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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Sol nos mitos, religiões e Maçonaria


Sol
 
Wikipédia : (leia a definição completa aqui)

“O Sol (do latim sol, solis) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteróides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.
A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros, ou 1 unidade astronômica (UA). Na verdade, esta distância varia com o ano, de um mínimo de 147,1 milhões de quilômetros (0,9833 UA) no perélio (ou periélio) a um máximo de 152,1 milhões de quilômetros (1,017 UA) no afélio (em torno de 4 de julho). A luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra. Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossíntese, processo do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso planeta. A energia do Sol também é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima na Terra.”

Paganismo


Paganismo
O termo paganismo deriva da palavra latina “paganus”, que tinha como significado genérico “habitante da terra”, ou “rústico” e já há muito vem sendo utilizado para designar as religiões politeístas em geral.

O politeísmo pode ser definido como a crença na existência de vários deuses, cada qual com sua personalidade individual e independente dos demais, gerindo as mais variadas atividades humanas, objetos, forças naturais, instituições ou períodos.
Como exemplo, encontramos os seguintes tipos de deidades nas religiões politeístas:
  • Divindades celestiais
  • Divindades da morte
  • Deusas mães
  • Divindades do amor e da luxúria
  • Divindades criadoras
  • Divindades solares
  • Divindades das águas
  • Divindades políticas
  • Trickster
  • Deuses da ressurreição
  • Herói cultural
  • Deuses da música, artes, ciência, agricultura e outros empreendimentos.
Dentre as diversas manifestações do paganismo, encontramos o que se denominou por “culto agrário”, ou seja, religiões especialmente voltadas à reverência aos deuses relacionados à produção de alimentos, especialmente em plantações.

Como exemplos são encontramos manifestações do “culto agrário” na Roma Tardia (“Sol Invictus”), na mitologia asteca (“Tlaloc”) e antigamente entre os povos turcomanos, egípcios(“Aton”) e persas, além de vários outros.

O “Sol Invictus”


Sol Invictus
Embora existam manifestações passageiras ao culto ao “Sol Invictus” anteriores, sabe-se que a introdução da veneração a este deus ocorreu no ano 270 d. C. em Roma, pelas mãos do Imperador Aureliano.

As manifestações anteriores, especialmente aquelas relacionadas ao Mitraísmo, tiveram grande impacto na introdução do “Sol Invictus” como deidade principal do Império Romano.

O Sol, dado seu enorme e indiscutível impacto na vida humana, especialmente nas épocas anteriores ao avanço tecnológico, tornou-se a deidade principal em várias épocas e religiões (até mesmo monoteístas em alguns casos).


O aparente movimento solar, nascendo no "leste" e “morrendo” no "oeste" (antes que fossem conhecidos os movimentos de translação e rotação da Terra), inspirou várias religiões e povos na constituição de seus templos (veja a postagem "O Templo" - clique aqui) e rituais.

Na própria constituição do Templo de Salomão, o "leste" foi designado para a habitação mais do que santa do Altíssimo (veja a postagem "O Sanctum Sanctorum" - clique aqui) e para o depósito da Arca da Aliança (sobre a qual também produzimos um artigo, que você lê clicando aqui), pois que seria o ponto cardeal de onde proviria a luz, o conhecimento e a própria vida.

Por via de conseqüência, na evolução da religiosidade, o lado do templo física ou simbolicamente localizado no "oeste", em contraposição, passou a representar a morte, pelo que várias construções foram ali edificadas com esta simbologia (veja a postagem "O Nártex" - clique aqui).

Também por derivação do mesmo raciocínio, considerando que no hemisfério norte (de onde a maioria das antigas civilizações observaram o movimento solar) o Sol “transita” pelo "norte", “iluminando” o "sul", compreendeu-se que o primeiro fosse o ponto da escuridão (para onde a luz solar não era destinada), local onde, por evidente, deveriam ser acomodados os iniciantes nos assim chamados “mistérios”, já que pouca ou nenhuma “luz” haviam recebido.

Igualmente como progressão deste entendimento, evidente que no “norte” do templo deveriam estar as coisas mais ligadas ao que era mundano, em contraposição ao “sul”, que representa o progresso do iniciado, rumo ao “leste”, a fonte da luz, em afastamento do “oeste”, ou morte.  No “norte”, portanto, o poder mundano, enquanto ao “sul”, o poder sacerdotal  (a este respeito, interessante avaliar o artigo "As colunas do templo - As colunas sociais" - clique  aqui).

