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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Menorah




Candelabro, suporte para lâmpadas, é o significado do termo “Menorah”. 

O artista e artesão Bezalel teria sito o autor da primeira “Menorah” de que se tem notícia, feita para o Tabernáculo, no deserto, conforme orientações que recebeu de Moisés, que, por sua vez, as teria recebido do próprio Deus. 

Sete seriam os braços da primeira “Menorah”: uma haste central e três braços que saíam de cada lado. 

Em cada um dos sete braços havia uma tigela para o óleo, que era retirada diariamente pelos sacerdotes para limpeza e recomposição do óleo. Ela era impressionantemente grande, de ouro puro e de desenho altamente decorativo. 

O fogo e a iluminação sempre tiveram papel muito importante nos ritos religiosos.

 

Com a destruição do Templo de Salomão, a Menorah tornou-se o principal símbolo artístico e decorativo da fé judaica. 


Porém a Menorah também tem um significado oculto. 

Parece-nos bastante claro que o Candelabro é um simbolograma da Criação.

Pesquisando o Livro Sagrado sobre o assunto, encontramos em Êxodo 25: 31/40: 

"O Senhor disse a Moisés: Farás um candelabro de ouro puro, e o farás de ouro batido, com o seu pedestal e sua haste. ...seis braços sairão dos seus lados, três de um lado e três do outro . . Estes braços formarão um todo com o candelabro, tudo formando uma só peça de ouro batido . . .Cuida para que se execute este trabalho segundo o modelo que te mostrei no monte". 

O candelabro, portanto, seria apenas uma imagem, uma sombra das realidades celestiais, como foi revelado a Moisés quando estava para construir o tabernáculo. 

Os dez sephirot e as vinte e duas letras do alfabeto hebraico são apresentadas no Sepher Yezirah como formadoras das trinta e duas misteriosas sendas da Divina Criação e considera o idioma hebraico. (Veja as postagens sobre Cabala - parte I, parte II, parte III, parte IV e parte V)

A letras do alfabeto hebraico servem também como números, portanto cada palavra e cada sentença têm o seu valor numérico correspondente. Estes 32 elementos perfazem a totalidade dos caminhos (sendas) da sabedoria da Criação. 

Trinta e dois (32) simboliza a criação completa em seus caminhos totais. 1 (um) é Deus, o sopro divino, a origem de tudo 2 (dois) é quando o sopro faz surgir o outro. Este outro vaza pelos 32 caminhos da criação. 3 (três) é a resultante da ação do 1 sobre o 2, é a água primordial, a matéria de tudo. 4 (quatro) é o antípodo de 3; é o fogo primordial. 

Os números de 5 a 10 são as dimensões do espaço que vão dar forma a toda a criação:

5 (cinco): Altura; 6 (seis): Profundidade; 7 (sete): direção Leste; 8 (oito) direção Oeste; 9 (nove) direção Sul; 10 (dez) direção Norte. Então, temos, a partir dos dez números, a matéria e a forma de tudo o que surgirá.

Para a continuação, precisamos do alfabeto hebraico. 

Ele está dividido em 3 (três) letras matrizes, 7 (sete) letras duplas e 12 (doze) letras simples, ou seja: uma trindade, uma heptata e uma duodecada.
 
Estas letras misteriosas encontram sua expressão no universo, no ano e no homem.

As 3 (três) letras matrizes são: Aleph, Mem e Shin. Estas letras formam: 

  • no UNIVERSO: ar, água e fogo;
     
  • no ANO: frio, umidade e calor;
     
  • no HOMEM: coração, corpo e cabeça.

Elas representam os 3 (três) elementos universais, no universo, é éter; no ano, umidade e, no homem, sopro vital. No universo, é o grande abismo de que surge a criação; no ano, frio; e, no homem, o líquido amniótico em que está imerso o embrião humano. , no universo, é fogo etéreo; no ano calor; e, no homem, o fogo do intelecto.
 
As 7 (sete) letras duplas (com 2 sons) representam: 

· no UNIVERSO, os 7 (sete) astros (Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua);
· no ANO, os 7 (sete) dias da semana;
· no HOMEM, os 7 (sete) portais dos sentidos: 2 olhos, 2 ouvidos, 2 narinas e 1 boca. 


Num paralelismo entre o macro e o microcosmos, estas letras representam no mundo humano, determinados valores e seus contrários, a saber: 

·         Sabedoria - Insensatez
·         Riqueza - pobreza
·         Fecundidade – esterilidade
·         Vida – morte
·         Domínio – dependência
·         Paz – guerra
·         Beleza - feiúra.

Finalmente, existem 12 (doze) letras simples que simbolizam:

·         no UNIVERSO, as 12 constelações de Zodíaco;
·         no ANO, os 12 meses;
·         no HOMEM, as 12 partes do corpo: 1 cabeça, 1 pescoço, 1 peito, 1 abdômen, 2 pernas, 2 pés, 2 braços e 2 mãos.

Representam também os fenômenos básicos da vida: fala, pensamento, andar, visão, audição, coito, olfato, sono, raiva, degustação e riso.

