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sábado, 29 de outubro de 2011

Alegria

"Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer".
João Guimarães Rosa

Hoje abrimos o dia com este pensamento de João Guimarães Rosa, que colocamos na página de fãs do blog Maçonaria e Esoterismo.

Este pensamento nos lembrou do artigo “Solidão”, que escrevemos no dia 14 passado e no qual falamos do caminhar individual dos homens.

No entanto, há outro aspecto a respeito que merece ser avaliado.

Dizem os sociólogos que “o meio faz o homem”. Pedimos que cada leitor olhe agora à sua volta.

Estamos em um ambiente hostil? O que nos cerca é natural? Podemos ver animais selvagens à nossa volta? Estamos sujeitos à chuva, ao vento ou ao Sol?

Nós, seres humanos, fizemos nosso meio e não o contrário!

Unimo-nos para decidir o que seria mais adequado para a maioria e alteramos drasticamente nosso habitat. 

Nalgumas mudanças usamos a inteligência. Noutras, a ambição para a concentração daquilo que não existe, dos recursos financeiros que inventamos no passado.

Geramos entidades que absolutamente não existem, às quais emprestamos vida e grande capacidade de decisão e interferência em nossas vidas, quando não decisão sobre elas.

Assim são o Estado e o tal “mercado financeiro”, por exemplo.

E, como dissemos no artigo “Solidão”, se assim fizemos para ocupar nosso tempo e evitar aquele sentimento, talvez em algum momento a intenção tenha sido outra.

Para algumas religiões e escolas de pensamento, a individualidade existe tão somente enquanto nos encontramos neste plano.

Seriamos animados por uma fração inteligenciável do Criador, que a Ele retornaria e com Ele se “misturaria” após terminada a vida.

Se assim for, o sentimento de “solidão” poderia ser muito mais nobre do que inicialmente verificamos. Poderia ser, na verdade, a busca pela proximidade com outras “partículas inteligenciáveis” e, portanto, com Deus.

Seria a “solidão” na verdade uma saudade de nossa origem?

A alegria da companhia, seria a alegria da identificação?

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