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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O MAR DE BRONZE

Figura do templo de salomão

Recentemente elaboramos um artigo a respeito do templo (veja a postagem clicando aqui) e descobrimos que a palavra deriva de uma divisão de um quadrado do céu, usado para a realização de predições, ou um local de devoção. 

Visão da entrada do templo de salomãoLembrando do famosíssimo templo de Salomão, falamos também a respeito das colunas que o ornamentaram (veja a postagem clicando aqui), verificando que as colunas tiveram o significado social e político, no que tange à representação das duas forças que se equilibravam e, assim, controlava a sociedade: 

  • A coluna da força, na verdade a coluna dos exércitos, comandada pelo Rei; 
  •  A coluna da beleza, ou coluna sacerdotal e religiosa. 
Mar de Bonze 

Hoje vamos comentar a respeito de outro importante ornamento do Templo de Salomão: O Mar de Bronze



No pátio central do templo, havia o Mar de Bronze. Uma imensa pia de bronze, com 10 côvados de diâmetro (portanto de formato circular) e 5 côvados de profundidade. 

A pia era apoiada nas imagens de doze touros também de bronze, dispostos em grupos de três, sendo cada um dos quatro grupos direcionados para os pontos cardeais. 

Calcula-se, pelas dimensões apresentadas, que o Mar de Bronze poderia comportar um total de 45.000 litros de água. 

Embora a maioria das interpretações a respeito desta peça refira-se ao seu uso como pia para as abluções sacerdotais, há uma linha de pensamento diversa que se nos parece respeitável. 

Uma representação do Cosmos sumério: Seria este o verdadeiro sentido do Mar de Bronze. 

Eab-ZuO Eab-Zu era o "espírito sujeitador das ondas energéticas do caos", o princípio de todas as coisas visíveis e invisíveis, o "construtor" do "átomo primitivo" que entra em todas as matérias, isto é, do hidrogênio. 

Eab-Zu era o "criador do Universo", e o nome do Senhor poderia ser uma corrupção do antigo nome sumério, segundo a seguinte série de conversões fonéticas semíticas: Eab-Zu, Eav-Zu, Aau-Zú, Yau-Zú, Yahué, Yahvé (Senhor). 

Sua representação mitológica era, com referência a seu duplo aspecto de antepassado de todas as coisas, inclusive dos homens, associado ao macho cabra-peixe dos acádios e babilônios (o Oanes ou Ea, deus da água vital ou da água fértil) em sua manifestação masculina, e a sereia Dogón em seu complemento feminino. Sendo assim, depois de sua estância no Egito, o Yahú aquático dos seguidores de Abrahão voltou à Palestina revestido da imagem ofídica que os egípcios, como todas as culturas megalíticas e pós-megalíticas do mundo inteiro, atribuíam aos antepassados, segundo a crença que as serpentes eram as reencarnações dos mortos. 


A Serpente de Bronze 


O próprio Moisés foi quem fabricou a "Serpente de Bronze" por mandato do próprio Senhor, para que aqueles que haviam sido mordidos por serpentes venenosas ficassem curados somente olhando a efígie, e essa imagem recebeu culto oficial até que o rei Ezequias a destruiu no ano 680 a.C., uns 300 anos depois de que Salomão edificara seu Templo, pelo qual é de supor que também ela, como o "mar de bronze", figurou entre as sagradas representações da divindade na "casa do Senhor". 

Outros “Mares”

 

Piscina de ShilonQuanto aos "mares de bronze" e as piscinas e tanques sagrados, bem próximo da salomônica estava a piscina de Shilon (Siloé), com enorme fama milagrosa, mas o fato é que tais construções sagradas não faltavam nunca nos santuários e enterros das culturas sumério-megalíticas e pós-megalíticas dos povos do mar; recordemos, de passagem, o célebre tanque sagrado de Oanes em Ur, o de Karnak no Egito, a piscina sagrada de Mohenjo-Daro e o lago Titicaca dos Unis préincáicos, assim como o costume de construir tumbas e sepulcros em cima dos lençóis freáticos ou nas proximidades de rios e lagos, para que os mortos recebessem o influxo benéfico da "água vital"; e não havia água nem subterrânea nem nas proximidades, então costumavam colocar ao lado do morto muitos recipientes cheios. 

O Bronze como matéria prima


O bronze (do persa biring, cobre) é o nome com o qual se denomina toda uma série de ligas metálicas que tem como base o cobre e proporções variáveis de outros elementos como estanho, zinco, alumínio, antimônio, fósforo e outros com o objetivo de obter características superiores a do cobre. 

Fabrico: consiste em misturar um mineral de cobre (calcopirita, malaquita ou outro) com o estanho (cassiterita) em um forno alimentado com carbono (carvão) vegetal. O anidrido carbônico reduz os minerais a metais: cobre e estanho que se fundem e se ligam entre 5 a 10% de estanho. 

De bronze foram as primeiras armas e ferramentas, também utilizado para a produção de estátuas. 

Material que, polido, chega ao amarelo ouro, o mais usado no campo da escultura. 

Sua grande popularidade se deve à sua enorme resistência estrutural, à não corrosão atmosférica, à facilidade de fundição e uma capacidade de acabamento que permite excelente polimento ou o uso de diversas cores e tipos de pátinas. 

O bronze não é um metal puro, e sim uma liga, basicamente de cobre + zinco + estanho + chumbo (podendo ter outros metais) e seu ponto de fusão varia entre 900-925/985-1000ºC. 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bronze 

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