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domingo, 18 de março de 2012

Experiências fora do corpo


Também conhecidas como projeção de consciência, experiência extracorpórea, desdobramento, viagem astral, projeção astral, etc.

Se você anteriormente leu nossos artigos “Consciência” e “Consciência II”, certamente como nós chegou à conclusão que a consciência não é algo físico e palpável, mas, contrariamente, um atributo da alma.

Conclusões semelhantes poderão ser alcançadas com as leituras dos artigos “Espaço” e “Tempo”.

Experimentos rosacruzes e de outras escolas de mistérios, demonstram que a concentração da atenção pode deslocar a consciência para partes específicas do corpo humano, movendo-a seguidamente para outros, conforme a vontade.

Estes experimentos, é bom esclarecer, normalmente são realizados seguidamente à relaxamentos profundos, auto induzidos, resultados de técnicas específicas, ensinadas aos membros das ditas escolas.

Viagem Astral Interna - por click21_Imagens
Viagem Astral Interna - por click21_Imagens


Ora, quando avaliamos os conhecimentos e pensamentos relacionados ao tempo e ao espaço, conforme expostos nos artigos que acima mencionamos, verificamos que eles não tem existência verdadeira e natural, sendo que foram criados pelo ser humano no seu afã de tudo medir, mensurar.

Alias, ainda que existissem o tempo e o espaço, considerando que a consciência não é atributo físico, estes não a sujeitariam ou limitariam.

Falamos isto para dizer que, conforme diversas escolas de mistérios e religiões é possível exteriorizar a consciência humana, remetendo-a para onde bem entendermos, conforme fazemos com a concentração da atenção.

Aliás, o relaxamento não seria a única forma de propiciar a experiência fora do corpo. Também o seriam o sono, a meditação profunda, traumas, estresse, experiência de quase-morte, de privação sensorial, estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro, estimulação eletromagnética, experiências de ilusão de óptica controladas, e através de efeitos neurofisiológicos por indução química de substâncias comumente descritas como drogas.

A projeção da consciência é uma experiência tipicamente subjetiva, descrita muitas vezes como próxima a sensação corporal de estar flutuando como um balão, e, em alguns casos, conforme relatos, havendo a possibilidade de estar vendo o próprio corpo físico, olhando-o sob o ponto de vista de um observador, fora do seu próprio corpo (autoscopia). Estatisticamente, uma em cada dez pessoas afirma ter tido algum tipo de experiência fora do corpo em suas vidas.

Algumas experiências teóricas podem reforçar a hipótese da objetividade da experiência fora do corpo. O fenômeno de aparição intervivos, onde uma pessoa projetada deve ser vista por outras testemunhas físicas, noutro ambiente, distante de onde o seu corpo físico se encontrava no momento da experiência, pode servir para determinar a objetividade do fenômeno enquanto interpretação espiritual. Por enquanto, não há nenhum estudo científico que passou por revisão por pares[1] que confirme tal hipótese.

A projeção astral, como também é chamada a experiência fora do corpo, com frequência é associada ao esoterismo e o movimento da Nova Era. Paralelamente, a medicina começa a tratar do fenômeno. Com mais atenção devido aos inúmeros relatos de experiências quase-morte (EQM). Explicações científicas que seguem o princípio da parcimônia fazem previsões suficientes e pontuais a cerca do fenômeno de experiências quase-morte (EQM) e outros estados alterados de consciência.

É evidente que para os céticos, as questões relacionadas às experiências fora do corpo não passam de alucinações, na melhor das intenções, ou farsa.

Este posicionamento é reforçado por uma importante hipótese científica, conhecida como “Navalha de Occam[2]”.

