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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sobrevivendo a perseguições

Hoje desejamos esclarecer um pouco mais a respeito da importância da Cabala em sua origem, que é o povo judeu, para que não mais se confunda seu estudo e prática com pessoas abastadas financeiramente.

Você pode ler os artigos anteriormente escritos sobre cabala clicando nos links abaixo.


O povo judeu iniciou sua história no ano 2.140 antes da era Cristã.



shimon - por ithiel00
shimon - por ithiel00
As partes da história do povo judeu que hoje desejamos abordar são as inúmeras crises por ele vivenciadas, com o objetivo posterior de avaliar qual a razão mais provável para que ainda hoje exista este povo. Para a realização deste trabalho, considerando a ausência entre nós de membros da comunidade judaica, fizemos uso de pesquisas na internet e literatura.

O povo judeu/hebreu sofreu inúmeras perseguições e tentativas de extermínio durante sua história. Vamos enumerar algumas delas, sem perder tempo com os absurdos ocorridos durante as primeira e segunda guerras mundiais, de todos conhecidos:
·   
  1ª escravidão – No Egito, logo após a época em que José, que havia se tornado vice-rei daquele país.

· Na mesma época, editado um decreto pelo faraó para a matança de todos os meninos nascidos daquele povo.

·  Décadas após – libertação da escravidão egípcia, por Moisés.

· 600.000 pessoas daquele povo que foram libertados passam 40 anos no deserto, experimentando a vida nômade.

·  Saul (1.026 – 1.000 a.C.), feito primeiro rei do povo hebreu, e Davi, seu sucessor, enfrentam inúmeras guerras para estabelecer um país.

· Salomão sucede seu pai Davi e leva o país ao extremo da felicidade, inclusive construindo o templo.

· Morto Salomão, o reino é dividido entre seu filho Roboão e seu adversário Jerobão, seguindo-se guerras entre eles para estabelecer hegemonia.

· Aproveitando-se da desarmonia interna, nações vizinhas expandem-se tomando territórios, rotas e atividades comerciais.

· O Egito ataca Israel, tomando Jerusalém e apoderando-se do templo e de seus tesouros.

·  Nabucodonossor (632 – 562 a. C.), rei da Babilônia, toma o país.

· Seguem-se reinados ditos “indignos”, como os de Ahab, Joram, Jezebel e Átila.

· Os hebreus são feitos escravos da Assíria até sua libertação por Ciro, após a queda daquele império, com permissão de retorno ao país e reconstrução do templo, mas com governantes impostos pelos dominadores.

· Os governantes impostos exorbitam nas taxações e perseguem o povo pela religião.

· Antíoco Epifânio manda construir uma estátua de Júpter Olímpico no meio do templo reconstruído e determina o extermínio dos hebreus que não abandonassem suas crenças diante daquele deus.

· O macabeu Iehuda vence os sírios, entra vitorioso em Jerusalém e restabelece o culto divino.

· No ano 70 da era Cristã, o imperador romano Tito toma Jerusalém, incendiando o templo e mata ou vende como escravos a maior parte de seus habitantes.

· Começa o milenar exílio do povo judeu. Sobreviventes imigram para a Ásia e para o ocidente, enquanto aqueles de Alexandria, já helenizados, permanecem no mesmo ambiente.

· Na mesma época, na Judéia (denominada Palestina pelos romanos), parte dos judeus sobreviventes entregou-se à luta sob a liderança de Bar-Kochba. A rebelião é sufocada com grande derramamento de sangue.

· O infeliz e longo desterro, entretanto, possibilitou o ressurgimento do povo. Foi durante ele que foram compilados grandes livros judaicos como a Mishná e o Talmude. O povo judeu dedicava-se ao desenvolvimento cultural, filosófico e moral.

·  O imperador romano Constantino sobe ao trono no ano 350, iniciando uma política de coação contra o povo judeu que estava sob seu jugo.

· Os judeus continuam seu desenvolvimento cultural nas regiões dominadas pelos muçulmanos, pagando elevadíssimos tributos para que pudesse se dedicar ao comércio, como em Bagdá, Cairo e toda a Espanha dominada.

