Os sumérios são considerados em
geral a civilização mais antiga do mundo, surgida ao que tudo indica na metade
do quarto milênio antes da era Cristã, de acordo com os achados arqueológicos
obtidos.
Escrita cuneiforme |
É atribuída à civilização suméria
a criação da escrita cuneiforme, ou aquela produzida com o auxílio de objetos
em forma de cunha, que no início representava formas do mundo em pictogramas,
tornando-se posteriormente mais simples e abstrata por força da praticidade.
cidade-Estado grega |
Também aos sumérios se atribui a
criação das cidades-Estado, cuja idéia era a total independência de cada cidade
em termos administrativos, religiosos e econômicos, conceito este
posteriormente apropriado por gregos, alemães, italianos e outros.
A civilização suméria era
politeísta (leia artigo a respeito do paganismo e politeísmo clicando aqui)
e as cidades-Estado, como dito, tinham completa independência religiosa, o que
muito enriqueceu o panteão. A maior ou menor importância dos deuses, portanto,
variava de acordo com o crescimento ou diminuição do poder político e econômico
das cidades das quais eram guardiões ou zelotes.
An (ou Anu) |
Enlil |
No entanto, é possível mencionar a
tríade divina composta pelos deuses An
(ou Anu) – dirigente do céu -, Enlil
– dirigente dos ventos – e Enki
– dirigente das águas.
Enki |
A concepção religiosa dos
sumérios consistia na visão de terem os deuses, de formato antropomórfico, criado
os seres humanos unicamente com a finalidade de serem servidos, colocando sua
criação a sua mercê, considerando que quando descontentes expressavam-se por
meio de catástrofes naturais como terremotos, tufões e outras.
De acordo com a Wikipédia:
Os sumérios
eram adeptos de uma religião politeísta caracterizada por deuses e deusas antropomórficos
representando forças ou presenças no mundo
material, noção esta bastante presente na posterior Mitologia
Grega. Os deuses originalmente criaram humanos como servos para si
mesmos, mas os libertaram quando se tornaram difíceis demais de se lidar.
Muitas histórias na
religião suméria aparecem homólogas a histórias em outras religiões do Oriente
Médio. Por exemplo, a idéia bíblica da criação do homem, bem como o dilúvio de Noé, estão intimamente
ligados aos contos sumérios. Os deuses e deusas da Suméria têm representações
similares nas religiões dos Acádios, Cananitas
e outros. Da mesma forma, um número de histórias relacionadas a divindades têm
paralelos gregos;
por exemplo, a descida de Inanna ao submundo está impressionantemente ligada ao mito de Perséfone.
Cosmogonia
O universo surgiu
quando Nammu,
um abismo sem forma, enrolou-se em si mesmo num ato de auto-procriação, gerando
An, deus do céu, Antu (Ki), deusa da Terra
e Zuri, deus do equilibro entre as
dimensões.
A união de An e Ki
produziu Enlil,
senhor dos ventos, que eventualmente tornou-se líder do panteão
dos deuses. Após o banimento de Enlil de Dilmun (a
morada dos deuses) por violentar Ninlil, a deusa teve um filho, Nanna, o deus da lua (mais
tarde chamado de Sin (ou Sinnu). Zuri
revoltado com o acontecimento criou uma dimensão abaixo da terra, uma dimensão
neutra. Da união posterior entre Sin e Ningal nasceram
Inanna
(deusa do amor e da guerra) e Utu (deus do sol, depois chamado de Shamash).
Também durante o banimento de Enlil, o deus tornou-se pai de três divindades do
submundo junto a Zuri e Ninlil. O mais famoso foi Nergal.
Nammu também teve um
filho, chamado Enki,
deus do abismo
aquático ou Absu.
Enki controlava também os Me,
decretos sagrados que governavam coisas básicas como a física, e complexas como
a ordem social e a lei.
Fontes
A mais antiga fonte
de cosmologia
suméria tem origem com os hinos da sacerdotisa Enheduana
à deusa Inanna.
Lista dos deuses.
Tinham 13 deuses, em
que mais acreditavam:
An
Ishkur (Adad)
Inanna Ishtar
Enki
Antu
Enlil
Sinki (Damkina)
Nanna (ou Innin, Innini)
Ninhursag
Ningal
Ninlil
Shamash (Utu, Babbar)
Zuri
Ishkur (Adad)
Inanna Ishtar
Enki
Antu
Enlil
Sinki (Damkina)
Nanna (ou Innin, Innini)
Ninhursag
Ningal
Ninlil
Shamash (Utu, Babbar)
Zuri
Os deuses e as
deusas menores:
Anshar
Ereshkigal
Husbishag
Isinu
Ninki
Nammu
Kingu
Kiskil-lilla
Namtar
Nebo (Nabu)
Nergal
Nidaba
Ninisinna
Ninkasi
Nusku
Tiamat
Utukku
Ereshkigal
Husbishag
Isinu
Ninki
Nammu
Kingu
Kiskil-lilla
Namtar
Nebo (Nabu)
Nergal
Nidaba
Ninisinna
Ninkasi
Nusku
Tiamat
Utukku
Semi deuses e semi
deusas:
Dumuzi
Gilgamesh
Geshtinasnna
Gugalanna
Humbaba
Enkidu (herói)
Gilgamesh
Geshtinasnna
Gugalanna
Humbaba
Enkidu (herói)
O legado dos sumérios,
entretanto, não se restringe a uma intrincada religião politeísta e à criação
da escrita cuneiforme e das cidades-Estado.
São atribuídos a eles:
·
Roda
·
Torno de oleiro
·
Astronomia
·
Conceitos matemáticos
·
Relógio
·
Sistemática legal
·
Prisões
·
Escolas
·
Separação da sociedade em castas
·
Carroça
·
Formações militares
·
Cerveja
·
Domesticação de plantas e animais
·
Barragens
·
Sistema de drenagem do solo
·
Canais de irrigação
·
Diques
Astronomia suméria – um mistério
Não bastasse toda essa grande
capacidade de criação, o grande espanto no que concerne à civilização suméria
vincula-se à capacidade que possuíam da observação astronômica.
Os cálculos do ciclo lunar
realizados nos observatórios sumérios apresentavam diferença desprezível dos
atuais. Na verdade com desvio de tão somente 0.4 segundos.
O planeta Plutão foi descoberto
em 1930, mas os sumérios já possuíam anotações detalhadas a respeito de suas
composições químicas e físicas, como também a respeito de seu tamanho e
afirmavam que havia sido um satélite de Saturno que teria se desgarrado.
Astronomia |
Conforme podemos observar na
figura ao lado, à esquerda vemos o Sol, circundado por onze corpos celestes,
dentre eles aparentemente Plutão (descoberto em 1930), Netuno (descoberto em 1846)
e Urano (descoberto em 1741).
O dilúvio – concepção suméria
Dilúvio |
“E depois veio o dilúvio e
após o dilúvio a realeza tornou a descer mais uma vez do céu…” – inscrição encontrada
em uma das placas de argila com escrita cuneiforme.
Ziuzudra |
“Ziusudra” foi o Noé dos
sumérios. Teria morado em Shuruppak, onde construiu a sua arca.
Ziuzudra |
Em razão do grande
conhecimento astronômico em época em que era impensável o telescópio, inclusive
levando em conta a afirmação daquele povo sobre a existência de um 12º. planeta,
grande especulação e aproveitamento fazem os ufologistas da cultura suméria.
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