Em Maçonaria (O “olho da providência”)


Para o templo maçônico e para todos os templos derivados do Templo de Salomão, tudo o que foi dito acima se aplica.

Olho que tudo vê.
Apresenta-se, entretanto, como símbolo adicional do Sol, o “olho que tudo vê”, inserido no Delta luminoso, instalado no mais extremo leste simbólico do templo, mais especificamente por detrás do trono ocupado pelo Venerável Mestre (o Trono de Salomão).

Recorremos mais uma vez à Wikipédia e encontramos:

“O Olho da Providência é um símbolo exibindo um olho cercado por raios de luz ou em glória, muitas vezes dentro ou em cima de um triângulo ou de uma pirâmide. Costuma ser interpretado como a representação do olho de Deus observando a humanidade. É bastante usado na simbologia da maçonaria. Está presente do verso do Grande Selo dos Estados Unidos.

Origem

“Na sua forma atual, o símbolo apareceu primeiro no oeste durante os século 17 e 18, mas representações do Olho que Tudo Vê pode ser encontrado já na Mitologia Egípcia, no Olho de Hórus. Em descrições do século XVII como o'Olho da Providência algumas vezes aparece rodeado de nuvens. A adição posterior de um triângulo normalmente é visto como uma referência mais explícita da Trindade de Deus, no Cristianismo.

Maçonaria

“O Olho que Tudo Vê também aparece como parte da iconografia da Maçonaria. O Olho que Tudo Vê é então um lembrete para os Maçons de que sempre são observados pelo Grande Arquiteto do Universo(pelo menos o que dizem ser). Tipicamente o Olho Maçônico da Providência tem um semicírculo de luz sob o olho — freqüentemente com os raios incidindo para baixo. Às vezes, um triângulo é incluído ao Olho, mas isto é visto como uma referência à preferência do Maçom para o número três em numerologia. Outras variações do símbolo também podem ser achadas, com o olho sendo substituído pelas letras ‘G’, representando o Grande Arquiteto.

“A primeira referência Maçônica oficial ao Olho está em O Monitoramento Maçônico por Thomas Smith Webb em 1797, alguns anos depois que o Grande Selo foi projetado. O uso Maçônico do Olho em geral não incorpora uma pirâmide, embora o triângulo seja incluído freqüentemente é interpretado como sendo parte.

O dólar
“Dos dezesseis signatários da Constituição norte americana, somente nove Benjamin Franklin, William Ellery,John Hancock, Joseph Hewes, William Hooper, Robert Treat Paine, Richard Stockton, George Walton e William Whipple eram maçons. O jornal do web site Escocês The Scottish Rite Jounarl cita Henry A. Wallace como segue, dizendo que após ter visto o quadro do Grande Selo, levou-o ao Presidente: Roosevelt, olhou a reprodução colorida do Selo, e o primeiro detalhe a lhe chamar a atenção foi a representação do Olho que Tudo Vê — uma representação Maçônica do Grande Arquiteto do Universo. A seguir, ficou impressionado com a idéia que a fundação para a nova ordem havia sido inscrita como 1776, mas seria completada somente sob o olho do Grande Arquiteto. Roosevelt era maçom do 32.º grau. E sugeriu então que o Selo fosse posto na nota de dólar.”

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

O diagrama da vida de Jacó

Diagrama da vida de Jacó

Este texto é melhor interpretado se conjugado com a postagem 

A. Compra de seu irmão Esaú os direitos de primogenitura, Gn 25: 29,34

B. Engana o seu idoso pai, Gn 27: 1,29

C. Vê-se forçado a fugir para salvar a vida. Vai a Padã-Arã a fim de escolher sua esposa, Gn 27:41; 28:1-5

Uma experiência noturna em nível alto.

