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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Sol nos mitos, religiões e Maçonaria


Sol
 
Wikipédia : (leia a definição completa aqui)

“O Sol (do latim sol, solis) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteróides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.
A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros, ou 1 unidade astronômica (UA). Na verdade, esta distância varia com o ano, de um mínimo de 147,1 milhões de quilômetros (0,9833 UA) no perélio (ou periélio) a um máximo de 152,1 milhões de quilômetros (1,017 UA) no afélio (em torno de 4 de julho). A luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra. Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossíntese, processo do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso planeta. A energia do Sol também é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima na Terra.”

Paganismo


Paganismo
O termo paganismo deriva da palavra latina “paganus”, que tinha como significado genérico “habitante da terra”, ou “rústico” e já há muito vem sendo utilizado para designar as religiões politeístas em geral.

O politeísmo pode ser definido como a crença na existência de vários deuses, cada qual com sua personalidade individual e independente dos demais, gerindo as mais variadas atividades humanas, objetos, forças naturais, instituições ou períodos.
Como exemplo, encontramos os seguintes tipos de deidades nas religiões politeístas:
  • Divindades celestiais
  • Divindades da morte
  • Deusas mães
  • Divindades do amor e da luxúria
  • Divindades criadoras
  • Divindades solares
  • Divindades das águas
  • Divindades políticas
  • Trickster
  • Deuses da ressurreição
  • Herói cultural
  • Deuses da música, artes, ciência, agricultura e outros empreendimentos.
Dentre as diversas manifestações do paganismo, encontramos o que se denominou por “culto agrário”, ou seja, religiões especialmente voltadas à reverência aos deuses relacionados à produção de alimentos, especialmente em plantações.

Como exemplos são encontramos manifestações do “culto agrário” na Roma Tardia (“Sol Invictus”), na mitologia asteca (“Tlaloc”) e antigamente entre os povos turcomanos, egípcios(“Aton”) e persas, além de vários outros.

O “Sol Invictus”


Sol Invictus
Embora existam manifestações passageiras ao culto ao “Sol Invictus” anteriores, sabe-se que a introdução da veneração a este deus ocorreu no ano 270 d. C. em Roma, pelas mãos do Imperador Aureliano.

As manifestações anteriores, especialmente aquelas relacionadas ao Mitraísmo, tiveram grande impacto na introdução do “Sol Invictus” como deidade principal do Império Romano.

O Sol, dado seu enorme e indiscutível impacto na vida humana, especialmente nas épocas anteriores ao avanço tecnológico, tornou-se a deidade principal em várias épocas e religiões (até mesmo monoteístas em alguns casos).


O aparente movimento solar, nascendo no "leste" e “morrendo” no "oeste" (antes que fossem conhecidos os movimentos de translação e rotação da Terra), inspirou várias religiões e povos na constituição de seus templos (veja a postagem "O Templo" - clique aqui) e rituais.

Na própria constituição do Templo de Salomão, o "leste" foi designado para a habitação mais do que santa do Altíssimo (veja a postagem "O Sanctum Sanctorum" - clique aqui) e para o depósito da Arca da Aliança (sobre a qual também produzimos um artigo, que você lê clicando aqui), pois que seria o ponto cardeal de onde proviria a luz, o conhecimento e a própria vida.

Por via de conseqüência, na evolução da religiosidade, o lado do templo física ou simbolicamente localizado no "oeste", em contraposição, passou a representar a morte, pelo que várias construções foram ali edificadas com esta simbologia (veja a postagem "O Nártex" - clique aqui).

Também por derivação do mesmo raciocínio, considerando que no hemisfério norte (de onde a maioria das antigas civilizações observaram o movimento solar) o Sol “transita” pelo "norte", “iluminando” o "sul", compreendeu-se que o primeiro fosse o ponto da escuridão (para onde a luz solar não era destinada), local onde, por evidente, deveriam ser acomodados os iniciantes nos assim chamados “mistérios”, já que pouca ou nenhuma “luz” haviam recebido.