·  No mundo cristão, à medida que o cristianismo ia ganhando terreno no monopólio das fontes de riqueza dos países do Ocidente, ia a influência judaica pouco a pouco voltando ao estado de prostração em que esteve mergulhada nos últimos tempos do império romano. Os judeus não podiam ter autoridade alguma sobre os cristãos; eram afastados dos cargos públicos e eram privados dos direitos de cidadania quando implicava em algum cargo de autoridade, como ter escravos, servos e até criados domésticos.

·  Era vedado aos cristãos ter qualquer contato social com os judeus, que deveriam ter uma marca em suas roupas ou em alguma parte do corpo para permitir suas identificações.

·  No mundo cristão de então, os antigos hebreus e agora os judeus que eram um povo essencialmente agrícola, sem aptidão especial e sem gosto pelo comércio, viram-se obrigados, na sua qualidade de estrangeiros numa população urbana e mercantil, a mudar suas características de vida. A partir da época feudal, especializaram-se cada vez mais no comércio e na medicina, que podiam exercer pois lhes eram vedadas todas as outras profissões. O judeu, por causa das leis canônicas, chegou a ser banqueiro por excelência, e "judeu" e "banqueiro" tornaram-se vocábulos sinônimos. Desta maneira foram criando tanto inimigos como credores e, ao despertar o espírito comercial quando a submissão às leis canônicas foi decaindo ante o imperativo da luta pela existência, o capitalista cristão perseguiu no judeu o competidor e detentor de um monopólio produtivo.




·  Na Espanha, onde os judeus já viviam desde o século III (e.C.), a população judaica aumentou notavelmente depois da batalha de Guadelete (711) como conseqüência da invasão dos árabes, provavelmente por ter ficado ali grande número de judeus que tinham vindo com os muçulmanos. A situação dos judeus melhorou, prosperaram e houve reis que tiveram médicos, astrônomos e músicos judeus. Chegaram a possuir terras, indústrias, faziam serviço militar sem qualquer restrição, iguais aos outros cidadãos e em certas jurisdições estavam no mesmo pé de igualdade com os fidalgos. Neste ambiente, os judeus começaram a desenvolver na Espanha uma atividade cultural que é tida como a "Idade de Ouro" da história judaica.

· Durante três séculos o judaísmo floresceu em Granada, Córdoba, Sevilha, Saragosa, Barcelona, etc., dedicando-se seus integrantes a produzir obras literárias, dando início aos comentários sobre o Talmude, que tornaram mais fácil a procura de qualquer dado. Com a ascensão da ciência árabe, muitos judeus que também escreviam neste idioma começaram a ocupar-se da filosofia. A cultura hebraica deu seus melhores frutos naquela época. É desse período o sábio e venerado Maimônides. Os rabinos não tratavam apenas de obras religiosas, morais e filosóficas e sim de todos os temas e argumentos. Assim guiado, o judeu ampliou sua missão; o homem da sinagoga passou a ser homem do mundo, participava da vida pública, ajudava os monarcas árabes em suas empresas e em sua política e mais tarde auxiliou também os soberanos da Espanha a aumentar sua potência e a conquistar um império. A par disto, homens de ciência e audazes navegantes judeus colaboraram nas façanhas que levaram os portugueses para além do Cabo da Boa Esperança, até as Índias. Não obstante, os judeus não esqueceram sua antiga pátria; com exceção de alguns que voltavam para a Terra de Israel para ali terminar seus dias, os outros criaram raízes na Espanha, vivendo ali como em sua antiga terra. De Sefarad, nome hebreu da Espanha, derivou o nome sefaradim, como se fizeram chamar os judeus, pensando com isto conquistar sua tranqüilidade e seu lugar no mundo.

· Na Inglaterra - No ano de 1264 houve uma verdadeira matança e, por um decreto do ano de 1290, os judeus foram expulsos da Inglaterra, encontrando refúgio em Flandres, França, Alemanha e Espanha setentrional. Só puderam retornar no período de Oliver Cromwell, quase quatro séculos mais tarde.

