a conquistar um império. A par disto,
homens de ciência e audazes navegantes judeus colaboraram nas façanhas que
levaram os portugueses para além do Cabo da Boa Esperança, até as Índias. Não
obstante, os judeus não esqueceram sua antiga pátria; com exceção de alguns que
voltavam para a Terra de Israel para ali terminar seus dias, os outros criaram
raízes na Espanha, vivendo ali como em sua antiga terra. De Sefarad, nome
hebreu da Espanha, derivou o nome sefaradim, como se fizeram chamar os judeus,
pensando com isto conquistar sua tranqüilidade e seu lugar no mundo.
· Na Inglaterra - No ano de 1264 houve uma
verdadeira matança e, por um decreto do ano de 1290, os judeus foram expulsos
da Inglaterra, encontrando refúgio em Flandres, França, Alemanha e Espanha
setentrional. Só puderam retornar no período de Oliver Cromwell, quase quatro
séculos mais tarde.
· 1391 – 9 de junho – Começa um grande movimento anti-semita
na Espanha: 2.000 são mortos em Córdoba, sem distinção se sexo ou idade; 5.000
em Valencia; 11.000 em Barcelona e outros muitos milhares em mais 70
províncias.
· 1.480 (inquisição) – Os reis Fernando e Isabel
desterram cerca de 550.000 judeus para o deserto, embora estes os houvessem
auxiliado financeiramente a subir ao poder.
· Portugal fecha suas fronteiras para os exilados.
· Fugitivos da Espanha e de Portugal, os judeus
tiveram acolhida em vários estados italianos; porém também ali a Inquisição
acabou imediatamente com a liberdade que tinham e a maior parte daqueles
infelizes teve que tomar novamente o caminho do desterro. Foi em Roma que a
existência dos judeus sofreu misérias.
· Na Alemanha mais de 340 comunidades foram quase que totalmente
exterminadas - ao estalar da Peste Negra, o cólera (1340-1351), mais,
quando os judeus foram acusados de envenenar os poços de água.
· 1.517 - A Reforma Protestante num primeiro momento
foi favorável aos judeus, pois o protestantismo modificou em parte a psicologia
da época ao promover um maior interesse pelos estudos bíblicos, contribuindo
assim para fazer luz sobre o passado e afirmando que a fé repousava sobre o
Antigo Testamento. Observam alguns autores que Lutero com isso esperava poder
converter os judeus para sua nova igreja. Depois de duas décadas, entretanto,
vendo que não tinha conseguido seu intento, ele mudou de tática e passou a
atacá-los violentamente. Vieram então os dias amargos pelos quais os fez passar
o fundador do protestantismo. Ele tornou-lhes a vida extremamente sombria com
seus escritos e suas publicações nos quais pregava que os judeus deviam ser
mortos queimados ateando-se fogo às sinagogas enquanto rezavam. Quinhentos e
poucos anos mais tarde, essas pregações foram utilizadas pelos nazistas para
embasar sua tentativa de extermínio do povo judeu.
· 1.560 - Júlio III proibiu o estudo do Talmude.
Os judeus foram encerrados em guetos, excluídos de suas profissões e finalmente,
em 1569, expulsos de todas as cidades, menos Roma e Ancona. Em Toscana, Mântua,
Ferrara e Veneza a situação era muito melhor. Na primeira destas cidades, por
obra dos judeus e anussim imigrados da Espanha, surgiu a comunidade de Liorna.
· Com o século XVII terminou a vida tranqüila dos
judeus na Polônia, iniciando-se as perseguições, a matança e a escravidão
moral. Sua condição na Polônia e na Rússia, apesar de todas as emancipações,
continuou sendo a mais triste de todas; por isso o judeu polonês sempre
considerou a emigração como o único meio de salvação.
· Em novembro de 1947 a Organização das Nações
Unidas (ONU) votou pela partilha da Palestina para a criação de dois países, um
para os judeus e outro para os árabes palestinos.E em maio de 1948, após dois
mil anos de espera pelos judeus, David Ben Gurion proclamou a independência do
Estado de Israel.
O povo judeu, como visto, viveu
em praticamente todos os países do mundo antes de estabelecerem novamente um
território como seu país.
Inúmeras e inacreditáveis mortes,
desterros, estupros, roubos e outras mazelas os vitimaram e os espalharam pelo
mundo.
A crise que assolou este povo,
como igualmente visto, não foi apenas econômica, mas moral, espiritual e de
muitas outras matizes.
Parece absolutamente
inacreditável que tenham mantido uma identidade.
De fato, vivendo em muitos países
debelados por bárbaros e assassinos perseguidores, falaram muitas línguas,
foram influenciados por muitas culturas, não tinham moeda ou identidade que os
pudesse unir, senão uma, qual seja sua religião e os estudos que dela
derivaram.
Eis a importância da cabala,
dentre outros estudos!
Não existem judeus no nosso grupo de autores. Este artigo foi produzido para colaborar com o extermínio de preconceitos.
Depois de ler este artigo, talvez
seja interessante você conhecer um pouco mais a respeito do templo. Um dos
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