D. A visão espiritual e o voto em Betel, Gn 28: 10-22 – 10

II. Em Harã. Os problemas familiares continuam.

E. Decepção no romance devido ao engano, Gn 29; 15-30 – Depois, disse Labão a Jacó: Acaso, por seres meu parente, irás servir-me de graça? Dize-me, qual será o teu salário? Ora, Labão tinha duas filhas: Lia, a mais velha, e Raquel, a mais moça. Lia tinha os olhos baços, porém Raquel era formosa de porte e de semblante. Jacó amava a Raquel e disse: Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel. Respondeu Labão: Melhor é que eu ta dê, em vez de dá-la a outro homem; fica, pois, comigo. Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava. Disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, pois já venceu o prazo, para que me case com ela. Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar e deu um banquete. À noite, conduziu a Lia, sua filha, e a entregou a Jacó. E coabitaram. (Para serva de Lia, sua filha, deu Labão Zilpa, sua serva.) Ao amanhecer, viu que era Lia. Por isso, disse Jacó a Labão: Que é isso que me fizeste? Não te servi eu por amor a Raquel? Por que, pois, me enganaste? Respondeu Labão: Não se faz assim em nossa terra, dar-se a mais nova antes da primogênita. Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra, pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás. Concordou Jacó, e se passou a semana desta; então, Labão lhe deu por mulher Raquel, sua filha. (Para serva de Raquel, sua filha, deu Labão a sua serva Bila.) E coabitaram. Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia; e continuou servindo a Labão por outros sete anos

F. A grande e sórdida luta com seu sogro e o ciúme entre suas esposas.

G. Movimento ascendente, o chamado divino para regressar à terra prometida Gn 31:3 – E disse o SENHOR a Jacó: Torna à terra de teus pais e à tua parentela; e eu serei contigo. Parte em segredo, mas seu sogro o persegue, Gn 31:20-24 – E Jacó logrou a Labão, o arameu, não lhe dando a saber que fugia. E fugiu com tudo o que lhe pertencia; levantou-se, passou o Eufrates e tomou o rumo da montanha de Gileade. No terceiro dia, Labão foi avisado de que Jacó ia fugindo. Tomando, pois, consigo a seus irmãos, saiu-lhe no encalço, por sete dias de jornada, e o alcançou na montanha de Gileade. De noite, porém, veio Deus a Labão, o arameu, em sonhos, e lhe disse: Guarda-te, não fales a Jacó nem bem nem mal.

H. Em seu caminho de obediência encontra-se com mensageiros angelicais, Gn 32:1-

Outra grande experiência espiritual.

I. Alarmado pela aproximação de seu irmão com quatrocentos homens, recorre à oração, Gn 32;3-12,

J. Passa uma noite lutando com Deus, em súplica desesperada. Sai vitorioso e recebe novo nome, ISRAEL, Gn 32:24-32. Tem um encontro afetuoso com seu irmão Esaú, Gn 33:1-16

K. Sua filha Diná é desonrada, Gn 34:1-5.

L. Devido à vingança de seus filhos, vêm dificuldades sobre ele, Gn 34:7-31.

M. Quando chega em Betel, lembra de sua visão ali e erige um altar, Gn 35: 1- 15.

III. Seus últimos anos. Os problemas domésticos continuam.

N. A parcialidade paterna e os ciúmes dos irmãos fazem com que José seja vendido ao Egito, Gn 37: 1-36.

O. Outros problemas familiares, Gn 38:1-30.

P. O êxito de José e seu chamado divino ao Egito, Gn 39 a 45: Gn 46:1-4.

Seus últimos dias.

Q. À beira da morte, bendiz seus netos e filhos, Gn 48 e 49.

R. Muitos creêm que ele profetizou a vinda do Messias, Gn 49:10



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A Escada de Jacó


Novamente nos instigaram as discussões fartas e interessantíssimas do grupo do qual participamos no site de relacionamentos Facebook, denominado Esotéricos – Brasil”.

Em meio a uma grande discussão a respeito de Deus, das propriedades vibratórias da criação, de recentes acidentes que vitimaram várias pessoas no Rio de Janeiro e outros tantos assuntos interessantes, surgiu uma manifestação a respeito da Escada de Jacó.

Escada de Jacó


Esta expressão, fartamente utilizada em Maçonaria, no mais das vezes para representar a ascensão dos graus ou o aperfeiçoamento individual, pareceu-nos que merece uma explicação mais detalhada.

Comecemos, pois, compreendendo quem foi o personagem Jacó.

Conforme a Wikipedia, o nome Jacó pode ser escrito das formas seguintes:
Em hebraico – יעקב
Em árabe – Ya’aqov
Em grego - ακώβ


Jacó e o calcanhar:



A tradução literal é “aquele que segura pelo calcanhar”.


O livro santo do cristianismo dedica a este personagem 25 capítulos em “gênesis”, noticiando ser ele o segundo filho de Isaac e Rebeca, irmão gêmeo de Esaú e neto de Abraão.


Seu nome foi escolhido por uma particularidade ocorrida durante seu nascimento. Rebeca teria primeiro dado à luz Esaú, mas, agarrado ao calcanhar do mais velho, nasceu Jacó.


Jacó, o enganador.
Ainda no que concerne ao significado do nome e ao episódio do nascimento, interessante a completa relação com outra passagem da história dos irmãos gêmeos, pois que a mãe, Rebeca, tendo predileção pelo mais novo (Jacó), com ele teria tramado de forma a possibilitar-lhe subtrair a benção do pai, Isaac, cabendo aqui ressaltar que o direito à benção era do filho mais velho à época e garantia direitos exclusivos ao primogênito.


Jacó e Rebeca, aproveitando da deficiência visual do pai, tramaram e fizeram com que o mais novo passasse pelo mais velho, assim obtendo a benção paterna.


Jacó – de enganador a príncipe de Deus:


No entanto, no transcorrer da história bíblica, Jacó – o enganador, será transformado em Israel – o príncipe de Deus.

A narrativa da vida de Jacó, aliás, é um vai-e-vem de altos e baixos espirituais, conforme demonstra o diagrama a seguir.

Diagrama da vida de Jacó

 Para aqueles que se interessarem, hoje produzimos outro artigo demonstrando ponto a ponto os altos e baixos da vida de Jacó (você pode visualizar o artigo clicando aqui).

Temos para nós que este sobe e desce espiritual identifica o personagem Jacó como o mais humano dos patriarcas bíblicos. Nele constantemente expressou-se a luta do homem consigo mesmo em busca da evolução.

A luta com o anjo



A narrativa que maior lastro oferece a este raciocínio, pensamos, é encontrada em Gênesis, 32:1, quando Jacó engalfinha-se, não com um inimigo qualquer, mas com um anjo de Deus!




E logo Jacó, que havia evitado lutar contra seu irmão Esaú, com os filhos de Labão, com Labão, tendo inclusive fugido de Siquem, no episódio de Dinah.

A narrativa bíblica:

GEN.32,1 - E foi Jacó no seu caminho cruzando com o aparecimento (no céu) dos anjos do Senhor. Gen.32,2 - Jacó reconheceu: Estes são os exércitos de Deus. E chamou o lugar de Maanaim (dois exércitos). Gen.32,23 - ...fêz a todos os seus passar o ribeiro (vau do Jaboque é o lugar onde se atravessa o Jordão a pé). Gen.32,24 - Jacó, porém, ficou só e lutou a noite inteira com um varão (anjo do Senhor); Gen.32,25 - E vendo que não prevalecia contra Jacó ... tocou-lhe na juntura da coxa... que se deslocou. Gen.32,26 - Diz o anjo - Deixa-me ir... Não te deixarei se não me abençoares. Gen.32,27 - Qual é o teu nome? - Jacó! (em hebraico = Suplantador). Gen.32,28 - Não te chamarás mais Jacó, porém Israel (aquele que confronta com Deus e prevalece), pois, como príncipe lutaste com o mensageiro de Deus e te reconheço vencedor (da prova). Gen.32,29 - Dize-me teu nome. Por que queres saber? E ali mesmo o abençoou. Gen.32,30 - Jacó chamou esse lugar de Peniel (a face de Deus). Gen.32,31 - ...Jacó manquejava de sua coxa. Gen.32.32 - Os filhos de Israel até hoje não comem o nervo encolhido... (lembrança e respeito pelo fato do toque na coxa).

Como notamos, é neste episódio que Jacó tem seu nome mudado para Israel (aquele que confronta com Deus e prevalece).



Jacó e o nascimento de Israel – Nação:


A importância de Jacó, contudo e ainda antes de ingressarmos na avaliação do tema principal de nosso artigo, não se limita a esta passagem, mas a muito mais, cabendo ressaltar que foi pai de doze filhos (Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim).

Desta descendência, nasce outra grande história bíblica, a de José no Egito. No entanto, também desta descendência nascem as doze tribos de Israel - nação.


A visão da escada

:

(Gênesis, 28:10 e seguintes):
“(10) Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã. (11) Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois jê era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro e se deitou ali mesmo para dormir. (12) E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. (13) Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. (14) A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. (15) Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido. (16) Despertado Jacó de seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar e eu não o sabia. (17) E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.”

Fé, Esperança e Caridade


Boa parte dos textos que encontramos na pesquisa para a realização deste artigo relaciona a escada de Jacó às três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade.




Novamente a Wikipedia:

- Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.

A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, tendo fé, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto uma pessoa que acredita, confia, ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé.
Esperança

Esperança

- Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer uma certa perseverança — i.e., acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. O sentido de crença deste sentimento o aproxima muito dos significados atribuídos à .
Exemplos de esperanças incluem ter esperança de ficar rico, ter esperança de que alguém se cure de uma doença, ou ter esperança de que uma pessoa tenha sentimentos de amor recíprocos.


Caridade

- Caridade é um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das práticas que mais caracterizam a essência boa do ser humano, sendo, em alguns casos, chamada de ajuda humanitária. Termos afins: Amor ao próximo; bondade; benevolência; indulgência; perdão; compaixão.

No entanto, especialmente considerando os fatos e passagens da vida do personagem principal do episódio em estudo (Escada de Jacó), temos para nós uma visão pouco distinta e eventualmente complementar às outras.

Temos por certo que Jacó “flutuou” entre o mundano e o divino, como exemplificado no diagrama que ilustra este artigo. Este vivenciar o mundano e o divino, também a nós parece, é atributo exclusivo do ser humano.

Apenas o ser humano, dentre todas as criaturas, é capaz de viver no plano da criação e ao mesmo tempo buscar conceber o Criador.

Ao mesmo tempo, comprovam as constantes e no mais das vezes ignoradas inspirações, apenas pelo ser humano pode o Criador vivenciar sua criação.

Não seriamos nós, portanto, a verdadeira Escada de Jacó apresentada de forma alegórica nos textos bíblicos?

Não foi no “mundo dos sonhos” que Jacó divisou a escada?

E a “Casa de Deus” a que Jacó se refere no final da passagem? Seria ela instalada num lugar? Seria um estado de consciência? Seria no interior do próprio ser humano?

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Geometria Sagrada

Num grupo de estudos esotéricos do qual fazemos parte no site de relacionamentos “Facebook” (Esotéricos – Brasil), foi iniciada uma intrigante conversa a respeito da Geometria e seus atributos ou ligações esotéricas, pelo que decidimos escrever este artigo a respeito.

O homem vitruviano
Homem Vitruviano

Como a Matemática, a Geometria surgiu de uma clara e prática necessidade humana, mais especificamente da necessidade que os administradores do Antigo Egito tiveram de fazer mais preciso o sistema de arrecadação de impostos nas áreas rurais. (geometria = geo : terra + metria : medição).

Com o tempo, a Geometria ganhou novas dimensões e, conquistando espaço no reino da Matemática, especializou-se no estudo do espaço e as figuras que podem ocupa-lo.

Por experiência, ou de forma intuitiva, caracterizamos o espaço por qualidades fundamentais, denominados axiomas e estes, ainda que não comprovados, podem ser utilizados conjuntamente com conceitos matemáticos (ponto, linha reta, linha curva, superfície e sólido), resultando em conclusões lógicas, chamadas de teoremas.

Johannes Kepler
A Geometria alcançou na Ciência tamanha importância que poderíamos dizer que a revolucionou. Ao demonstrar que as relações entre as velocidades máxima e mínima dos planetas, propriedades intrínsecas das órbitas, apresentavam-se em razões totalmente harmônicas, o astrônomo Johannes Kepler afirmou que essa era uma música que apenas poderia ser escutada com os ouvidos da alma – “a mente do geômetra”.

Em Ciência, falamos da Geometria espacial, Geometria analítica, Geometria computacional,  Geometria plana, ângulos e etecetera, mas há outros estudiosos, nitidamente esotéricos, que se debruçam sobre o que convencionaram chamar de Geometria Sagrada.
Pitágoras


Neste e naquele diapasão, o esotérico e o científico, que no passado pouco ou nada se distinguiam, é crucial e evidente a grande contribuição de Pitágoras e da denominada escola pitagórica.




No que concerne à Geometria Sagrada, define-se a como a análise das proporções e formas do micro e do macrocosmo, objetivando compreender a unidade que tangencia toda a vida.

Em praticamente todas as culturas arquitetos, construtores e artistas identificaram na Natureza formas especiais e proporções igualmente diferenciadas que denunciavam a harmonia e a unidade. Em diversas áreas da expressão humana, como a arquitetura e na música, também foram identificadas formas e proporções que, igualmente harmoniosas e tendentes ao uno, foram chamadas de “sagradas”. O estudo destas harmonias é o que caracteriza a Geometria Sagrada.

Durante a pesquisa para a construção deste artigo e respeito, encontramos um texto aberto de forma interessante:

Quando a maioria de nós pensa no movimento das estrelas e dos astros no céu, numa bela porcelana marajoara com seus desenhos intricados, numa sinfonia de Mozart, no Partenon Grego, na planta que cresce em nosso quintal e até mesmo em nosso cartão de crédito, sentimos imediatamente uma espécie de atração, de fascinação, desejo. Poderíamos chamar a isso simpatia, ressonância ou simplesmente reconhecimento.

“Este reconhecimento vem do fato que todas estas estruturas, embora externalizem formas, aspectos e funções completamente diferentes, estão construídas sobre o mesmo fundamento que erige nossos corpos e que regula nosso ciclo de vida, crescimento, amadurecimento e morte: uma série de proporções geométricas que são a base arquitetônica e funcional de todo o universo, desde as partículas subatômicas até os agrupamentos de galáxias mais distantes do cosmo.

 “A esta série de medidas e proporções que ordena o tempo e o espaço e todas as estruturas neles inseridas damos o nome de Geometria Sagrada.”

De fato, a Geometria Sagrada é um dos muitos métodos de buscar compreensão do divino, mas de uma maneira muito específica: pela forma.

Neste ponto merece menção o músico alemão Marius Schneider:

Marius Schneider
Marius Schneider
O símbolo é a manifestação ideológica do ritmo místico da criação e o grau de veracidade atribuído ao símbolo é uma expressão do respeito que o homem é capaz de conceder a este ritmo místico.”

Categorias de números, formas e proporções mais utilizadas em Geometria Sagrada:

a.      O número 1.
b.      O círculo.
c.      O quadrado.
d.      O retângulo.
e.      O Pi.
f.       Raiz de 2.
g.      Raiz de 3.
h.      Raiz de 5.
i.       Séries de Fibonacci.
j.       Algumas escalas musicais.

O que mais chama a atenção quando falamos em Geometria Sagrada é a denominada “Divina Proporção”.

A respeito, transcrevemos parte das definições encontradas na Wikipedia, que falam por si:

“A proporção áurea, número de ouro, número áureo ou proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega φ (PHI), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea (do latim sectio aurea), razão áurea, razão de ouro, média e extrema razão (Euclides), divina proporção, divina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razão, divisão de extrema razão ou áurea excelência. O número de ouro é ainda frequentemente chamado razão de Phidias

“Desde a Antiguidade, a proporção áurea é empregada na arte. É frequente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi π), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção das conchas (o nautilus, por exemplo), dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colméias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.

“Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante.

“Por que esse número é tão apreciado por artistas, arquitetos, projetistas e músicos? Porque a proporção áurea, como o nome sugere, está presente na natureza, no corpo humano e no universo.

“Este número, assim como outros, por exemplo o Pi, estão presentes no mundo por uma razão matemática existente na natureza.

“Essa sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refração da luz, dos átomos, nas vibrações sonoras, no crescimento das plantas, nas espirais das galáxias, dos marfins de elefantes, nas ondas no oceano, furacões, etc.

Figuras geométricas

“Um decágono regular, inscrito numa circunferência, tem os lados em proporção áurea com o raio da circunferência.

“O pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea.

“Um pentagrama regular é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, também está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea. A razão entre as medidas das áreas dos dois pentágonos é igual a quarta potência da razão áurea.

“Chamando os vértices de um pentagrama de A, B, C, D e E, o triângulo isósceles formado por A, C e D tem seus lados em relação dourada com a base, e o triângulo isósceles A, B e C tem sua base em relação dourada com os lados.

“Quando Pitágoras descobriu que as proporções no pentagrama eram a proporção áurea, tornou esse símbolo estrelado como a representação da Irmandade Pitagórica. Esse era um dos motivos que levava Pitágoras a dizer que "tudo é número", ou seja, que a natureza segue padrões matemáticos.

