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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Sanctum Sanctorum





 
Temos dedicado algumas de nossas postagens para avaliar o Templo de Salomão, tendo em conta que a grande maioria dos templos das diversas religiões, escolas iniciáticas e outras, são baseadas naquela construção, inclusive o templo maçônico.



Falamos a respeito da caracterização de um templo na postagem “O Templo” (leia clicando aqui).

Igualmente abordamos algumas peças cruciais para a formação do Templo de Salomão, como as colunas que permaneciam à frente da entrada (veja a postagem “As colunas do Templo – As colunas sociais”), o Mar de Bonze (veja a postagem clicando aqui), a Arca da Aliança (clique aqui para ler) e a complexa Menorah (não deixe de ler, clicando aqui).

Hoje teceremos alguns comentários a respeito do cerne do Templo de Salomão, o “Sanctum Sanctorum”.

 
Santo dos Santos era uma sala do Templo de Salomão de 10 cúbitos x 10 cúbitos (5 x 5m) onde ficava guardada a Arca da Aliança.




Naquele local não existia luz natural ou artificial, somente a glória de Deus, a “shekinah”, iluminava o cômodo.

Era naquele recinto que se realizava anualmente uma cerimônia de sacrifício expiatório de um cordeiro sem mácula (Ex. 12:5) pelos pecados do povo (Lev 4:35) e era este o único momento em que o Sacerdote podia falar diretamente com Deus.

Esta sala ficava separada do templo por uma cortina de linho.

O Sacerdote entrava com uma corda no pé para por ela ter o corpo puxado caso morresse por carregar pecados, considerando que, sendo o lugar santíssimo, outros nele não podiam ingressar.

É sabido que os templos apresentam interpretações intimamente relacionadas à vida humana e, assim, ingressar no "Sanctum Sanctorum" (o lugar mais do que santificado) corresponde a encontrar o eu íntimo, refere-se a desnudar-se para si próprio.
A quem mais é possível desnudar-se inteiramente, senão a si próprio?

 
Apenas nós podemos conhecer a completa verdade a nosso respeito, caso tenhamos coragem para fazê-lo. Coragem para enfrentar as nossas verdades.



Por este motivo as escrituras ordenam que o sacerdote ingresse no "Sanctum Sanctorum" desprovido de dinheiro e descalço.

É a representação da libertação de todo contexto mundano, do abandono das posses, para que a verdade possa ser revelada.

O "Sanctum Sanctorum" (o santo dos santos) é a nossa própria consciência. É a columba dos rosacruzes (veja a postagem "Os rosacruzes"). É a transmutação de metais em ouro dos alquimistas (veja as postagens "Os Alquimistas - parte I", "Os Alquimistas - Parte II" e "Os Alquimistas - parte III"). É o que os cabalistas chamam de caminhos da árvore da vida (veja as postagens sobre cabala - parte I, parte II, parte III, parte IV e parte V).

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