La flauta mágica, por JesS_(FG) |
Em 1791, na cidade de Viena, estreou a ópera “Die Zauberflöte”, composta por Wolfgang Amadeus Mozart.
A ópera, que tem título em português “A flauta
mágica”, apresenta a filosofia do iluminismo, expondo com frequência a trilogia
liberdade, igualdade e fraternidade.
mozart_02, por meykrosoft |
Mozart, para a estruturação da obra, contou com a colaboração de Emanuel Schikaneder, ambos membros da mesma loja maçônica.
A ópera apresenta-se como uma alegoria pela qual o homem sai das trevas do pensamento medieval, rumando em direção aos conceitos iluministas, que valorizavam uma visão racional do mundo – única maneira de se obter justiça e igualdade entre os homens, em oposição às superstições da Idade Média, implantadas pela Igreja, e às relações sociais baseadas na aristocracia e tirania.
Pamina, por RaimonCabiró |
Tamino e Pamina são os personagens principais, que tem sua tentativa de obter a união ideal e a realização plena sempre dificultada pelos que pertencem ao assim chamado “Templo da Sabedoria”, contando com a ajuda do Sacerdote de Isis e Osíris, Sarastro.
Sarastro sintetiza a figura do ser humano que alcançou o poder pela razão e não pela força e que sempre procura emprestar a Justiça aos que o buscam. A razão é o meio para obter a sabedoria, pela liberdade de pensamento.
A vilã maior da trama é a Rainha
da Noite, que representa a superstição, irracionalidade, aristocracia, tirania
e a manutenção das injustas castas sociais da Idade Média. A Rainha da Noite se
apresenta como uma tirana, determinando o pensamento e as ações de seus
súditos.
Durante o enredo, Tamino e Pamina
passam por um ritual de iniciação, composto por diversas provas que tem como
objetivo verificar o amor e a tenacidade de ambos, após a qual são recebidos
pelos membros do Templo da Sabedoria ao final da trama.
Sinopse (fonte –
Wikipédia)
Há dois casais que se formam na ópera,
Papageno-Papagena, simbolizando o lado comum da humanidade, e Tamino-Pamina,
simbolizando o iniciado. O contexto é uma luta entre a Rainha da Noite, que
ambiciona o poder, e Sarastro, o grande sacerdote que só pratica o bem. Para
Sarastro trabalha, porém, o mouro Monostatos, que tenta seduzir Pamina e se alia à Rainha
da Noite.
Pamino e Papagheno, por sabio74 |
A obra começa com Tamino perdido na floresta, onde
encontra Papageno, um homem alegre que aprecia os prazeres da vida e trabalha
para a Rainha da Noite. Deste encontro Tamino fica sabendo que Pamina, filha da
Rainha da Noite, foi sequestrada por Sarastro e, apaixonado pela sua beleza e a
pedido da Rainha da Noite, decide resgatá-la.
Na sequência, ambos passam por várias provas antes
de poderem se encontrar. Papageno também passa por um tipo de prova antes de
encontrar Papagena, e este contraponto do homem comum que se comporta de modo diferente
do príncipe diante das adversidades é o lado cômico que faz esta ópera tão
popular.
Esta obra está repleta de simbolismo maçônico.
É possível encontrar muitas semelhanças com a Suíte Peer Gynt nº 1 de Edvard
Grieg. No livro "A filha da noite", a
escritora Marion Zimmer Bradley reconta em prosa
esta história, em que os apaixonados lutam contra as forças do mal e a Rainha
da Noite, Mãe de Pamina, para se purificarem e alcançarem a sabedoria juntos.
Primeiro Ato
O príncipe Tamino entra num bosque para fugir da
perseguição de uma serpente monstruosa. Cai de cansaço e é salvo por três damas
da Rainha da Noite. As mulheres ficam maravilhadas com a sua beleza e correm a
dar a novidade à sua senhora, a Rainha da Noite. Enquanto isso, Papageno, um
caçador de pássaros e servo da Rainha, entra em cena. Ele mente, dizendo que
matou a serpente. As damas, ao voltarem, castigaram o mentiroso colocando na
boca uma espécie de cadeado.
As damas mostram um retrato da filha da Rainha da Noite para Tamino que, ao vê-la, fica apaixonado. Depois da ária de Tamino onde ele demonstra toda sua paixão por Pamina, chega a própria Rainha da Noite, que, comovida pelas palavras de amor do príncipe, revela o sequestro de Pamina por Sarastro, rei e sacerdote de Isis, prometendo ao jovem a mão da donzela se ele conseguir resgatá-la com segurança do Templo do rei. Tamino aceita o desafio. Em troca, as três damas entregam a ele uma oferta da rainha: uma flauta mágica em ouro, que é capaz de mudar o estado de espírito dos seres vivos que a escutam. Papageno, que irá acompanhar o príncipe em sua jornada, ganha um carrilhão mágico, também com poderes extraordinários.
Mais adiante, descobrimos que Pamina está numa sala
guardada por Monostatos, escravo mouro do palácio de Sarastro que tenta
seduzi-la. Nesse momento, chega Papageno e, ao vê-lo, o escravo sai a gritar
com medo do seu aspecto. O caçador de pássaros diz à jovem que Tamino está a
caminho para resgatá-la.
