Os irmãos das quatro oficinas que ali se uniram elegeram
como primeiro Grão Mestre Sir Antony Sayer.
Três das lojas foram constituídas por maçons operativos
(Ganso e da Grelha, A Coroa e A Macieira), enquanto a loja Copázio e das Uvas
foi formada por homens nobres e eminentes, dentre eles o Reverendo James
Anderson (que, em 1723 escreveria o Livro das Constituições). (leia a postagem "Afinal, o que é um maçom?")
A Maçonaria era então constituída de dois graus (aprendiz e companheiro), vez que o grau de mestre foi introduzido apenas no ano de 1725, sendo definitivamente incorporado em 1738. Na oportunidade existia o cargo de Mestre de Loja. (Leia a postagem "Os graus na Maçonaria")
Os primeiros grão-mestres do mundo eram, portanto,
companheiros maçons.
A Grande Loja de Londres no início, entretanto, embora
fundada em 1717, exerceria pouca influência na Maçonaria Inglesa, considerando
a grande resistência dos maçons à inovação. Na Inglaterra predominava o
conceito de “maçons livres em lojas livres”, sendo o principal foco de
resistência a uma associação de lojas o Condado de York.
Os maçons resistentes, apegados à velha fórmula, eram
chamados de “Antigos”, enquanto os reformadores (fundadores da Grande Loja de
Londres) eram, por oposição, chamados de “Modernos”.
Em 1751 foi fundada a Grande Loja dos Antigos, formada por
maçons irlandeses que não obtiveram permissão para exercer a Maçonaria nas
lojas inglesas.
O irlandês Lawrence Dermott foi o maçom que ofereceu maior
resistência aos modernos, publicando em 1756 as “Constituições da Grande Loja
dos Antigos”, com o título de Ahiman Rezzon, contração das palavras “Ahim” –
irmãos; “manah” – escolher e “ratzon” – lei.
Na visão de Dermott, os antigos deveriam ser chamados de
Maçons de York, considerando que a primeira Grande Loja da Inglaterra teria se
reunido em York no ano de 926, pelo príncipe Edwin.
Em 1761 foi reativada a Grande Loja de York, vinculada a
cidade homônima, com o nome “Grande Loja de Toda a Inglaterra”, cujos membros
criticavam a Grande Loja de Londres pelas seguintes alterações por ele
realizadas:
- Mudança dos métodos de reconhecimento dos graus maçônicos.
- Retirada das orações dos procedimentos maçônicos.
- Descritianização dos rituais.
- Omissão dos dias santos.
- Mudança da forma de preparo do candidato.
- Diminuição do ritual.
- Corte da leitura dos antigos deveres nas iniciações.
- Retirada da espada durante as iniciações.
- Mudança das funções de oficiais.
- Mudanças de posicionamento do altar dos juramentos.
Em 1794, os grão-mestres das duas grandes lojas decidiram
acabar com as divergências e solicitaram que o Duque de Kent intermediasse um
acordo, buscando a unificação.
Em 1809, a Grande Loja de Londres constituiu uma “Loja de Promulgação ou Reconciliação”, que, após estudos concluiu que seria possível atender os interesses de todas as partes, especialmente no tocante ao ritual.

O Duque de Sussex, conforme proposto por seu irmão, Duque de
Kent, tornou-se o primeiro Grão-Mestre da nova e unificada potência, denominada
Grande Loja Unida da Inglaterra.
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