A relação de toda esta explicação e o Menorah:

O Candelabro é formado por: a) uma base; b) um eixo central; c) seis braços (três de cada lado do eixo); d) 12 esferas (situadas nos braços).

A base é tríplice, as quais simbolizam os 3 (três) elementos que os antigos consideravam primordiais: AR, ÁGUA e FOGO. Simbolizam também a Santa Trindade Superior.

A vida (base) é uma expressão de Deus, o Cosmo (braços), é outra. A vida e o Cosmo em seu conjunto, "carregam" Deus.

O eixo central é Deus. Ele é Um. Tudo está ligado a Ele. 

Procuremos agora na figura do candelabro, os 10 números e as 22 letras, que perfazem os 32 caminhos (sendas) da Sabedoria da Criação.

Os números:

·        de 1 a 3 estão representados pelo números de planos da base;
·         4 é o número das esferas do eixo central;
·        5 é o número de frações resultantes da divisão das quatro esferas do eixo central;
·       6 pelas esferas situadas à esquerda e á direita do eixo central (formam dois triângulos que sobrepostos, formam o hexágono de Salomão);
·     7 São os 6 dias da Criação, mas o dia de repouso (obra acabada);
·         8 pelo octógono dos planos da base;
·    9 é a soma das frações dos braços laterais (formadas pelas esferas) 9 + 9 = 18 = 9.;
·      10 é 1, é o eixo, é Deus, ao qual tudo está ligado e ao qual tudo retorna.

As letras:

·      As 3 letras matrizes estão simbolizadas na base;
·      As 7 letras duplas, nas chama;
·     As 12 letras simples, nas 12 esferas dos braços (= signos do zodíaco).

O candelabro mostra-se, em sua inteireza, unificado ao tema do Sepher Yezirah.

Agora, imaginemos a figura do candelabro invertida (lembrando que ele é a imagem das coisas celestiais).

Diz o Sepher Yezirah: 

"De três letras matrizes provêm três elementos primordiais: ar, água e fogo. Destes 3 progenitores emanaram os 7 (sete) astros, como prole; e destes astros, suas hostes e doze pontos oblíquos ou signos do zodíaco". As testemunhas fiéis destas asserções são: a trindade, a heptada e a duodecada. Diz ainda:
"Ele, Deus, é Um acima de três, três estão acima de sete, sete estão acima de doze, e todos estão ligados".

Façamos uma análise desta frase: "Ele é um acima de três". Lembra que Deus transcende nossa capacidade de análise. Ele é infinito, absoluto, a fonte de emanação de tudo que se segue.

Três representa os aspectos do Infinito Ser; os aspectos transcendentes de Sua Natureza. É também o campo do espaço sideral onde se movem 3 (três) astros da oitava Superior: Netuno, Urano e Plutão ou Vulcano, cuja influência se faria sentir somente quando a humanidade tiver atingido um estágio superior de evolução.

Três estão acima de Sete. Os sagrados sephirot superiores que constituem o mundo Superior, ou a Trindade Superior, transcendem as dimensões do espaço, à própria Terra.

Situam-se anteriormente aos dias da Criação, aos astros que influenciam toda a vida terrena.
 
Os 7 (sete) elementos conhecidos como "dias" ou astros, são capazes de poderes e influência incalculáveis, pois regem também as letras duplas do alfabeto hebraico, que expressam as oposições da vida. 

Sete estão acima de Doze. Significa que as dimensões do espaço apresentam pontos oblíquos que alteram sua força, assim como a escala musical tem sustenidos e bemóis que modificam os tons.

Há 22 letras e 10 números, pelos quais, o Eu Sou, Yah, o Senhor das Hostes, Todo Poderoso e Eterno, concebeu, ordenou e criou através de 3 Sepharim (a base), todo o seu reino, e por meio dela, forma Ele, criaturas primordiais, e todas aquelas que serão formadas no porvir.

O Candelabro encontrando em alguns templos Martinistas é pois, o símbolo da vida, de Deus e Sua Criação, que sustenta o Divino e orna Seu Santuário, imagem do verdadeiro tabernáculo, erigido pelo Senhor e não pelos homens. (veja a postagem "Martinismo")

Maimonides

Maimonides escreveu: 

"Alguns homens lutam pela riqueza; outros gostariam de ser fortes e sadios; outros ainda, almejam fama e glória. Mas os sábios aplicam seu coração à sabedoria, a fim de que, sabendo, possam compreender o propósito de suas vidas e conduzir seus destinos, antes que advenham as trevas".

A vã pesquisa entre as coisas exteriores é abandonada e toda a energia do Maçom é dirigida para seu próprio âmago, a fim de que, sua sagrada e inata herança, por tanto tempo negada, possa novamente ser reclamada, completa e em toda a sua beleza, pois agora, a chave secreta há tanto oculta ao homem, resplandece como um farol nas trevas da noite.

Ele é Um acima de três
três estão acima de sete
sete acima de doze
e tudo está ligado.




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