Não há resistência por parte de pesquisadores para o estudo de fenômenos, basta que uma análise de caso faça surgir uma teoria científica. Uma teoria científica segue o método científico para tentar descrever um fenômeno com austeridade e realizar previsões com alto grau de precisão. Uma teoria com proposições a cerca de elementos não mensuráveis (não detectados) que são por definição não físicos não conseguem descrever a realidade, situação em que a teoria é descartada porque se torna irrefutável (falseabilidade). Todos os centros de pesquisa científicos seguem o naturalismo biológico como posicionamento filosófico capaz de descrever o mundo com precisão e gerar conhecimento confiável. Se um fenômeno não pode ser detectado por aparatos físicos, ou seja, por aparatos científicos, então muitos fenômenos podem existir de maneira aleatória e nenhum tem relevância maior porque não podem ser detectados por mais que o pesquisador espiritual insista no caráter particular, privado e introspectivo do fenômeno. Vale lembrar que inúmeros danos cerebrais também sustentam experiências subjetivas, privadas, mas nenhuma se traduz como confiável para descrever a realidade.

Viagem Astral - por Pamella Sander
Viagem Astral - por Pamella Sander


As experiências fora do corpo e seus níveis de consciência
  • Projeção inconsciente: ocorreria quando o projetor sairia do corpo totalmente inconsciente. Seria um "sonâmbulo extrafísico". A maioria absoluta da população do planeta faria esta projeção durante o sono ou cochilo e estas seriam posteriormente relatadas como sonhos.
  • Projeção semiconsciente: ocorreria quando o grau de consciência é intermediário, e a pessoa ficaria sonhando acordado fora do corpo, totalmente iludido por suas ideias oníricas. Conhecido também como sonho lúcido.
  • Projeção consciente: ocorreria quando o projetor sairia do corpo e manteria a sua consciência durante todo o transcurso da experiência extracorpórea. São poucos que dominariam esta projeção.
Tipos gerais de experiência fora do corpo
  • Projeção em tempo real: quando o projetor projetar-se-ia para fora do corpo físico e cairia num suposto plano mais próximo ao plano físico, vivenciando tudo ao seu redor. Quem conseguiria este tipo de projeção, poderia supostamente relatar acontecimentos do cotidiano, naturais e extra físicos. Supostamente, dependendo o nível do projetor, seria possível interagir com o plano físico.
  • Projeção involuntária: ocorreria com a maioria das pessoas que acordariam dentro dos sonhos sem sua própria vontade.
  • Experiência quase morte: seria a experiência ocorrida quando, devido a uma doença grave ou acidente, a pessoa sofre o chamado "estado de quase morte". O coração e todos sinais vitais, inclusive as ondas cerebrais detectadas por aparelhos, parariam e a morte clínica do paciente estaria atestada pelos médicos. Nessas situações, acredita-se que o suposto 'espírito' não se desligaria do 'corpo físico' e o paciente "milagrosamente" ressuscitaria, ou seja, apenas que a experiência subjetiva se mantém porque o sistema nervoso ainda apresenta atividade ínfima, pois o processo de necrose (morte celular não-programada) não se instalou. Após o retorno de consciência, cerca de 11%  dos pacientes relatam experiências detalhadas a cerca de como podem supostamente descrever com detalhes aconteceu enquanto estava "morto", pois, na interpretação dualista, manteriam a consciência ou espírito no suposto plano astral, fora do corpo físico, enquanto tinham a sensação de pairar sobre o corpo. Entretanto, para o espiritualista e parapsicólogo Titus Rivas, a EQM não pode ser completamente explicada por causas fisiológicas ou psicológicas, pois a consciência funcionaria independentemente da atividade cerebral.
  • Projeção voluntária: este tipo de experiência poderia ser induzida através de técnicas projetivas, meditação, amparo de supostas entidades extrafísicas, entre outras. Segundos os praticantes de Yoga, Teosofia, algumas correntes filosóficas e escolas de estudos do pensamento a "projeção consciente" poderia ocorrer com qualquer pessoa, esteja ela consciente do fato ou não. Isto quer dizer que uma pessoa poderia "projetar sua consciência" sem saber que está realizando esta ação, no entanto, seu subconsciente está plenamente ciente da condição existencial que está sendo vivenciada.

