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terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Escada de Jacó


Novamente nos instigaram as discussões fartas e interessantíssimas do grupo do qual participamos no site de relacionamentos Facebook, denominado Esotéricos – Brasil”.

Em meio a uma grande discussão a respeito de Deus, das propriedades vibratórias da criação, de recentes acidentes que vitimaram várias pessoas no Rio de Janeiro e outros tantos assuntos interessantes, surgiu uma manifestação a respeito da Escada de Jacó.

Escada de Jacó


Esta expressão, fartamente utilizada em Maçonaria, no mais das vezes para representar a ascensão dos graus ou o aperfeiçoamento individual, pareceu-nos que merece uma explicação mais detalhada.

Comecemos, pois, compreendendo quem foi o personagem Jacó.

Conforme a Wikipedia, o nome Jacó pode ser escrito das formas seguintes:
Em hebraico – יעקב
Em árabe – Ya’aqov
Em grego - ακώβ


Jacó e o calcanhar:



A tradução literal é “aquele que segura pelo calcanhar”.


O livro santo do cristianismo dedica a este personagem 25 capítulos em “gênesis”, noticiando ser ele o segundo filho de Isaac e Rebeca, irmão gêmeo de Esaú e neto de Abraão.


Seu nome foi escolhido por uma particularidade ocorrida durante seu nascimento. Rebeca teria primeiro dado à luz Esaú, mas, agarrado ao calcanhar do mais velho, nasceu Jacó.


Jacó, o enganador.
Ainda no que concerne ao significado do nome e ao episódio do nascimento, interessante a completa relação com outra passagem da história dos irmãos gêmeos, pois que a mãe, Rebeca, tendo predileção pelo mais novo (Jacó), com ele teria tramado de forma a possibilitar-lhe subtrair a benção do pai, Isaac, cabendo aqui ressaltar que o direito à benção era do filho mais velho à época e garantia direitos exclusivos ao primogênito.


Jacó e Rebeca, aproveitando da deficiência visual do pai, tramaram e fizeram com que o mais novo passasse pelo mais velho, assim obtendo a benção paterna.


Jacó – de enganador a príncipe de Deus:


No entanto, no transcorrer da história bíblica, Jacó – o enganador, será transformado em Israel – o príncipe de Deus.

A narrativa da vida de Jacó, aliás, é um vai-e-vem de altos e baixos espirituais, conforme demonstra o diagrama a seguir.

Diagrama da vida de Jacó

 Para aqueles que se interessarem, hoje produzimos outro artigo demonstrando ponto a ponto os altos e baixos da vida de Jacó (você pode visualizar o artigo clicando aqui).

Temos para nós que este sobe e desce espiritual identifica o personagem Jacó como o mais humano dos patriarcas bíblicos. Nele constantemente expressou-se a luta do homem consigo mesmo em busca da evolução.

A luta com o anjo



A narrativa que maior lastro oferece a este raciocínio, pensamos, é encontrada em Gênesis, 32:1, quando Jacó engalfinha-se, não com um inimigo qualquer, mas com um anjo de Deus!




E logo Jacó, que havia evitado lutar contra seu irmão Esaú, com os filhos de Labão, com Labão, tendo inclusive fugido de Siquem, no episódio de Dinah.

A narrativa bíblica:

GEN.32,1 - E foi Jacó no seu caminho cruzando com o aparecimento (no céu) dos anjos do Senhor. Gen.32,2 - Jacó reconheceu: Estes são os exércitos de Deus. E chamou o lugar de Maanaim (dois exércitos). Gen.32,23 - ...fêz a todos os seus passar o ribeiro (vau do Jaboque é o lugar onde se atravessa o Jordão a pé). Gen.32,24 - Jacó, porém, ficou só e lutou a noite inteira com um varão (anjo do Senhor); Gen.32,25 - E vendo que não prevalecia contra Jacó ... tocou-lhe na juntura da coxa... que se deslocou. Gen.32,26 - Diz o anjo - Deixa-me ir... Não te deixarei se não me abençoares. Gen.32,27 - Qual é o teu nome? - Jacó! (em hebraico = Suplantador). Gen.32,28 - Não te chamarás mais Jacó, porém Israel (aquele que confronta com Deus e prevalece), pois, como príncipe lutaste com o mensageiro de Deus e te reconheço vencedor (da prova). Gen.32,29 - Dize-me teu nome. Por que queres saber? E ali mesmo o abençoou. Gen.32,30 - Jacó chamou esse lugar de Peniel (a face de Deus). Gen.32,31 - ...Jacó manquejava de sua coxa. Gen.32.32 - Os filhos de Israel até hoje não comem o nervo encolhido... (lembrança e respeito pelo fato do toque na coxa).

Como notamos, é neste episódio que Jacó tem seu nome mudado para Israel (aquele que confronta com Deus e prevalece).



Jacó e o nascimento de Israel – Nação:


A importância de Jacó, contudo e ainda antes de ingressarmos na avaliação do tema principal de nosso artigo, não se limita a esta passagem, mas a muito mais, cabendo ressaltar que foi pai de doze filhos (Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim).

Desta descendência, nasce outra grande história bíblica, a de José no Egito. No entanto, também desta descendência nascem as doze tribos de Israel - nação.


A visão da escada

:

(Gênesis, 28:10 e seguintes):
“(10) Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã. (11) Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois jê era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro e se deitou ali mesmo para dormir. (12) E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. (13) Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. (14) A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. (15) Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido. (16) Despertado Jacó de seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar e eu não o sabia. (17) E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.”

Fé, Esperança e Caridade


Boa parte dos textos que encontramos na pesquisa para a realização deste artigo relaciona a escada de Jacó às três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade.




Novamente a Wikipedia:

- Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.

A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, tendo fé, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto uma pessoa que acredita, confia, ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé.
Esperança

Esperança

- Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer uma certa perseverança — i.e., acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. O sentido de crença deste sentimento o aproxima muito dos significados atribuídos à .
Exemplos de esperanças incluem ter esperança de ficar rico, ter esperança de que alguém se cure de uma doença, ou ter esperança de que uma pessoa tenha sentimentos de amor recíprocos.


Caridade

- Caridade é um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das práticas que mais caracterizam a essência boa do ser humano, sendo, em alguns casos, chamada de ajuda humanitária. Termos afins: Amor ao próximo; bondade; benevolência; indulgência; perdão; compaixão.

No entanto, especialmente considerando os fatos e passagens da vida do personagem principal do episódio em estudo (Escada de Jacó), temos para nós uma visão pouco distinta e eventualmente complementar às outras.

Temos por certo que Jacó “flutuou” entre o mundano e o divino, como exemplificado no diagrama que ilustra este artigo. Este vivenciar o mundano e o divino, também a nós parece, é atributo exclusivo do ser humano.

Apenas o ser humano, dentre todas as criaturas, é capaz de viver no plano da criação e ao mesmo tempo buscar conceber o Criador.

Ao mesmo tempo, comprovam as constantes e no mais das vezes ignoradas inspirações, apenas pelo ser humano pode o Criador vivenciar sua criação.

Não seriamos nós, portanto, a verdadeira Escada de Jacó apresentada de forma alegórica nos textos bíblicos?

Não foi no “mundo dos sonhos” que Jacó divisou a escada?

E a “Casa de Deus” a que Jacó se refere no final da passagem? Seria ela instalada num lugar? Seria um estado de consciência? Seria no interior do próprio ser humano?

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