A celebração
do nascimento de Jesus Cristo tornou-se a segunda data mais importante para a
Igreja, perdendo tão somente para a páscoa, e foi universalmente adotada, mesmo
por não adeptos do cristianismo, como dia consagrado à reunião da família, à
paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens.
Para a
conveniente compreensão do Natal enquanto celebração, premente conhecer a
origem da expressão “natal” e outras utilizadas em países outros.
Nas línguas
latinas o vocábulo Natal deriva de Natividade, ou seja, referente ao nascimento
de Jesus. Em inglês o termo utilizado é Christmas, literalmente "Missa de
Cristo". Já na língua alemã, é Weihnachten e têm o significado "Noite
Bendita".
Quanto à
data em que começou a ser comemorado, encontramos um repúdio datado de 245 d.
C., no qual seu autor, o teólogo Orígenes[3]
assume posicionamento contrário à celebração do nascimento de Jesus, “como se
fosse um faraó”.
Paixão de Cristo - XIX - por Violinha |
Os primeiros testemunhos indicam datas muito variadas, e o primeiro testemunho direto que afirma que Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro é de Sexto Júlio Africano, no ano 221.
De acordo
com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d. C.. Na parte
Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento,
ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano.
No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para
o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa
"manifestação"). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.
Sol Invictus 1 - por Philip Noyed |
No mundo
romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de
17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como
o do nascimento do misterioso deus persa Mitra[5], o
Sol da Virtude.
Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes simbolismos cristãos e uma nova linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como "o sol de justiça" (Malaquias 4:2) e a "luz do mundo" (João 8:12) expressam o sincretismo religioso.
As evidências confirmam que, num esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era celebrada pelos romanos, o "nascimento do deus sol invencível" (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”.
Para certas
correntes místicas como o Gnosticismo[6], a
data é perfeitamente adequada para simbolizar o Natal, por considerarem que o
sol é a morada do Cristo Cósmico. Segundo esse princípio, em tese, o Natal do
hemisfério sul deveria ser celebrado em junho.
Há muito tempo se sabe que o Natal tem raízes pagãs.
Por causa de
sua origem não-bíblica, no século 17 essa festividade foi proibida na
Inglaterra e em algumas colônias americanas. Quem ficasse em casa e não fosse
trabalhar no dia de Natal era multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, e
alguns novos foram acrescentados.
O Natal
voltou a ser um grande feriado religioso, e ainda é em muitos países.
Este texto
foi em parte adaptado do original encaminhado por Gabriel Campos de Oliveira.
Veja outra
visão a relacionada ao assunto no artigo “Das arenas ao topo do Império Romano”, que busca compreender como uma religião passou de perseguida a oficial
do grande império de Roma.
[1]
A Igreja Católica (o termo "católico", derivado da palavra grega:
καθολικός (katholikos), significa "universal" ou "geral"),
chamada também de Igreja Católica Romana e Igreja Católica Apostólica Romana,
é uma Igreja cristã
com aproximadamente dois mil anos,
colocada sob a autoridade suprema do Papa, Bispo de Roma e sucessor do apóstolo Pedro.
Seu objetivo é a conversão ao ensinamento e à pessoa de Jesus
Cristo em vista do Reino de Deus, e concede um papel importante nessa
missão à pessoa da Santíssima Virgem Maria
(a quem intitulou de "Mãe
da Igreja").
Para este fim, a Igreja Católica administra os sacramentos
e prega o Evangelho
de Jesus Cristo.
Atua em programas sociais e instituições em todo o mundo, incluindo escolas, universidades,
hospitais
e abrigos, bem como administra outras instituições de caridade, que ajudam famílias, pobres, idosos e doentes.
A Igreja Católica não pensa como uma Igreja entre outras mas como sendo "A Igreja" estabelecida por Deus para salvar todos os homens. Esta ideia é visível logo no seu nome: o termo "católico" significa universal em grego. Ela elaborou sua doutrina ao longo dos concílios a partir da Bíblia, comentados pelos Pais e pelos doutores da Igreja. Ela propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis inspirada no Evangelho e definidas de maneira precisa. Regida pelo Código de Direito Canónico, ela se compõe, além da sua muita bem conhecida hierarquia ascendente que vai do diácono ao Papa, de vários movimentos apostólicos, que comportam notadamente as ordens religiosas, os institutos seculares e uma ampla diversidade de organizações e movimentos de leigos.
Desde o dia 19 de Abril de 2005, a Igreja Católica é liderada pelo Papa Bento XVI. Nesse mesmo ano, ela contava aproximadamente com 1115 milhões de membros (ou seja, mais de um sexto da população mundial e mais da metade de todos os cristãos), distribuídos principalmente na Europa e nas Américas mas também noutras regiões do mundo. Sua influência na História do pensamento bem como sobre a História da arte é considerável, notadamente na Europa.
A Igreja Católica, pretendendo respeitar a cultura e a tradição dos seus fiéis, é por isso actualmente constituída por 23 Igrejas autônomas sui juris, todas elas em comunhão completa e subordinadas ao Papa. Estas Igrejas, apesar de terem a mesma doutrina e fé, possuem uma tradição cultural, histórica, teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas. A Igreja Católica é muitas vezes confundida com a Igreja Católica Latina, uma das suas 23 Igrejas autónomas e a maior de todas elas
A Igreja Católica não pensa como uma Igreja entre outras mas como sendo "A Igreja" estabelecida por Deus para salvar todos os homens. Esta ideia é visível logo no seu nome: o termo "católico" significa universal em grego. Ela elaborou sua doutrina ao longo dos concílios a partir da Bíblia, comentados pelos Pais e pelos doutores da Igreja. Ela propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis inspirada no Evangelho e definidas de maneira precisa. Regida pelo Código de Direito Canónico, ela se compõe, além da sua muita bem conhecida hierarquia ascendente que vai do diácono ao Papa, de vários movimentos apostólicos, que comportam notadamente as ordens religiosas, os institutos seculares e uma ampla diversidade de organizações e movimentos de leigos.
Desde o dia 19 de Abril de 2005, a Igreja Católica é liderada pelo Papa Bento XVI. Nesse mesmo ano, ela contava aproximadamente com 1115 milhões de membros (ou seja, mais de um sexto da população mundial e mais da metade de todos os cristãos), distribuídos principalmente na Europa e nas Américas mas também noutras regiões do mundo. Sua influência na História do pensamento bem como sobre a História da arte é considerável, notadamente na Europa.
A Igreja Católica, pretendendo respeitar a cultura e a tradição dos seus fiéis, é por isso actualmente constituída por 23 Igrejas autônomas sui juris, todas elas em comunhão completa e subordinadas ao Papa. Estas Igrejas, apesar de terem a mesma doutrina e fé, possuem uma tradição cultural, histórica, teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas. A Igreja Católica é muitas vezes confundida com a Igreja Católica Latina, uma das suas 23 Igrejas autónomas e a maior de todas elas
[2]
A Igreja Ortodoxa (do grego
όρθος, reto, e δόξα, doutrina), também conhecida como Igreja
Católica Apostólica Ortodoxa ou Igreja Ortodoxa Oriental, é
uma das principais Igrejas
cristãs
da atualidade. A Igreja Ortodoxa vê a si mesma como a verdadeira igreja
instituída por Jesus Cristo, e a seus líderes, sucessores dos apóstolos. Em que
pesem diferenças teológicas, organizativas e de espiritualidade não
desprezáveis, no todo sua doutrina é semelhante à da Igreja Católica; preserva os sete
sacramentos, o respeito a ícones e o uso de vestes litúrgicas
nos seus cultos (denominados de divina liturgia). Seus fiéis são chamados de
cristãos ortodoxos.
A Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica Apostólica Romana separaram-se no século XI. Por essa razão os ortodoxos não reconhecem a autoridade do Papa, não aceitam os dogmas proclamados pela Igreja Católica Romana em séculos recentes, tais como o da Imaculada Conceição e o da infalibilidade papal, e não consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs.
A Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica Apostólica Romana separaram-se no século XI. Por essa razão os ortodoxos não reconhecem a autoridade do Papa, não aceitam os dogmas proclamados pela Igreja Católica Romana em séculos recentes, tais como o da Imaculada Conceição e o da infalibilidade papal, e não consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs.
[3]
Orígenes (em grego Ὠριγένης), cognominado Orígenes de Alexandria
ou Orígenes de Cesaréia ou ainda Orígenes o Cristão (Alexandria,
Egito, c. 185 — Cesareia, ou, mais provavelmente, Tiro, 253),
foi um teólogo,
filósofo
neoplatônico
patrístico
e é um dos Padres gregos.
Um dos mais distintos pupilos de Amônio de Alexandria, Orígenes foi um prolífico escritor cristão, de grande erudição, ligado à Escola Catequética de Alexandria, no período pré-niceno.
Inspirados em Orígenes e na Escola de Alexandria, muitos escritores cristãos desenvolveram suas obras: Sexto Júlio Africano, Dionísio de Alexandria, o Grande, Gregório Taumaturgo, Firmiliano, bispo de Cesareia (Capadócia), Teognosto, Pedro de Alexandria, Pânfilo e Hesíquio.
Orígenes de Alexandria não deve ser confundido com o filósofo Orígenes, o Pagão (210-280), mais jovem e também integrante da Escola de Alexandria, porém discípulo de Plotino.