Projeção Astral - por Caio Rocha

Interpretações bíblicas de experiências fora do corpo:

Eclesiastes, 12, 6 e 7 –

“6.antes que se rompa o cordão de prata, que se despedace a lâmpada de ouro, antes que se quebre a bilha na fonte, e que se fenda a roldana sobre a cisterna; 7.antes que a poeira retorne à terra para se tornar o que era; e antes que o sopro de vida retorne a Deus que o deu.”


I Coríntios, 15, 35 a 44 –

“35.Mas, dirá alguém, como ressuscitam os mortos? E com que corpo vêm? 36.Insensato! O que semeias não recobra vida, sem antes morrer. 37.E, quando semeias, não semeias o corpo da planta que há de nascer, mas o simples grão, como, por exemplo, de trigo ou de alguma outra planta. 38.Deus, porém, lhe dá o corpo como lhe apraz, e a cada uma das sementes o corpo da planta que lhe é própria. 39.Nem todas as carnes são iguais: uma é a dos homens e outra a dos animais; a das aves difere da dos peixes. 40.Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas o brilho dos celestes difere do brilho dos terrestres. 41.Uma é a claridade do sol, outra a claridade da lua e outra a claridade das estrelas; e ainda uma estrela difere da outra na claridade. 42.Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível;  43.semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; 44.semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual.”


II Coríntios, 12, 2 a 4 –

“2.Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe. 3.E sei que esse homem - se no corpo ou se fora do corpo, não sei; Deus o sabe - 4.foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir.”


Ezequiel, 3, 12 a 14 – 

“12.Então o espírito se apoderou de mim e ouvi atrás de mim um vozerio de violento rumor. Bendita seja a glória do Senhor, onde ela repousar! 13.Ouvi o rumor do bater das asas dos seres vivos e o ruído de suas rodas ao lado deles, um barulho portentoso. 14.O espírito, a seguir, me transportou e me levou. Eu ia, com o coração repleto de amargura e furor, desde que a mão do Senhor havia pesado sobre mim.”

 
Apocalipse de João, 1, 10 –

10.Num domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz forte como de trombeta,”

 
II Reis, 6, 8 a 12 –

8.O rei da Síria, que estava em guerra contra Israel, teve conselho com os seus servos e disse-lhes: Em tal e tal lugar estará o meu acampamento. 9.Mandou então o homem de Deus dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passar por tal lugar, porque os sírios estão ali. 10.O rei de Israel mandou homens ao lugar indicado pelo homem de Deus em sua mensagem. E o rei acautelou-se não apenas uma ou duas vezes. 11.O rei da Síria, alvoroçado por causa disso, chamou seus servos e disse-lhes: Não me descobrireis quem dos nossos nos traiu junto do rei de Israel? 12.Não foi ninguém, ó rei, meu senhor, respondeu um deles; é o profeta Eliseu quem conta ao rei de Israel os planos que fazes em teu quarto de dormir.”


[1] Nos meios acadêmicos, a revisão por pares, também chamada revisão paritária ou arbitragem (peer review, refereeing, em inglês) é um processo utilizado na publicação de artigos e na concessão de recursos para pesquisas. Consiste em submeter o trabalho científico ao escrutínio de um ou mais especialistas do mesmo escalão que o autor, que na maioria das vezes se mantêm anônimos ao autor. Esses revisores anônimos frequentemente fazem comentários ou sugerem a edição do trabalho analisado, contribuindo para a qualidade do trabalho a ser publicado. No caso da publicação de artigos científicos, o diálogo entre os autores e os revisores é arbitrado por um ou mais editores, afiliados à revista científica em causa. Aquelas publicações e prêmios que não passaram pela revisão paritária tendem a ser vistos com desconfiança pelos acadêmicos e profissionais de várias áreas.
Os "árbitros" são usualmente (nas publicações científicas) designados por "referees".

