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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Semiótica - o estudo científico dos signos.


Signos diversos

É a ciência que estuda os fenômenos culturais como fossem sistemas de significação, abrangendo todos os sistemas sígnicos, como artes visuais, ciência, cinema, culinária, fotografia, gestos, música, religião e vestuário.

O conceito relacionado vincula-se ao fato de toda a existência humana e suas manifestações serem expressas por meio de signos, quer no pensamento (que em regra ocorre como se estivéssemos conversando – signos lingüísticos, ou por imagens - signos visuais), na escrita, na fala, nas expressões faciais, comportamentos, nas artes e outras formas pelas quais interagimos com os outros ou conosco.

O signo, que é qualquer coisa que está em algum lugar ao invés de outra coisa a qualquer título e que é considerado representante daquele objeto, assume inicialmente um duplo caráter, composto por forma e conteúdo. Ao primeiro denomina-se significante e, ao segundo, significado, pelo que a Semiótica busca reconhecer o significado por meio da forma.

Com a evolução da ciência, outra vertente do estudo dos signos, compreendeu-os como ternários, compostos pelos elementos representação, conceito e idéia.

A denominação científica inicial para as características ternárias dos signos foi qualidade, relação e representação, posteriormente alterada para primeiridade, secundidade e terceiridade. Abaixo, uma breve descrição das três características:

Primeiridade

:
"A firstness (primeiridade) diz respeito todas as qualidades puras que, naturalmente, não estabelecem entre si qualquer tipo de relação. Estas qualidades puras traduzem-se por um conjunto de possibilidades de vir a acontecer(…)" – (Luiz Caramelo). Desta forma, temos, no nosso mundo o acontecimento ou possibilidade "chuva", mas é apenas isso, apenas possibilidade existencial. Caso localizemos chuva como um acontecimento, por exemplo "está a chover" estamos perante a secondness (secundidade).

Secundidade

:
O dia-a-dia em si. O enfrentamento de fatos que a nós são externos e que não cedem à nossa vontade. Existir é estar numa relação, tomar um lugar na infinita miríade das determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O fato de existir (secundidade) está nessa corporificação material. Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê com compreensão e profundidade de seu conteúdo. Como exemplo: "o homem comeu banana", e na cabeça do sujeito, ele compreende que o homem comeu a banana e possivelmente visualiza os dois elementos e a ação da frase. A palavra chave deste conceito é ocorrência, o conceito em ação. É desta forma, também, uma atualização das qualidades do firstness (primeiridade).

Terceiridade

:
Primeiridade é a categoria que dá à experiência sua qualidade distintiva, seu frescor, originalidade irrepetível e liberdade. Secundidade é aquilo que da a experiência seu caráter factual, de luta e confronto. Finalmente, Terceiridade corresponde à camada de inteligibilidade, ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo azul, é o primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – o azul no céu, ou o azul do céu -, é um terceiro. A terceiridade vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta à frase a sua experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal. Pois "o homem comeu a banana" pode ser ligado à imagem de um macaco no zoológico; à cantora Carmem Miranda; ao filme King Kong; enfim, a uma série de elementos extra-textuais.


Os signos também foram dissecados pela Semiótica e divididos de acordo com a relação que apresentam entre os objetos, fatos ou expressões representadas e seus representantes.

Tipos de signos:


a. 

Ícone

Ícone

Mantém uma relação emotiva ou sensorial entre o signo. O signo icônico partilha com o objeto representado características que existem no objeto independentemente do signo. O exemplo clássico são os bonecos de homem e mulher colocados às portas dos banheiros.




b.   

Índice

Índice

É o signo que nos permite tirar conclusões a partir de uma causa que compreendemos por conta de experiências subjetivas ou heranças culturais. O exemplo costumeiro é a frase “Onde há fumaça há fogo.”



c.    

Símbolo


"É um signo que se refere ao objeto que denota em virtude de uma lei, normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido de fazer com que o símbolo seja interpretado como se referindo aquele objeto". (Luis Caramelo)

Quanto ao símbolo, recorremos novamente à Wikipedia:
“O termo símbolo, com origem no grego σύμβολον (sýmbolon), designa um tipo de signo em que o significante (realidade concreta) representa algo abstrato (religiões, nações, quantidades de tempo ou matéria, etc.) por força de convenção, semelhança ou contigüidade semântica (como no caso da cruz que representa o Cristianismo, porque ela é uma parte do todo que é imagem do Cristo morto). Sendo um signo, "símbolo" é sempre algo que representa outra coisa (para alguém).
O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano. Embora existam símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto (religioso, cultural, etc.). Ele intensifica a relação com o transcendente.
A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de um processo natural ou pode ser convencionada de modo a que o receptor (uma pessoa ou grupo específico de pessoas) consiga fazer a interpretação do seu significado implícito e atribuir-lhe determinada conotação. Pode também estar mais ou menos relacionada fisicamente com o objeto ou idéia que representa, podendo não só ter uma representação gráfica ou tridimensional como também sonora ou mesmo gestual.
Símbolos gravados há mais de 60 mil anos na casca de ovos de avestruz podem evidenciar o mais antigo sistema de representação simbólica usado por humanos modernos. Os sinais repetitivos e padronizados foram encontrados em Howiesons Poort, na África do Sul, e foram destacados em artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
A Semiótica é a disciplina que se ocupa do estudo dos símbolos, do seu processo e sistema em geral. Outras disciplinas especificam metodologias de estudo consoante à área, como a semântica, que se ocupa do simbolismo na linguagem, ou seja, das palavras, ou a psicanálise, que, entre outros, se debruça sobre a interpretação do simbolismo nos sonhos.”

Ainda quanto ao símbolo: Simbologia (Wikipédia)
“Simbologia é a ciência que estuda a origem, a interpretação e a arte de criar símbolos. Todas as sociedades humanas possuem símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou idéias, sendo umas das formas de representação da realidade. De acordo com Cornelius Castoriadis e Gilbert Durand, é através da representação simbólica que nos apropriamos do mundo.”

Para os maçons, a simbologia é um estudo de máxima importância, especialmente considerando que o início da jornada maçônica invariavelmente dá-se em um organismo denominado “loja simbólica” (veja as postagens “O que é uma loja maçônica?” – clicando aqui e “Os graus da Maçonaria” – clicando aqui) e que toda a carreira de um maçom é invariavelmente marcada por símbolos antigos.

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