Um dos mais distintos pupilos de Amônio de Alexandria, Orígenes foi um prolífico escritor cristão, de grande erudição, ligado à Escola Catequética de Alexandria, no período pré-niceno.
Inspirados em Orígenes e na Escola de Alexandria, muitos escritores cristãos desenvolveram suas obras: Sexto Júlio Africano, Dionísio de Alexandria, o Grande, Gregório Taumaturgo, Firmiliano, bispo de Cesareia (Capadócia), Teognosto, Pedro de Alexandria, Pânfilo e Hesíquio.
Orígenes de Alexandria não deve ser confundido com o filósofo Orígenes, o Pagão (210-280), mais jovem e também integrante da Escola de Alexandria, porém discípulo de Plotino.
[4]
O Papa Libério (em latim, Liberius) foi o trigésimo sexto papa da
Igreja Católica, de 17 de maio de 352 até 24 de
setembro de 366. Ele não é mencionado como um santo no Martirológio Romano. Seu primeiro ato como papa
foi, juntamente com outros poucos bispos, desconsiderar as decisões de um sínodo
realizado em Arles em 355, comandado pelo Imperador Constâncio
II (353-354), excomungando invalidamente Atanásio de Alexandria, embora seu
mensageiro foi forçado pelo imperador a uma aprovar o sínodo em Arles, e o
comando imperial de Milão ter imposto seus canones sobre todos os bispos
ocidentais, como conseqüência, ele foi perseguido e exilado para Beréia; e
substituído pelo Antipapa Félix II.
Após um exílio de mais de dois anos, o imperador chamou-o a Roma, sendo a Sé de Roma oficialmente ocupada pelo Antipapa Félix, o imperador propôs que Libério governasse a Igreja juntamente com Félix, mas antes da chegada de Libério, Felix foi expulso pelo povo romano. Após a morte do imperador Constantino em 361, Libério anulou os decretos e reiterou sua posição e os bispos que aprovaram o concílio retiraram a sua adesão. Em 366 Libério deu um acolhimento favorável a uma delegação do episcopado Oriental, e admitiu em sua comunhão mais moderada os convertidos Arianos. Ele morreu em 24 de Setembro de 366.
Após um exílio de mais de dois anos, o imperador chamou-o a Roma, sendo a Sé de Roma oficialmente ocupada pelo Antipapa Félix, o imperador propôs que Libério governasse a Igreja juntamente com Félix, mas antes da chegada de Libério, Felix foi expulso pelo povo romano. Após a morte do imperador Constantino em 361, Libério anulou os decretos e reiterou sua posição e os bispos que aprovaram o concílio retiraram a sua adesão. Em 366 Libério deu um acolhimento favorável a uma delegação do episcopado Oriental, e admitiu em sua comunhão mais moderada os convertidos Arianos. Ele morreu em 24 de Setembro de 366.
[5]
O mitraísmo (em persa: مهرپرستی)
foi uma religião de mistérios nascida na época helenística
(provavelmente no século II a.C.) no Mediterrâneo
Oriental, tendo se difundido nos séculos seguintes pelo Império
Romano.
Alcançou a sua máxima expansão geográfica nos séculos III d.C. e IV d.C., tendo se tornado um forte concorrente do cristianismo. O mitraísmo recebeu particular aderência dos soldados romanos. A prática do mitraísmo, assim como de outras religiões pagãs, foi declarada ilegal pelo imperador romano Teodósio I em 391.
É possível que os responsáveis pela introdução do culto de Mitra no Império Romano tenham sido os legionários que serviam o império nas suas fronteiras orientais. As primeiras provas materiais do culto de Mitra datam de 71 ou 72 d.C.: trata-se de inscrições feitas por soldados romanos que procediam da guarnição de Carnuntum (atual Petronell-Carnuntum, na Áustria), na província da Panónia Superior e que possivelmente tinha estado no oriente, na luta contra os partos e no combate ao levantamento em Jerusalém.
Por volta do ano 80 d.C. o autor Estácio refere a cena da tauroctonia na sua obra Tebaida.
Em finais do século II, o mitraísmo já estava amplamente popularizado no exército romano, bem como entre comerciantes, funcionários e escravos. A maior parte dos achados referem-se às fronteiras germânicas do império. Pequenos objectos de culto associados a Mitra têm sido encontrados em locais que vão da Roménia à Muralha de Adriano.
Alcançou a sua máxima expansão geográfica nos séculos III d.C. e IV d.C., tendo se tornado um forte concorrente do cristianismo. O mitraísmo recebeu particular aderência dos soldados romanos. A prática do mitraísmo, assim como de outras religiões pagãs, foi declarada ilegal pelo imperador romano Teodósio I em 391.
