Definições arquitetônicas encontradas na Wikipedia:
“Nártex” é um termo latino, de
origem grega (νάρθηκας), tendo por sinônimos pronáos, galilé, vestíbulo
e átrio.
No sentido lato, refere-se a uma
região de entrada do templo, com uso inicial (Grécia Antiga) situando-se à frente
do mausoléu, separada do edifício principal por cercas em canas, com íntima
relação ao culto dos mortos.
Tida como entrada ocidental nas
igrejas paleocristãs, onde permaneciam os pecadores, loucos, penitentes e
mulheres que ainda não haviam sido admitidos ao templo.
Com grande relação ao conceito de
cemitério, apresentava ainda nas igrejas paleocristãs, formato bastante similar
à do antigo hipódromo, arredondando-se nas extremidades em semicircunferências, posteriormente metamorfoseando-se para estrutura de um só piso coberto,
projetada do edifício central, apartada do templo por parede baixa, painel, ou
colunas.
Na época bizantina
clássica é uma área retangular estreita (denominada Litai) da mesma largura que
a nave principal do templo ligada a esta por arcos ou portas onde se podiam
também benzer os corpos antes de estes serem transportados para o interior da
igreja.
No início do século XI abandona-se o uso
do átrio exterior e a antecâmara interior acaba por se desenvolver num amplo
espaço transformando-se nas entradas das catedrais da alta Idade Média. Neste
momento a fachada ocidental sobe em verticalidade e passa a possuir, além da
zona térrea de entrada, uma câmara superior e torres. As ordens monásticas
continuam, no entanto, a usar o átrio até início do século XIII, mas, a partir
deste momento, e com a entrada livre dos crentes nas igrejas, o nártex já não
serve a sua utilidade ritual e simbólica e alguns autores defendem que o uso do
termo já não deve ser aplicado às zonas de entrada das catedrais a partir desta
altura.
Estas definições nos são úteis na interpretação do caráter
e simbologia do átrio nas edificações lastreadas ao Templo de Salomão,
inclusive o templo maçônico.
Dada a origem arquitetônica e simbólica do átrio e sua
estreita ligação ao culto aos mortos, verifica-se que sua simbologia tem
vinculação com o renascimento necessário ao ingresso ao templo.
De fato, encontramos em todas (ou praticamente todas) as
antigas tradições e religiões uma ou mais cerimônias, em alguns casos
denominada batismo e em outros iniciação, em que o candidato à admissão passa
por uma morte simbólica e posterior renascimento, como símbolo da ressurreição
ou reencarnação
.
Assim, o átrio (ou sala dos passos perdidos, como
denominado costumeiramente em Maçonaria) é o local daqueles ainda não admitidos
aos trabalhos do templo, local de morte, de silêncio, de metamorfose.
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