“A Maçonaria também tomou emprestado o simbolismo da Proporção Dourada em seus ensinamentos, com a utilização de seu método para obtenção do Pentagrama e do Quadrado Oblongo, existentes em algumas Lojas Maçônicas.

Vegetais

  • Semente de girassol – A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais de sementes de um girassol é a razão áurea.
  • Achillea ptarmica – Razão do crescimento de seus galhos.
  • Folhas das Árvores – A proporção em que diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos de altura.

Animais

  • População de abelhas – A proporção entre abelhas fêmeas e machos em qualquer colméia.
  • Concha do caramujo Nautilus – A proporção em que cresce o raio do interior da concha desta espécie de caramujo. Este molusco bombeia gás para dentro de sua concha repleta de câmaras para poder regular a profundidade de sua flutuação.
Obs.: até hoje não se encontrou nenhum caramujo Nautilus que comprove essa afirmação amplamente difundida! (vide "O número de Ouro", Michel Spira, palestra OBMEP, 2006; Colaboração: Prof. Francisco Teodorico Pires de Souza)
  • Outros – phi estão também nas escamas de peixes, presas de elefantes, crescimento de plantas.

Corpo humano


“O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. As ideias de proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana.

“Proporções áureas em uma mão.
  • A altura do corpo humano e a medida do umbigo até o chão.
  • A altura do crânio e a medida da mandíbula até o alto da cabeça.
  • A medida da cintura até a cabeça e o tamanho do tórax.
  • A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do dedo.
  • O tamanho dos dedos e a medida da dobra central até a ponta.
  • A medida da dobra central até a ponta dividido e da segunda dobra até a ponta.
“Essas proporções anatômicas foram bem representadas pelo "Homem Vitruviano", obra de Leonardo Da Vinci.

Aplicações

“O homem sempre tentou alcançar a perfeição, seja nas pinturas, seja nos projetos arquitetônicos, seja até mesmo na música.

Arte

“A proporção áurea foi muito usada na arte, em obras como O Nascimento de Vênus, quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Essa proporção estaria ali aplicada pelo motivo de o autor representar a perfeição da beleza. Em O Sacramento da Última Ceia, de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm × 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. Na história da arte renascentista, a perfeição da beleza em quadros foi bastante explorada com base nessa constante. Vários pintores e escultores lançaram mão das possibilidades que a proporção lhes dava para retratar a realidade com mais perfeição.

“A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, utiliza o número áureo nas relações entre seu tronco e cabeça, e também entre os elementos do rosto.

Literatura

  • Na literatura, o número de ouro encontra sua aplicação mais notável no poema épico grego Ilíada, de Homero, que narra os acontecimentos dos últimos dias da Guerra de Tróia. Quem o ler notará que a proporção entre as estrofes maiores e as menores dá um número próximo a 1,618, o número de ouro.
  • Luís de Camões na sua obra Os Lusíadas, colocou a chegada à Índia no ponto que divide a obra na razão de ouro.
  • Virgílio em sua obra Eneida, construiu a razão áurea com as estrofes maiores e menores.

Música

“O número de ouro está presente nas famosas sinfonias Sinfonia n.º 5 e a Sinfonia n.º 9, de Ludwig van Beethoven, e em outras diversas obras. Outro fato interessante registrado na Revista Batera, em um artigo sobre o baterista de jazz Max Roach, é que, em seus solos curtos, aparece tal número, se considerarmos as relações que aparecem entre tempos de bumbo e caixa. O compositor húngaro Béla Bartók utiliza esta relação de proporcionalidade constantemente em sua obra. Este fato pode ser visto na análise da música de Bartók feita por Ernö Lendvai (Béla Bartók: And Analysis of his Music).

Cinema

“O diretor russo Sergei Eisenstein se utilizou do número φ no filme O Encouraçado Potemkin para marcar os inícios de cenas importantes da trama, medindo a razão pelo tamanho das fitas de película.

Objetos atuais

“Atualmente, essa proporção ainda é muito usada. Ao padronizar internacionalmente algumas medidas usadas em nosso dia-a-dia, os projetistas procuraram "respeitar" a proporção divina. “A razão entre o comprimento e a largura de um cartão de crédito, alguns livros, jornais, uma foto revelada, entre outros.”

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