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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nostradamus





No último dia 14, Nostradamus completaria 508 anos de idade. Portanto, um artigo em sua homenagem.

Michel de Nostredame nasceu em Saint-Rémy-de-Provence – França e tomou para si as profissões de médico e farmacêutico que viveu entre os anos de 1.503 e 1.566.

Como muitos dos médicos da época renascentista, Michel de Nostredame praticava a alquimia (leia a respeito da alquimia clicando nos seguintes links: “Os Alquimistas – parte I”, “Os Alquimistas – parte II” e “Os Alquimistas – parte III).

Aos quinze anos, Nostredame ingressou na Universidade de Avignon para o curso de bacharelado, tendo que deixar os estudos pouco mais de um ano mais tarde, quando estudava o “trivium” (leia o artigo “Ciências e artes liberais), em razão de uma epidemia de peste negra[1].

Até seus 22 anos, então, viajou pela Europa em busca de ervas medicinais, exercendo em seguida a profissão de farmacêutico por alguns anos.

Ingressou, então, na Universidade de Montpellier, com o fim de cursar doutorado em medicina e após um ano foi expulso da universidade por haver sido descoberto que era farmacêutico, o que era proibido na ocasião pelos estatutos da mesma universidade.

Em razão da expulsão, Nostredame retomou sua profissão de farmacêutico, tornando-se famoso por criar a “pílula rosa”, que teoricamente protegia contra a peste bubônica, considerando suas altas doses de vitamina “C”. Também foi o primeiro a descrever o ácido benzoico[2], obtido por sublimação da goma de benjoim, obtida do benjoeiro.

Em 1.550, Nostredame publicou o primeiro de uma série de almanaques anuais sobre ocultismo e previsões futurísticas, quando passou a utilizar seu nome latinizado (Nostradamus).

Seu livro mais famoso foi “As profecias”, cujo lançamento fez com que o autor fosse considerado um demônio e chamado de herege por muitos. Outra parcela da população, entretanto, apoiou o livro, pois que suas centúrias inspiravam profecias espirituais.

Catarina de Médicis, esposa de Henrique II da França, foi uma grande apoiadora, inclusive chamando “Nostradamus” a Paris com o fim de por ele serem revelados os futuros de seus filhos.

Foi uma preocupação para “Nostradamus” deixar claro que suas profecias tinham relação com a história do catolicismo.

Foi considerado como homem erudito, além de seu tempo e aliava-se ao fato de conhecer o latim e o grego, que lhe possibilitavam obter conhecimentos de fontes importantes. Sua grande erudição, conhecimentos de astrologia e astronomia, aliados à intuição, permitiam-lhe um raciocínio bastante acurado a respeito do futuro. De qualquer forma, gerou um impacto em milhões de pessoas, que vêm se pondo em contato com seus escritos nesses quase quinhentos anos.
“Nostradamus” teve íntimo contato com três reis franceses, quais sejam Henrique II, Francisco II e Carlos IX, em razão da influência da Rainha Catarina de Médicis, esposa do primeiro e mãe dos demais.

Existem informações que conduzem à dedução de haver “Nostradamus”, muito jovem, depois de aprender latim, grego e hebraico, viajou por diversas cidades da França, permanecendo durante anos em Bordeaux, Agen e Avignon , onde dizem que combateu epidemias de peste em condições pouco conhecidas. No entanto, sua ligação com a endemia pode ser inferida por um livro sobre a doença que escreveu mais tarde, mas essa mesma peste, dizem, condenou-o a ficar sem família. Na sua trajetória consta uma viagem para Itália.


Após seu casamento com uma viúva com quem teve seis filhos, Michel de Nostredame passou a residir em Salon de Provence, onde começou a escrever suas centúrias, contendo previsões, quando já afamado por conta de mais de dez anos publicando seus almanaques.

Após pouco tempo, suas profecias tornaram-se muito conhecidas e populares por conta de pretensos acertos, pois que fatos pareciam encaixar-se nos escritos, que são demasiadamente obscuros e sinóticos[3].

A morte do Rei Henrique II teria sido prevista por “Nostradamus” em sua centúria conhecida por “I-35”, o que na ocasião lhe trouxe muita fama.

A fama de “Nostradamus” aumentou de maneira significativa, indo além das fronteiras de seu país. De todos os cantos da Europa chegavam celebridades que o procuravam para conhecer o futuro, ou simplesmente, para conhecê-lo pessoalmente.

Seus livros são editados na Itália e na Alemanha.

Por conta da sua fama, muitos livros apareceram com quadras adicionais as suas centúrias, e que não podem ser com certeza atribuídos a Nostradamus. Nessa linha de adições são famosas as edições de "Seve" de 1605 e de "Troyes" de 1611. Há pouco tempo atrás, foram encontradas declarações de um pesquisador já falecido, Daniel Ruzo, de que tais edições são falsas e foram produzidas em 1649. Os argumentos dele são muito eloquentes. As edições posteriores a esta são seguramente falsificações e na Biblioteca de Paris há mais de duzentas obras que querem ter o mérito de terem sido produzidas por Nostradamus, mas são apenas falsificações.

As profecias são compostas por quadras em versos métricos decassílabos, reunidas em grupos de cem (Dai o nome de centúrias). Foram publicadas em várias ocasiões; uma pequena parte em 1555, outra em 1557, sendo que das três últimas centúrias conhecemos apenas edições póstumas. Devido à fama que Nostradamus veio obtendo ao longo do tempo, muitos charlatões tentaram falsificar quadras e versos para fazer dinheiro.

Segundo os entusiastas, Nostradamus teria previsto, entre outras coisas, a queda da União Soviética na quadra em que diz: "Um dia serão amigos os dois grandes chefes…". No entanto, os céticos apontam que essas "previsões" só são interpretadas corretamente depois dos fatos, nunca antes.

Astrologicamente, pode-se ver que algumas quadras previam conjunções de planetas em datas futuras e respondem bem aos fatos que aconteceram naquelas datas.

Alguns estudiosos, como Jean-Claude Pecker do Collège de France em Paris, propõem que Nostradamus não escreveu sobre o futuro, mas sobre o presente, usando de códigos por causa dos tempos conturbados em que ele vivia.

Leia “As Profecias” – Nostradamus, clicando aqui.


[1] Peste negra é a designação pela qual ficou conhecida, durante a Baixa Idade Média, a pandemia de peste bubônica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas, sendo que alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões, um terço da população da época.

[2] O ácido benzóico, C6H5C(O)OH, é um composto aromático classificado como ácido carboxílico (ou especificamente, ácido monocarboxílico). Este ácido fraco e seus sais são usados como conservante de alimentos e ocorre naturalmente em certas plantas.
Seu anel aromático é similar ao do benzeno e é o mais simples ácido carboxílico aromático. Apresenta-se como um sólido cristalino incolor.
O ácido benzóico é um importante precursor para a síntese de muitas outras substâncias orgânicas. Entre os derivados do ácido benzóico se encontram o ácido salicílico e o ácido 2-acetilsalicílico (ou o-acetilsalicílico), também conhecido como aspirina.

[3] que tem forma de sinopse; resumido; que permite ver um conjunto de uma só vez e em que é dada uma visão geral do todo.



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