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sábado, 30 de julho de 2011

Deísmo X Teísmo (parte final - Teísmo)

Deísmo x Teísmo


O Teísmo  é um conceito filosófico-religioso desenvolvido para se compreender o Criador. 

Esta linha filosófica entende que Deus é a única entidade responsável pela criação do Universo, onipotente e onisciente.


Esta expressão provém do grego Théos, com o significado de ‘deus’. 



O Teísmo se contrapõe ao ateísmo, que não acredita na existência de uma divindade suprema. 

A filosofia teísta foi disseminada em 1678, pelo filósofo e teólogo inglês Ralph Cudworth, integrante do movimento filosófico conhecido por Platonistas de Cambridge.



O Teísmo pode ser classificado em Monoteísmo – fé em um único Deus -; Politeísmo – devoção a diversas divindades – e Henoteísmo – quando se adora um Deus Superior, mas não se rejeita a existência de outros deuses.

Também pode ser dividido em:

Teísmo Cristão, que adota o monoteísmo e a crença em Deus como base primordial e transcendente do Cosmos; e 

Monista, que vem do grego Monos, que tem o sentido de ‘um’, uma realidade una, tanto do ponto de vista metafísico, quanto no que se refere à analogia entre a psique e o organismo físico, contraposta à visão dualista e também ao conceito pluralista, ou seja, a uma realidade que se apóia na diversidade.

O Monismo está ligado à tradição filosófica ocidental dos pré-socráticos e filósofo mais importante desta escola é Spinoza, que afirma existir apenas algo a que ele denomina substância, da qual tudo deriva. 

Este conceito está também associado a algumas práticas religiosas pagãs, como a tradicional e ancestral Wicca, que se vale desta idéia para justificar a criação do Universo por um único Ser, neste caso a Deusa-Mãe, já que eles acreditavam que apenas o feminino pode criar vida. Apenas algum tempo depois surgiria o culto a uma figura masculina, a de Deus.

Também se pode falar em Teísmo Aberto, uma prática teológica que retira de Deus suas principais características. 






Seus seguidores defendem que o Criador não detém a completa ciência do futuro, o que Lhe permite modificar a todo instante suas idéias iniciais, conforme o desenrolar dos acontecimentos. 

Charles Hartshorne
Este movimento provém da Teologia do Processo, nascida nos anos 30, da qual os principais ícones foram Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Cobb. É uma filosofia também conhecida como panenteísmo, a qual procura conjugar o teísmo e o panteísmo.


O Teísmo apareceu no século XVIII, em oposição aos movimentos conhecidos como ateísmo, deísmo e panteísmo. Ele fortalece a fé em um único Deus, Criador Supremo de tudo, transcendente, que se encontra constantemente ativo no mundo, nele intervindo quando necessário. 

Os teístas igualmente crêem no poder da Razão, mas não rejeitam a revelação divina. Outro ramo conhecido do Teísmo é o agnóstico, que congrega aqueles que confessam não ser possível conhecer a Deus, mas mesmo assim acreditam ser possível ter fé no Criador, sem se preocupar com provas a seu respeito. 

Do Teísmo também se desenvolve a Teologia, ciência que estuda Deus, no contexto de todas as religiões.

A admissão e crença na verdade revelada, por escrituras e outros meios, é a principal distinção entre o Teísmo e o Deísmo. 

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Deísmo X Teísmo - Parte 1 (Deísmo)

Duas visões que, respeitosamente, se contrapõem:

Voltaire
Voltaire (1694-1778) filósofo francês, foi um Deísta. Acreditava que para chegar a Deus não se precisa ir à igreja, mas à razão.



Deísmo

- Embora esta postura filosófica admita a existência de um Deus criador, tenha ele o nome que tiver, questiona profundamente a idéia da reveleção divina e apega-se à concepção da inteligência humana como mediadora para a compreensão do Ser Superior, rejeitando a necessidade de religiões.

Para o deísta, Deus se revela não pelas religiões, mas pela ciência e pelas leis da natureza. Também para ele é difícil aceitar a visão de um deus antropomórfico, sendo-lhe mais digerível a idéia de "um princípio vital", "uma força criadora" ou a "energia motriz do universo".

Galileu Galilei
Galileu Galilei
Isaac Newton
Isaac Newton
O deísmo teve origem com os filósofos gregos da antiguidade, ganhando muita relevância a partir do movimento iluminista, com o apoio, por exemplo, de Galileu Galilei, Isaac Newton e outros.

Um grande expoente do deísmo, Edward Herbert, assim o definiu:

"Deus existe, e pode ser cultuado pelo arrependimento e por uma vida de tal modo digna, que a alma imortal possa receber a recompensa eterna em vez do castigo".