· 1391 – 9 de junho – Começa um grande movimento anti-semita na Espanha: 2.000 são mortos em Córdoba, sem distinção se sexo ou idade; 5.000 em Valencia; 11.000 em Barcelona e outros muitos milhares em mais 70 províncias.

· 1.480 (inquisição) – Os reis Fernando e Isabel desterram cerca de 550.000 judeus para o deserto, embora estes os houvessem auxiliado financeiramente a subir ao poder.

·  Portugal fecha suas fronteiras para os exilados.

· Fugitivos da Espanha e de Portugal, os judeus tiveram acolhida em vários estados italianos; porém também ali a Inquisição acabou imediatamente com a liberdade que tinham e a maior parte daqueles infelizes teve que tomar novamente o caminho do desterro. Foi em Roma que a existência dos judeus sofreu misérias.

· Na Alemanha mais de 340 comunidades foram quase que totalmente exterminadas - ao estalar da Peste Negra, o cólera (1340-1351), mais, quando os judeus foram acusados de envenenar os poços de água.

· 1.517 - A Reforma Protestante num primeiro momento foi favorável aos judeus, pois o protestantismo modificou em parte a psicologia da época ao promover um maior interesse pelos estudos bíblicos, contribuindo assim para fazer luz sobre o passado e afirmando que a fé repousava sobre o Antigo Testamento. Observam alguns autores que Lutero com isso esperava poder converter os judeus para sua nova igreja. Depois de duas décadas, entretanto, vendo que não tinha conseguido seu intento, ele mudou de tática e passou a atacá-los violentamente. Vieram então os dias amargos pelos quais os fez passar o fundador do protestantismo. Ele tornou-lhes a vida extremamente sombria com seus escritos e suas publicações nos quais pregava que os judeus deviam ser mortos queimados ateando-se fogo às sinagogas enquanto rezavam. Quinhentos e poucos anos mais tarde, essas pregações foram utilizadas pelos nazistas para embasar sua tentativa de extermínio do povo judeu.

· 1.560 - Júlio III proibiu o estudo do Talmude. Os judeus foram encerrados em guetos, excluídos de suas profissões e finalmente, em 1569, expulsos de todas as cidades, menos Roma e Ancona. Em Toscana, Mântua, Ferrara e Veneza a situação era muito melhor. Na primeira destas cidades, por obra dos judeus e anussim imigrados da Espanha, surgiu a comunidade de Liorna.

· Com o século XVII terminou a vida tranqüila dos judeus na Polônia, iniciando-se as perseguições, a matança e a escravidão moral. Sua condição na Polônia e na Rússia, apesar de todas as emancipações, continuou sendo a mais triste de todas; por isso o judeu polonês sempre considerou a emigração como o único meio de salvação.

· Em novembro de 1947 a Organização das Nações Unidas (ONU) votou pela partilha da Palestina para a criação de dois países, um para os judeus e outro para os árabes palestinos.E em maio de 1948, após dois mil anos de espera pelos judeus, David Ben Gurion proclamou a independência do Estado de Israel.

O povo judeu, como visto, viveu em praticamente todos os países do mundo antes de estabelecerem novamente um território como seu país.

Inúmeras e inacreditáveis mortes, desterros, estupros, roubos e outras mazelas os vitimaram e os espalharam pelo mundo.

A crise que assolou este povo, como igualmente visto, não foi apenas econômica, mas moral, espiritual e de muitas outras matizes.

Parece absolutamente inacreditável que tenham mantido uma identidade.

De fato, vivendo em muitos países debelados por bárbaros e assassinos perseguidores, falaram muitas línguas, foram influenciados por muitas culturas, não tinham moeda ou identidade que os pudesse unir, senão uma, qual seja sua religião e os estudos que dela derivaram.

Eis a importância da cabala, dentre outros estudos!

Não existem judeus no nosso grupo de autores. Este artigo foi produzido para colaborar com o extermínio de preconceitos.

Depois de ler este artigo, talvez seja interessante você conhecer um pouco mais a respeito do templo. Um dos textos relacionados você encontra em “O Templo”.

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