Há situações pelas quais as
pessoas passam durante a vida que raramente podem ser evitadas, embora
diariamente lutemos pelos seus afastamentos diante da dor que normalmente
causam.
Doença, traição, injustiça,
abandono, desamparo, etc. são momentos difíceis pelos quais mais cedo ou mais
tarde todos passam e que devem transpor.
Não há como evitar, embora seja
possível retardar, o envelhecimento e a perda de vigor, energia e saúde dele decorrentes.
Da mesma forma, vivendo em
sociedade, é praticamente impossível, ou minimamente improvável, que aquilo que
se nos afigura como traição, injustiça, abandono e desamparo, um dia não caia
sobre nós, embora tenhamos grande preocupação, alguns com maior ou menor
eficácia, em adotar providências e cautelas para evita-los.
Consideramos que o ser humano foi
criado para a felicidade e, assim, de todas as maneiras busca alcançá-la, de
forma correta ou equivocada, dependendo das convicções e do respeito ao outro,
à sociedade, à família e à pátria de cada um (veja o artigo “Moral,
ética e lei”).
Sob este ponto de vista,
parece-nos absurda a simples aceitação das mazelas que recaem sobre nós.
Dor que percorre o tempo - por Rubens Nemitz Jr |
Como dissemos no artigo “Alegria”, o
Homem é por definição um transformador que nunca se conformou com as
circunstâncias que lhe foram impostas e não pode ou deve ser diferente com as
dores que eventualmente aparecem em nossas vidas.
O Homem transformou o mundo,
embora muitas vezes de forma equivocada em nossa visão. No entanto, há algum
motivo para não tentar modificar a própria vida? Existe verdadeira razão para o
mero acomodar-se com as dores?
A resposta é evidente: o simples “não”
para as duas perguntas.
Buscar a saúde, a paz, a justiça,
a felicidade, o amor e a proximidade e respeito daqueles que amamos é buscar
aquilo que a maioria de nós entende por felicidade e, portanto, cumprir a única
e verdadeira missão de todo ser humano!
Quando somos atingidos por
qualquer dos grandes malefícios que afligem a vida dos Homens, portanto,
devemos buscar a saída desta ou daquela condição, que consideramos não apenas
indevida como não natural, já que toda a natureza ruma para a construção e não
para a destruição e para a harmonia, e não para a desarmonia.
A busca pela saída de um
problema, contudo, entendemos que necessariamente passa pela investigação de
sua origem e dos enganos que cometemos para chegar ao efeito atingido (veja o
artigo “Vingança
boa”).
O que fazer, contudo, enquanto a
dor nos atinge e enquanto não saímos da situação danosa?
A dor como tudo na vida, deve ter
um objetivo e uma finalidade e, como tudo nesta existência, pode ser
direcionada para norte ou para sul, conforme a vontade daquele que a vivencia.
Ora, então por qual razão não
podemos “doar” nossa dor?
Aliás, por qual razão não podemos
dar um sentido verdadeiro e nobre a ela?
Sacrifícios são componentes de
inúmeros rituais mágicos e da maioria dos ritos religiosos. Assim é em razão de
uma lei esotérica que igualmente é uma norma científica (a respeito leia o
artigo “Causa
e efeito”).
Não devemos e não podemos
concordar com as dores que sofremos. Devemos sempre buscar evita-las em
primeiro lugar. Se impossível, busquemos descontinuá-las procurando por suas
causas e corrigindo aquilo que as originou.
No entanto, enquanto as sofremos,
direcionemos nosso sofrimento para uma finalidade construtiva.
“Dedico as dores que hoje sinto
pela doença, que logo acabarão pela minha total harmonização, ao
restabelecimento da boa condição de saúde de ‘Fulano de tal’”.
“Quero que a dor da injustiça e
da traição que hoje sinto, mas que logo acabará sirva para que ‘Beltrano’ seja
sempre visto por todos com amor e carinho e sempre respeitado”.
Pense, vibre e medite em favor do
que é correto e construtivo! (veja os artigos “A
influência do pensamento humano” e “As
sete leis herméticas”)
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