Afirmações deístas:


  • 1- Admito uma existência divina, mas com características distinta de religiões.
  • 2- Corroboro que a "palavra" de Deus são as leis da natureza e do Universo, não os livros ditos "sagrados" escritos por homens em condições duvidosas.
  • 3- Uso apenas a razão para pensar na possibilidade de existência de outras dimensões, não aceitando doutrinas elaboradas por homens.
  • 4- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de alguma religião.
  • 5- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
  • 6- Prefiro elaborar meus princípios e meus valores pessoais pelo raciocínio lógico, do que aceitar as imposições escritas em livros ditos "sagrados" ou autoridades religiosas.
  • 7- Sou um livre-pensador individual, cujas convicções não se formaram por força de uma tradição ou a "autoridade" de outros.
  • 8- Acredito que religião e Estado devem ser separados;
  • 9- Prefiro me considerar um ser racional, ao invés de religioso.

  • 10- O raciocínio lógico é o único método do qual podemos ter certeza sobre algo.

Thomas Paine
Thomas Paine, grande divulgador do deísmo nos Estados Unidos.
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    quinta-feira, 28 de julho de 2011

    Os Alquimistas - Parte III (final)

    Veja também:


    A origem da palavra


    Duas são as principais linhas de entendimento a respeito da origem da palavra ALQUIMIA.
    • a.      – Da expressão árabe “al Khen” (de raiz coreana), com significado primitivo “país branco” (nome dado à China na antiguidade por sua relação com o hermetismo).

    • b.      – Da expressão “chyma”, que se relaciona com a fundição do mercúrio.

    Os principais movimentos alquímicos


    a.     

    Alquimia Chinesa – relacionada ao Budismo, com principal objetivo relacionado à produção do elixir da longa vida, diretamente ligado à fabricação do ouro.


    a.1. – Alquimia chinesa Waidanshu – busca o elixir da longa vida por intermédio de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de elementos.
    a.2.- Alquimia chinesa Neidanshu – interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir no próprio alquimista.

    b.     

    Alquimia Ocidental – desenvolvida especialmente no Egito, com principal foco na Alexandria, como também na Mesopotâmia, Grécia, Índia, Mundo Islâmico e Europa.







    A “Grande Obra”


    Ilustração de um alquimistaObjetivando produzir a pedra filosofal (ou medicina universal) a partir de matéria-prima mais grosseira, trabalhavam os alquimistas.

    Esta pedra permitiria obter a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, capaz de prolongar a vida indefinidamente.

    Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os “metais” era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da Alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior. 

    Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.

    Paracelso
    Paracelso
    A Pedra Filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o “Elixir da Longa Vida”, uma panaceia universal que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna Medicina, e entre eles destaca-se Paracelso. 

    A busca pela Pedra Filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas, ressalvando-se que estas não são escritos alquímicos, a não ser talvez no sentido estritamente psicológico. Em seu romance “Parcival”, escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada do céu por seres celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar El Aswad, que é guardada em uma construção chamada de Kaaba, e que, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em Meca.

    Veja também:
    Os Alquimistas (parte 1)

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    terça-feira, 26 de julho de 2011

    Os Alquimistas - Parte II

    Veja também:



    Ilustração AlquímicaA combinação da Química, Antropologia, Astrologia, Magia, Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião é o resumo do que é a ALQUIMIA.



    Os quatro objetivos principais declarados pelos alquimistas:
    • ·        Transmutar metais inferiores em ouro;
    • ·       Obter o elixir da longa vida, remédio que curaria todos os males e ofereceria vida longa aos que o ingerissem;
    • ·        Criar a vida humana artificial (o homunculus);
    • ·        Fazer a realeza enriquecer mais rapidamente.

    Ciência X Tradição



    Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um caráter de “proto-ciência”, é importante lembrar que ela possui mais atributos ligados à religião do que à ciência. 

    Ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.

    Como dito na postagem “Os alquimistas – parte I”, a ideia da transformação de metais em ouro aparentemente está diretamente relacionada com a evolução da consciência humana, elevando-a da ignorância (o chumbo) até a sabedoria (o ouro).





    O trabalho relacionado aos metais, assim, era verdadeiramente uma conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual, especialmente na Idade Média, quando acusações de heresia eram constantes e muito mais comuns da parte da Igreja em relação aos que apregoassem um conhecimento diverso do defendido pela crença imposta.

    Nicolas Flamel
    Nicolas Flamel
    A maior demonstração das metáforas utilizadas pela alquimia está no livro “O Livro das Figuras Hieroglíficas”, de autoria do famoso Nicolas Flamel, em que este afirma que os termos “bronze”, “titânio”, “mercúrio”, “iodo” e “ouro” seriam subterfúgios para confundir os leitores indignos do conhecimento alquímico verdadeiro.

    Para os alquimistas, todo o universo caminhava para a perfeição, cabendo-lhes auxiliar a natureza, ou o Ser Divino, na concretização de Seus propósitos.

    Veja também:
    Os Alquimistas (parte 1)

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