Enquanto isso, Taminos entra no Templo da Sabedoria
e se depara com um sábio orador, que lhe revela o bom caráter de Sarastro e lhe
aconselha a desconfiar dos atos obscuros da Rainha da Noite. Ao ouvir a notícia
de que sua amada ainda está viva, Tamino toca sua flauta, que é prontamente
respondida por Papageno, que toca sua flauta-de-pã.
O príncipe procura seguir o som longínquo vindo do instrumento de Papageno,
porém Monostatos acaba encontrando o caçador de pássaros e Pamina antes. Para
escapar do mouro e seus escravos, Papageno toca o carrilhão mágico,
enfeitiçando seus perseguidores e possibilitando sua fuga ao lado de Pamina.
Aparece Sarastro e Pamina lhe diz que a sua
tristeza se deve ao assédio de Monostatos, razão pela qual este será castigado
por Sarastro. Tamino e Pamina se encontram pela primeira vez, mas antes que o
casal possa se unir o rei pede que Tamino e seu acompanhante, Papageno, sejam
preparados para serem iniciados nos mistérios da sabedoria e se juntar à
fraternidade do templo.
Segundo Ato
Num bosque de palmeiras, Tamino e Papageno
reúnem-se para serem iniciados pelos sacerdotes na presença do rei. Uma das
provas a que ambos são submetidos é a de ficar em silêncio. Durante a prova,
ambos passam por diversas tentações, que tem por objetivo desviá-los do caminho
da virtude. Enquanto Tamino tem persistência para se manter calado, Papageno é
facilmente distraído pelas três damas da Rainha da Noite, que aparecem para
atormentar os dois e fazê-los quebrarem seu juramento.
Pamina está num jardim. Aparece a Rainha da Noite,
informando-a que o seu amado se aliou com o inimigo. A jovem percebe que é o
coração de sua mãe que destila maldade e ódio. Esta dá um punhal à filha,
exigindo-lhe que mate Sarastro sob pena de ser rechaçada para sempre por ela.
Pamina fica horrorizada. Nesse momento, aparece Monostatos que ouviu toda a
conversa e tenta fazer chantagem. Não obstante, o diálogo também tinha sido
escutado pelo rei que manda prender o escravo e pede a Pamina paciência e compreensão,
tranquilizando-a.
Tamino e Papageno entram no templo, calados.
Aparecem os três gênios que lhes restituem a flauta e o carrilhão e pedem-lhes
que sigam em silêncio. Ao tocar a flauta aparece Pamina que, ao não obter
nenhum tipo de resposta tanto de Tamino quanto de Papageno, acredita ter sido
rejeitada pelo amado e deixa-se dominar pela dor. Os sacerdotes conduzem os
iniciados ao interior do templo onde ambos decidem seguir em frente com a sua
iniciação.
No jardim, Papageno recebe a visita de uma anciã,
que pede para se casar com ele. Este, com medo de ficar só, aceita. Nesse
momento, a anciã transforma-se numa linda jovem: Papagena. Entretanto, o
sacerdote do templo tira-lha, porque primeiro terá de merecê-la.
Pamina está à beira da loucura e a ponto de se
suicidar com o punhal que a mãe lhe deu. Os três gênios intervêm e convencem-na
a não o fazer e procurar o seu amado. Quando o encontra, ele está a preparar-se
para as provas de água e fogo que terá de concluir. Pamina, loucamente
enamorada, pede permissão para acompanhá-lo. Ambos conseguem passar com sucesso
por essas provas e são admitidos no Templo da Sabedoria por toda sua
fraternidade.
Papageno está desesperado, perdeu a sua amada e
teme ficar sozinho. Quando está determinado a suicidar-se, aparecem os três
gênios e aconselham-no a usar o carrilhão. Ao tocá-lo surge Papagena. Ambos
declaram o seu amor.
A Rainha da Noite, que se juntou a Monostatos,
tenta dar o golpe definitivo contra os sacerdotes, mas são vencidos no último
momento e lançados à noite eterna (Quinteto: Nur stille stille) O coro entoa
louvores a Isis e Osíris, dando glória aos iniciados (Pamina e Tamino), em um
final simbólico, demonstrando a fraternidade que todo ser humano deve
demonstrar com os seus e a celebração da coragem, virtude, sabedoria e o amor.
Personagens
Tamino (príncipe)
Pamina (filha da Rainha da Noite)
Sarastro
(sacerdote de Ísis
e Osíris)
Rainha da
Noite
Papageno
(caçador de pássaros)
Papagena (prometida a Papageno)
Monostatos (mouro a
serviço de Sarastro)
Orador
Dois Sacerdotes
Três Rapazes
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3 comentários:
O seu blog é muito forte em cultura. Aqui s gente tenta colocar um pouco de nossas pesquisas baseadas em cabala e na nossa querida maçonaria :)
TFA
Rafael Chiconeli .`.
Caro Rafael:
Gratos por seu comentário.
Visite sempre nosso blog e você descobrirá uma grande variedade de assuntos.
é EXATAMENTE O QUE ESTOU FAZENDO :)
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