Banner

Traduza para seu idioma

Você também deveria ler:

2leep.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quatuor Coronati

Os quatro Santos coroados” trata-se de uma lenda também narrada em 37 dos versos do “Poema Regius” (veja os artigos “O Poema Regius – parte I”, que informa sobre o que se trata o poema, “O Poema Regius – Parte II”, que noticia a respeito dos estatutos da Maçonaria Operativa e “O Poema Regius – parte III”, que esclarece outros aconselhamentos aos maçons operativos).

Os “quatro Santos coroados” seriam Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino, que eram artesãos especializados em extrair e aplainar a pedra bruta e ótimos artífices como escultores.

Os quatro teriam se convertido à fé cristã, pelo que se negaram a esculpir uma estátua em louvor ao deus Esculápio (saúde), conforme determinado pelo imperador Diocleciano I.

Por conta desta desobediência à ordem do imperador, foram condenados no ano 298 d.C., sendo açoitados com cordas providas de postas de chumbo e, desfalecidos, foram presos em barris com pontas de ferro incrustradas e lançados num rio, sendo resgatados já sem vida por outros cristãos e enterrados na Via Lavicana, próximo à Roma.

Mais uma atrocidade praticada pelo imperador, rendeu-lhes o nome de “coroados”. Diocleciano I mantou, antes de lança-los ao rio, que fossem fixadas coroas no alto de suas cabeças, o que se fez à marteladas, por longos pregos em forma de punhal, de aproximadamente 15 centímetros, que perfurava seus crânios.

Outros cinco escultores cristãos, no ano de 305, também desobedeceram às ordens de Diocleciano I, negando-se a esculpir estátuas de deuses pagãos (sobre paganismo, veja o texto "O Sol nos mitos, religiões e Maçonaria") e a queimar incenso em honra do mesmo deus Esculápio (veja o artigo "Incenso").

Por conta desta desobediência, os cinco escultores (Sinforiano, Simplício, Nicostrato, Cláudio e Castore) foram atirados à fúria de cães raivosos, também tendo seus crânios perfurados.

Entre 310 e 314 d. C., o Papa Melchiades dirigiu a Igreja, criando um édito de tolerância, terminando com a perseguição aos cristãos e o resgate de seus corpos martirizados.

Quando foram descobertos os corpos dos primeiros mártires de Diocleciano I, foram eles chamados de “Os quatro Santos coroados”, ou “Quatuor Coronati”, criando-se uma data comemorativa aos seus nomes no dia 8 de novembro.

Os maçons operativos tinham por norma visualizar cada um dos primeiros mártires em um dos cantos dos templos que erigiam, vigiando a obra.

Mais tarde os pedreiros cristãos lembraram-se dos nomes dos quatro mártires romanos, e a Maçonaria adotou seus nomes como patronos das Lojas dedicadas ao estudo e às pesquisas da Arte Real.

Em suas figuras, retratadas nas Lojas de Pesquisa, Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino aparecem portando a trolha, a régua, o esquadro, o maço e um jogo de cinzéis. Nos séculos posteriores organizaram-se os “Collegia Fabrorum” e dentre os Collegii, se venerava a memória dos “Quatro Santos Coroados” e suas ferramentas de pedreiro, que logo tornaram-se emblemas de suas atividades. Essa tradição alcançou os “freemasons” ingleses do século XII, e as “guildas”, que se colocavam sob a proteção de um rei e de um santo. Nos chamados “steimettzen” (canteros alemanes) durante a construção da Catedral de Estrasburgo, os Mestres Construtores adotaram os “QUATUOR CORONATI” como patronos daquele Grêmio Operativo.

Acompanhe com maior facilidade as principais postagens do Blog sobre Maçonaria.
Inscreva-se para receber mensagens semanais, clicando aqui.

 
Informe-nos sua opinião a respeito do artigo "Quatuor Coronati".
Péssimo
Ruim (difícil compreensão)
Bom, mas superficial
Muito bom
Ótimo

Nenhum comentário: