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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Caridade





A caridade é uma das assim chamadas virtudes teologais[1], a respeito das quais algo mencionamos nos artigos “A Escada de Jacó” e “O dossel”.




De fato, da junção da caridade com a fé e a esperança exsurgem as ditas virtudes teologais, que são vivificadoras das virtudes humanas.


1ª Coríntios 13:13:
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”.


A materialização do amor, mencionado no texto bíblico, ocorre em seu próprio nome (amor) quanto a Deus, a família e os entes queridos.


No que tange aos desconhecidos, chamados “próximos” em diversos textos ditos santos, entretanto, materializa-se o amor com o nome de caridade.
Caridade - por Zwigmar
Caridade - por Zwigmar



É a caridade a forma pela qual como partes de si próprios, os homens reconhecem seus semelhantes. É a total identificação dos distintos, a quebra dos paradigmas sociais, o abandono dos títulos, comendas, posições e a total entrega das pessoas às suas essências, pelo que se identificam uns com os outros.




A caridade como ato, pode ser definida como uma ação não motivada por força física, intenção de autopromoção ou obrigação legal, dirigida à ajuda de qualquer tipo a uma ou mais pessoas em situação de risco ou de inferioridade financeira ou social.


De forma inquestionável a caridade se manifesta no que concerne aos apoios que os pouco ou muito mais favorecidos prestam aos desamparados como órfãos e pobres. Este apoio ressalte-se, é obrigatório aos maçons, que o praticam em todas as sessões de que participam, como mencionamos no artigo “Causa e efeito”.


No entanto, também em relação a nós próprios pode atuar a caridade, sob outro enfoque e sem que percebamos.
Fé - por Serelepe_Simplesmente Rê!
Fé - por Serelepe_Simplesmente Rê!

A fé[2] não pode ser considerada um ato de caridade relacionado às nossas crenças e, portanto, ao nosso bem estar psicológico e emocional?


Neste diapasão, também não seria a esperança[3] um ato de caridade pessoal? Não é ela uma válvula de escape psicológica e emocional para a improbabilidade da ocorrência do que desejamos?


Contudo, se existe esta vertente na avaliação das demais virtudes teologais, o que explicaria o texto bíblico afirmar que o “amor” (caridade) seria a maior delas, outra visão mais nobre também pode ser apresentada.


Falamos da capacidade de entrega, de sublimação e doação de alguns seres humanos.


Para estes homens e mulheres, que consideramos mais evoluídos, a fé não é um “remendo” e a esperança não se resume a um “escape”.


Diversamente, a fé é para eles o reconhecimento daquilo que, embora não possa ser visto ou sentido pelos demais, para eles é absolutamente evidente e palpável. Não se fala aqui na admissão de possibilidade de existência, mas da certeza de existência ou concretização por experiência própria e intransferível.

Esperança - por Zwigmar
Esperança - por Zwigmar




Quando a esperança, para estes homens e mulheres é ela o reconhecimento da possibilidade da alteração de um estado de coisas já estabelecido, pela ação da vontade e aplicação das leis físicas e imateriais.





Como não poderia ser diferente, também em relação à caridade diferenciações existem quando falamos destes homens.


A simples existência humana é um ato da mais pura caridade em relação ao Criador, considerando que apenas por intermédio dos humanos pode a criação ser tocada e vivenciada pelo seu Autor.


De outro lado, inequívoco e evidente que a nossa existência é uma grande caridade de Deus para com sua criação.
Chico Xavier - por Jaqque0909
Chico Xavier - por Jaqque0909

Sob qualquer ângulo, considerando que a prática da caridade em qualquer de suas formas depende do reconhecimento consciente ou inconsciente de nossa natureza e origem divinas e ainda levando em conta que este reconhecimento impõe uma sensível aproximação do divino com o mundano, elevando as vibrações do último, temos para nós que mais do que correta está a frase do grande Chico Xavier:


"A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma"


[1] Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, as virtudes teologais "têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus. São infundidas no homem com a graça santificante, tornam-nos capazes de viver em relação com a Trindade e fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando as virtudes humanas. Elas são o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano".
[2] Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.
A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, tendo fé, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano.
[3] Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer uma certa perseverança — i.e., acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. O sentido de crença deste sentimento o aproxima muito dos significados atribuídos à .
Exemplos de esperanças incluem ter esperança de ficar rico, ter esperança de que alguém se cure de uma doença, ou ter esperança de que uma pessoa tenha sentimentos de amor recíprocos.

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