É possível que os responsáveis pela introdução do culto de Mitra no Império Romano tenham sido os legionários que serviam o império nas suas fronteiras orientais. As primeiras provas materiais do culto de Mitra datam de 71 ou 72 d.C.: trata-se de inscrições feitas por soldados romanos que procediam da guarnição de Carnuntum (atual Petronell-Carnuntum, na Áustria), na província da Panónia Superior e que possivelmente tinha estado no oriente, na luta contra os partos e no combate ao levantamento em Jerusalém.
Por volta do ano 80 d.C. o autor Estácio refere a cena da tauroctonia na sua obra Tebaida.
Em finais do século II, o mitraísmo já estava amplamente popularizado no exército romano, bem como entre comerciantes, funcionários e escravos. A maior parte dos achados referem-se às fronteiras germânicas do império. Pequenos objectos de culto associados a Mitra têm sido encontrados em locais que vão da Roménia à Muralha de Adriano.
[6]
Gnosticismo - (do
grego
Γνωστικισμóς (gnostikismós); de Γνωσις (gnosis): 'conhecimento')
é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas
que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo
nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma
etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos. De
fato, pode falar-se em um gnosticismo pagão e em um gnosticismo cristão, ainda
que o pensamento gnóstico mais significativo tenha sido alcançado como uma
vertente heterodoxa
do cristianismo primitivo.
Alguns
autores fazem uma distinção entre "Gnosis" e "gnosticismo".
A gnose é, sem dúvida, uma experiência baseada não em conceitos e preceitos,
mas na sensibilidade do coração. Gnosticismo, por outro lado, é a visão de
mundo baseada na experiência de Gnose, que tem por origem etimológica o termo grego gnosis,
que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional,
científico, filosófico, teórico e empírico (a "episteme" dos gregos),
mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria. É
usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem,
que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o
encontro do homem com sua essência eterna, centelha divina, maravilhosa e
crística, pela via do coração. É uma realidade vivente sempre ativa, que apenas
é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser
assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.
O
movimento originou-se provavelmente na Ásia
Menor, difundindo-se da região do Irã à Gália, exercendo
a sua maior influência sobre o cristianismo entre os anos de 135 e 200. Tem como base elementos
das filosofias pagãs que floresciam na Babilônia,
Antigo
Egito, Síria
e Grécia Antiga, combinando elementos da Astrologia
e mistérios das religiões gregas como os do Elêusis, do Zoroastrismo,
do Hermetismo,
do Sufismo, do
Judaísmo
e do Cristianismo.
Num texto
hermético lê-se que a gnosis da Mente é a "visão das coisas divinas".
G.R.S.Mead acrescenta que "Gnosis não é conhecimento sobre alguma coisa,
mas comunhão, conhecimento de Deus". Este é o grande objetivo, conhecer
"Deus", a Realidade em nós. Não é a crença, a fé ou o simples
conhecimento o que importa. O fundamental é a comunhão interior, o religar da
Mente individual com a Mente universal, a capacidade do homem "transcender
os limites da dualidade que faz dele homem e tornar-se uma consciência
divina".
A posse
da Gnosis significa a habilidade para receber e compreender a revelação.
O verdadeiro Gnóstico é aquele que conhece a revelação interior ou oculta
desvelada e que também compreende a revelação exterior ou pública velada. Ele
não é alguém que descobriu a verdade a seu respeito por meio de sua própria
desamparada reflexão, mas alguém para quem as manifestações do mundo interior
são mostradas e tornaram-se inteligíveis. O início da Perfeição é a Gnosis do
Homem, porém a Gnosis de Deus é a Perfeição aperfeiçoada. "Aperfeiçoamento" é
um termo técnico para o desenvolvimento na Gnosis, sendo o Gnóstico realizado
conhecido como o "perfeito", "parfait".
A entrada
na senda da Gnosis
é chamada 'voltar para casa'. Como vimos, é um retorno, um virar as costas ao
mundo, um arrependimento de toda natureza: "Devemos nos voltar para o
velho, velho caminho".
"Somente
o batismo não
liberta mas sim, a gnosis, o conhecimento interior de quem somos, o que nos
tornamos, onde estamos, para onde vamos. O que é nascimento, o que é
renascimento". "Gnosis sobre quem éramos e no que nos tornamos; onde
estávamos e onde viemos parar; para onde nos dirigimos e onde somos redimidos;
o que é a geração, e o que é a regeneração". (Extratos de Theodotus)
Ingressar
na Gnosis é um despertar do sono e da ignorância
de Deus, da embriaguez do mundo para a temperança virtuosa. "Pois o mal
[ilusão] do não conhecimento está inundando toda a terra e trazendo total ruína
à alma aprisionada dentro do corpo, impedindo-a de navegar para os portos da salvação."
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