Nossa amiga na página de fãs do
Blog Maçonaria e Esoterismo no Facebook Rosangela Ayala reporta-nos uma questão de Rosa Maria
dos Santos a respeito da forma pela qual se poderia exercer a
compaixão sem com ela sofrer.
Como
abaixo mencionaremos a resposta a este questionamento não é simples ou
definitivo, mas está intimamente relacionada à forma pela qual as situações
vivenciadas são experimentadas e compreendidas individualmente.
É,
portanto, uma questão de entendimento pessoal e trato com os próprios
sentimentos, com consequente viabilidade de “separá-los”.
A compaixão é um sentimento de compreensão do estado emocional ou físico das outras pessoas, combinado com o desejo de minimizar seus sofrimentos.
Diferencia-se da caridade, pois que não necessariamente os atos de compaixão envolvem a satisfação de desejos ou necessidades materiais dos necessitados, focando-se especificamente no alívio da dor alheia.
A compaixão pode ou não envolver
a empatia, que se caracteriza por uma resposta afetiva à situação de outras
pessoas.
Compaixão e empatia, portanto,
não se conjugam necessariamente, mas de forma idêntica, não estão
obrigatoriamente separadas.
A caridade, sobre a qual falamos
em artigo anterior e homônimo (veja o artigo “Caridade”)
caracteriza-se pela ajuda completamente altruísta e via de regra material aos
necessitados, desprovida de interesse em recompensas pelo ato. É uma das três
chamadas “virtudes teologais”, que mencionados em artigos anteriores (veja os
artigos “Escada de
Jacó”, “Causa
e Efeito” e “O dossel”).
A distinção entre caridade e
compaixão, portanto, está no objeto do auxílio que se pretende prestar,
configurando-se a primeira em apoio material e a segunda em sentimental,
psicológico ou emocional.
Ambas, caridade e compaixão,
contudo, podem envolver um sofrimento da parte da pessoa que as exerce, quanto
maior for a sua sensibilidade em relação às mazelas do próximo.
Este sofrimento, contudo, não se
pode confundir com o incômodo que a qualquer pessoa de bem atinge quando
exposta a situações de sofrimento material ou sentimental de seus semelhantes.
O incômodo com tais fatos é natural e próprio das personalidades humanitárias e
desenvolvidas, mas o sofrimento intenso vincula-se à empatia ou envolvimento afetivo
às situações alheias.
Permitir-se os sentimentos e
ações relacionadas à compaixão ou à caridade é decisão absolutamente
construtiva, demonstrando nobreza e evolução de caráter, mas admitir o
sofrimento pessoal quando confrontados com situações emocional ou materialmente
difíceis enfrentadas por nossos semelhantes em nada auxilia na solução dos
problemas e, na verdade, outros causam, desta vez pessoais.
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