[2] A Navalha de Occam ou Navalha de Ockham é um princípio lógico atribuído ao lógico e frade franciscano inglês William de Ockham (século XIV).
O princípio afirma que a explicação para qualquer fenómeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do fenómeno e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou teoria. O princípio é frequentemente designado pela expressão latina Lex Parsimoniae (Lei da Parcimónia) enunciada como:"entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem" (as entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade).
Esta formulação é muitas vezes parafraseada como "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenómeno, a mais simples é a melhor".
O princípio recomenda assim que se escolha a teoria explicativa que implique o menor número de premissas assumidas e o menor número de entidades.
Originalmente um princípio da filosofia reducionista do nominalismo, é hoje tido como uma das máximas heurísticas (regra geral) que aconselham economia, parcimónia e simplicidade, especialmente nas teorias científicas.

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Paradoxos do crescimento


Este artigo é fruto de algumas conversas com nossa amiga Rosangela Ayala pela página de fãs do |Blog Maçonaria e Esoterismo|.

Óh, quão bom seria compreender a vida com a facilidade de uma criança que em todos a todos os momentos confia...

Óh, quão bom seria entender quem verdadeiramente somos ao olharmo-nos no espelho...

Óh, quão bom seria se o mundo fosse um “sanctum sanctorum” bíblico, onde tudo e todos fossem polidos, verdadeiros, sinceros, límpidos e de fácil compreensão e absorção... Onde o crescimento fosse uma regra e não fosse necessariamente doloroso...

A vida, o crescimento e o mundo, contudo, não são assim, todos sabemos!



São eles sempre paradoxais, colocando-nos sempre à frente de dicotomias existenciais e de opções que apenas aos puros de coração sempre são fáceis.

Entretanto, pensamos que são os paradoxos que nos ensinam e nos forçam no rumo da verdadeira compreensão e crescimento.

A Maçonaria fala em liberdade, igualdade e fraternidade, mas, como dissemos em outros artigos que inseridos neste blog, que podem ser alcançados com fácil pesquisa pelos instrumentos que disponibilizamos, como diziam os preconceituosos autores e correligionários de “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, um livro anti-semita e disseminador do preconceito e do erro, verdadeiramente a liberdade e a igualdade plenas não poderiam coexistir, quando avaliadas de forma singela e sem qualquer profundidade característica dos buscadores da verdade.

Dizem os partidários deste “pensamento” que aquele totalmente liberto nunca será igual ao seu semelhante e que, quando duas pessoas que se julgam verdadeiramente livres se encontrassem, necessariamente disto decorreria violenta luta pela supremacia da vontade de um sobre a de outro.


Contudo, quando a Maçonaria fala na convivência entre a liberdade e a igualdade, está a falar claramente dos paradoxos que a nós devem ensinar.

Apenas pode existir liberdade completa, quando exercida em toda sua plenitude, que se resume, para o verdadeiro buscador da verdade, da limitação de seus atos e palavras pela régua da fraternidade.

Portanto, é a limitação que garante o pleno exercício da liberdade!

Apenas pode existir igualdade entre todos, se garantida e respeitada a diversidade, novamente pela isonomia gerada pela régua da fraternidade e pelo círculo criado com o compasso da liberdade.

É a diversidade a garantia da mais plena igualdade!

Só não deve haver paradoxos para a fraternidade, que é, ou deveria ser, a massa que se utiliza para todas as construções humanas e que tem como ápice um conceito que, embora aparentemente diverso, está intimamente ligado à ela. Falamos da tolerância, lembrando que esta também é paradoxal quando observada por um determinado ângulo.

A tolerância apenas pode existir quando avaliamos aquilo com o que não concordamos, já que não é possível tolerar o que nos é caro e interpretado como correto.

No entanto, tolerar também não é compactuar ou permitir que algo de completamente errado seja praticado.

Fraternidade em sua expressão maior, portanto, é tolerância ao que, embora correto, não se coaduna com aquilo com o que balizamos nossa vida e conduta, fundamentados pela ética (você poderia gostar de ler nosso artigo “Moral, ética e lei”).

Pode existir divergência que conduza ao mesmo objetivo? Sim, se os paradoxos nos ensinarem.

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