Nossa amiga, leitora e colaboradora constante e sóror de alguns de nós Angélica Pellegrino, sugere um artigo a respeito da moral e da ética.
Cremos que para abordar
suficientemente o tema sem torná-lo cansativo, devemos incluir na sugestão,
além da moral e da ética, a lei.
Ética é a base de tudo! Não
existem moral e lei sem ética.
Ética é a capacidade humana,
pessoal e intransferível de julgar as próprias ações e comportamentos não como
adequados ou inadequados, mas como bons ou maus.
Moral é um conjunto de
normatizações não necessariamente escritas que regulam a vida social. Este
conjunto de regras é mutável de acordo com a evolução social.
Há conflitos a respeito da
precedência temporal da ética sobre a moral.
Alguns investigadores do
comportamento humano entendem que a moral antecedeu à ética, oriunda do que
chamam de “inspiração divina”, citando como exemplo os dez mandamentos
recebidos pelo povo hebreu.
Para estes mesmos pensadores, o
povo grego “pensou” a moral, daí surgindo a ética, que é o entendimento pessoal
e intransferível a respeito.
Ainda de acordo com estes
pensadores, o romano escreveu parte da moral, daí surgindo a lei.
De acordo com estas visões, a
ética não poderia ser imposta a todos os indivíduos, considerando que o que
parece aceitável ou justificável para alguns, absolutamente não o é para
outros.
Neste diapasão, absurdos os assim
denominados “códigos de ética” criados por agremiações de profissionais e
outras sociedades, que assemelham a ética à lei.
A ética é volátil por natureza,
vez que depende da interpretação pessoal daquilo que é ou não correto fazer.
Menos etérea, mais ainda assim
não suficientemente concreta para ser escrita, é a moral.
Moral é a parte da ética que é corriqueiramente comum à maioria das pessoas na vida social. Cuspir na rua frente a outras pessoas, por exemplo, costuma ser um ato reprovável para a esmagadora maioria, pelo que se torna norma moral, mutável, entretanto, conforme as circunstâncias e alterações da sociedade.
Lembram quando era impensável
chamar os pais de “você”?
A violação da ética implica no
que costumamos chamar de “consciência pesada”, mas não necessariamente remete a
uma penalização social.
Já uma transgressão moral, não
raramente importa minimamente em olhares reprovadores, perda de convivência,
admoestação verbal (e por vezes física para os mais exaltados).
Da moral vamos à lei. A lei é a
materialização escrita de tudo quanto é absolutamente reprovável socialmente e
que, gerando indignação ou prejuízo a outros, não pode ser aceito e, por isto,
é veementemente proibido e penalizável.
A violação da lei gera a ação do
Estado contra o indivíduo e a imposição de penalização previamente estabelecida
e de todos conhecida.
Matar alguém, conforme as
circunstâncias, pode ser eticamente incorreto, mas moral e legalmente aceito.
Qual a maior das penas,
considerando esta hierarquia de normas?
Esta é uma questão ética por
natureza. Para alguns, a pena imposta pelo Estado é mais grave. Para outros, a
alienação social provocada pela violação moral é mais sensível. Finalmente, há
aqueles que, cumprida a penalização estatal e ultrapassada a sansão da
sociedade, permanecem com a “consciência pesada” indefinidamente pela
transgressão daquilo que compreendem como eticamente correto.
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