Igualmente como progressão deste entendimento, evidente que no “norte” do templo deveriam estar as coisas mais ligadas ao que era mundano, em contraposição ao “sul”, que representa o progresso do iniciado, rumo ao “leste”, a fonte da luz, em afastamento do “oeste”, ou morte.  No “norte”, portanto, o poder mundano, enquanto ao “sul”, o poder sacerdotal  (a este respeito, interessante avaliar o artigo "As colunas do templo - As colunas sociais" - clique  aqui).

Em Maçonaria (O “olho da providência”)


Para o templo maçônico e para todos os templos derivados do Templo de Salomão, tudo o que foi dito acima se aplica.

Olho que tudo vê.
Apresenta-se, entretanto, como símbolo adicional do Sol, o “olho que tudo vê”, inserido no Delta luminoso, instalado no mais extremo leste simbólico do templo, mais especificamente por detrás do trono ocupado pelo Venerável Mestre (o Trono de Salomão).

Recorremos mais uma vez à Wikipédia e encontramos:

“O Olho da Providência é um símbolo exibindo um olho cercado por raios de luz ou em glória, muitas vezes dentro ou em cima de um triângulo ou de uma pirâmide. Costuma ser interpretado como a representação do olho de Deus observando a humanidade. É bastante usado na simbologia da maçonaria. Está presente do verso do Grande Selo dos Estados Unidos.

Origem

“Na sua forma atual, o símbolo apareceu primeiro no oeste durante os século 17 e 18, mas representações do Olho que Tudo Vê pode ser encontrado já na Mitologia Egípcia, no Olho de Hórus. Em descrições do século XVII como o'Olho da Providência algumas vezes aparece rodeado de nuvens. A adição posterior de um triângulo normalmente é visto como uma referência mais explícita da Trindade de Deus, no Cristianismo.

Maçonaria

“O Olho que Tudo Vê também aparece como parte da iconografia da Maçonaria. O Olho que Tudo Vê é então um lembrete para os Maçons de que sempre são observados pelo Grande Arquiteto do Universo(pelo menos o que dizem ser). Tipicamente o Olho Maçônico da Providência tem um semicírculo de luz sob o olho — freqüentemente com os raios incidindo para baixo. Às vezes, um triângulo é incluído ao Olho, mas isto é visto como uma referência à preferência do Maçom para o número três em numerologia. Outras variações do símbolo também podem ser achadas, com o olho sendo substituído pelas letras ‘G’, representando o Grande Arquiteto.

“A primeira referência Maçônica oficial ao Olho está em O Monitoramento Maçônico por Thomas Smith Webb em 1797, alguns anos depois que o Grande Selo foi projetado. O uso Maçônico do Olho em geral não incorpora uma pirâmide, embora o triângulo seja incluído freqüentemente é interpretado como sendo parte.

O dólar
“Dos dezesseis signatários da Constituição norte americana, somente nove Benjamin Franklin, William Ellery,John Hancock, Joseph Hewes, William Hooper, Robert Treat Paine, Richard Stockton, George Walton e William Whipple eram maçons. O jornal do web site Escocês The Scottish Rite Jounarl cita Henry A. Wallace como segue, dizendo que após ter visto o quadro do Grande Selo, levou-o ao Presidente: Roosevelt, olhou a reprodução colorida do Selo, e o primeiro detalhe a lhe chamar a atenção foi a representação do Olho que Tudo Vê — uma representação Maçônica do Grande Arquiteto do Universo. A seguir, ficou impressionado com a idéia que a fundação para a nova ordem havia sido inscrita como 1776, mas seria completada somente sob o olho do Grande Arquiteto. Roosevelt era maçom do 32.º grau. E sugeriu então que o Selo fosse posto na nota de dólar.”

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