Conforme Wikipédia, “a palavra espada
é comumente usada para se referir a uma série de "armas
brancas" longas, formadas por uma lâmina e uma empunhadura;
abrangendo, por extensão, objetos como o sabre, o florete, o gládio, o espadim e a katana, dentre
outros. A espada, na verdade, é formada por uma lâmina comprida, normalmente
reta e pontiaguda, de metal, com gume em ambos os lados”.
A espada foi a principal arma na
Idade Média, seguida pelo arco e pela lança da predileção dos guerreiros.
Katana - por AnotherHikikomori |
No entanto, mesmo na Idade Média, não somente para a defesa era utilizada a espada, que aos poucos foi conquistando uma posição diferenciada nas sociedades.
Como exemplo, mencionados as cerimônias de feituras de cavaleiros na velha Inglaterra e outros reinos, quando os reis utilizavam a espada para realizar as sagrações. Aliás, parte das cerimônias de sagração foi incorporada pelos rituais das escolas iniciáticas e até os nossos tempos ainda está em uso, especialmente nas ocasiões em que o iniciado sobe a graus superiores.
Sagração de cavaleiro |
E esta não é a única função ritualística das espadas, cabendo aqui lembrar as assim chamadas abóbadas, quando as espadas são cruzadas no alto, formando uma cobertura por onde pessoas a serem destacadas e protegidas passam.
No exercício de cargos
específicos de determinadas cerimônias, as espadas igualmente funcionam como
antenas, objetivando captar e conduzir vibrações de alto nível aos seus
operadores, como informam diversos escritos esotéricos, não se podendo deixar
de mencionar as ocasiões em que propositalmente as lâminas são batidas contra o
chão, em atitude claramente destinada à retirada de resquícios pouco nobres
energeticamente do corpo da espada e de seu operador.
As espadas, independentemente de seu
uso para a defesa e ritualística, é um símbolo claramente fálico e, portanto,
relacionado ao sexo masculino, representando o noivo que se juntará à sua amada
no casamento alquímico (veja os artigos “A Arca da
Aliança”, “Alguns
dos grandes manifestos e textos antigos” e “Os Alquimistas” parte
I, parte
II e parte
III, dentre outros textos que produzimos anteriormente).
Excalibur - por Seby54 |
Esta condição fálica fica
muitíssimo clara na lenda arturiana[1],
em que a espada assume papel central como a maravilhosa excalibur[2],
apenas retirada de seu casulo por um rei por merecimento, que a manuseará
durante toda a trama, tal qual nas cerimônias de sagração acima mencionadas.
O caráter fálico de excalibur é
evidenciado pela incansável busca pelo cálice sagrado, símbolo claramente
feminino, com o qual excalibur sacramentaria o casamento alquímico.
[1] Avalon era uma
ilha lendária encantada onde "Excalibur",
a espada do Rei Artur tinha sido forjada e para onde o próprio rei tinha
voltado vitorioso depois da sua última batalha para ser curado de um ferimento
mortal.
Em algumas
versões, Avalon é regida por Morgana, uma sacerdotisa da antiga
religião rodeada de nove donzelas sacerdotisas responsáveis pela cura de
Artur, deitado numa cama de ouro. Numa outra versão ela é descrita como sua
meia irmã.
Em uma outra
versão, o Rei Arthur é ferido em combate, e então levado pela Dama do Lago
a uma Avalon mística do além, paralela ao mundo real, onde Artur permanece
retirado desse mundo, tornando-se para sempre imortal.
Em algumas
versões da lenda, ele não resiste à viagem e morre, tendo sido enterrado então
em Avalon; em outra versão, ele estaria só dormindo, esperando para voltar num
futuro próximo, pois, a ilha seria um refúgio de espíritos, a qual permitiria a
ele permanecer vivo por meio das artes mágicas.
Ynys Wydryn
Na ficção
histórica As Crônicas de Artur de Bernard
Cornwell, parte da trilogia sobre a saga arturiana, o autor dá um outro
nome a Avalon, Ynys Wyndryn, porém ele mesmo também cita Ynys Mon em sua
narrativa de ficção histórica, mascarando a verdade da ficção que mistura
pesquisa histórica e lenda.
Ynys Wydryn
(Ilha do Vidro), ou Avalon, era em termos lendários o local onde
vivia Merlin
juntamente com Viviane,
que era grã-sacerdotisa e tia de Arthur (que nunca chega a ser rei), onde era
possível utilizar a magia, ou seja, o poder divino dos deuses antigos.
Avalon, Ynys
Wydryn ou Ynys Mon era um lugar de conhecimento sobre os deuses pagãos antigos
onde os druidas passavam o conhecimento antigo de geração em geração. Era o
lugar onde se aprendia o conhecimento da religião antiga o druidismo, sendo
Merlin o senhor de Avalon ou Ynys Wydryn, que construíra Tor, uma torre onde vivia
e guardava todos os seus memoráveis e quem sabe mágicos tesouros.
A Senhora
do Lago é designada como autoridade máxima da ilha, e Artur era filho do
rei Uther Pendragon, que no passado, era seguidor da
crença da Deusa, como também a mãe de Artur, Igraine. Arthur
faz um pacto de reacender a crença da Senhora do Lago para que com o passar do
tempo ela não se apagasse.
No fim de
tudo, Ynys Wydryn ganha um papel importante, pois quando Artur foi ferido
mortalmente em batalha pelo seu próprio filho Mordred, ele
teria sido supostamente levado de barco à ilha por sua meia irmã Morgana
ao Lago, para onde através dos poderes que a Deusa havia lhe dado ela poderia
retornar.
No caminho,
ela foi recusada por ter desprezado a Deusa e o único jeito de retornarem à
Avalon foi Artur devolver a Excalibur ao Lago, onde habitava a Deusa. Sua sepultura foi
feita em Avalon, na terra de Merlin, Ynys Wydryn, juntamente com o corpo de sua
amada Guinevere.
[2] Excalibur
é a lendária espada do Rei Artur.
As
lendas sobre o Rei Artur trazem duas versões distintas sobre a origem de
Excalibur: segundo algumas (por exemplo, Lancelote-Graal),
esta seria a espada presa na pedra, segundo outras (por exemplo, Ciclo do Pseudo-Boron), a espada foi dada a
Artur pela Dama do Lago.
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