O raciocínio foi e continua sendo
um dos mais preciosos recursos humanos (embora não o único) para compreender a
si próprio, o universo e o Criador.
Assim, decidimos superficialmente
tratar deste assunto e abaixo apresentamos alguns conceitos simples, embora
muito ainda possa ser estudado a respeito.
O raciocínio é uma das partes do
pensamento e um dos processos cognitivos, além de ser um dos mecanismos da
inteligência.
O processo racional ocorre por
comparações e abstrações, tendo por base proposições.
Raciocínio |
Proposições são sentenças, ou
formas de expressão humana. Quando completas, as sentenças podem ser
classificadas em abertas e fechadas.
Como exemplo:
- Brasília é a capital do Brasil. (sentença fechada, pois não apresenta variável)
- Quando começam as férias? (sentença aberta – existe variável)
As sentenças fechadas, quando apresentam possibilidade de julgamento entre falso e verdadeiro, são denominadas de proposição.
Proposição, portanto, são
sentenças declarativas e afirmativas, que permitem julgamento entre falso e
verdadeiro.
O raciocínio lógico é uma das
características do ser humano e propiciou a evolução da Ciência, inclusive o
surgimento da Matemática. Se expressa na forma de raciocínio indutivo e
raciocínio dedutivo.
Dedução e Indução
Dedução e indução são componentes
da lógica racional. A diferença entre elas está na conclusão que se pode obter
seguindo um ou outro dos argumentos.
A dedução produz conclusões
definitivas, enquanto a indução proporciona tão somente alguma fundamentação
para a conclusão, mas não necessariamente conclusões definitivas.
Na dedução, partindo-se de
premissas (ou proposições – conforme definidas acima) verdadeiras, obrigatoriamente
obter-se-á uma conclusão igualmente verdadeira.
Na indução, conduto, o resultado
não será necessariamente o mesmo, considerando que se partindo de proposições
verdadeiras é possível, embora pouco provável, que cheguemos a conclusões
faltas.
Raciocinar indutivamente é partir
do particular na busca do geral, como, por exemplo:
Ferro conduz eletricidade.
Ferro é metal.
Ouro conduz eletricidade.
Ouro é metal.
Cobre conduz eletricidade.
Cobre é metal.
Logo os metais conduzem eletricidade.
Ferro é metal.
Ouro conduz eletricidade.
Ouro é metal.
Cobre conduz eletricidade.
Cobre é metal.
Logo os metais conduzem eletricidade.
Raciocinar dedutivamente, ao
contrário, é partir do geral buscando explicar o particular. Como exemplo:
Todo metal conduz eletricidade!
Sendo um metal, o mercúrio conduz eletricidade.
Sendo um metal, o mercúrio conduz eletricidade.
Silogismo
Silogismo foi o nome dado à forma
aristotélica de raciocinar lógica e perfeitamente.
O silogismo é composto por duas
premissas (ou proposições) e uma conclusão.
As premissas são catalogadas como
maiores ou menores, as primeiras vistas como predicados e as segundas como
sujeitos.
Exemplo:
Todo homem é mortal (premissa maior – envolve o predicado).
Sócrates é homem (premissa menor – envolve o sujeito Sócrates).
Logo, Sócrates é mortal! (conclusão)
Sócrates é homem (premissa menor – envolve o sujeito Sócrates).
Logo, Sócrates é mortal! (conclusão)
Figuras do silogismo em exemplos:
Todo metal é corpo. (afirmação)
O ferro é metal. (afirmação)
O ferro é corpo. (afirmação)
O ferro é metal. (afirmação)
O ferro é corpo. (afirmação)
Todo círculo é redondo. (afirmação)
Nenhum triângulo é redondo. (negação)
Nenhum triângulo é círculo. (negação)
Nenhum triângulo é redondo. (negação)
Nenhum triângulo é círculo. (negação)
Nenhum mamífero é pássaro. (negação)
Algum mamífero é animal que voa. (afirmação)
Algum animal que voa não é passado. (negação)
Algum mamífero é animal que voa. (afirmação)
Algum animal que voa não é passado. (negação)
José é humano. (afirmação)
Todo humano é mortal. (afirmação)
Algum mortal é José (afirmação)
Todo humano é mortal. (afirmação)
Algum mortal é José (afirmação)
Regras do silogismo:
- Qualquer silogismo contém somente três termos (ou premissas): maior, médio e menor;
- Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas;
- O termo médio não pode entrar na conclusão;
- O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
- De duas premissas negativas, nada se conclui;
- De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa;
- A conclusão segue sempre a premissa mais fraca;
- De duas premissas particulares, nada se conclui.
Sofisma
O cuidado com o sofisma é o
primordial no uso da lógica.
O sofisma parte de premissas
verdadeiras, obtendo conclusões enganosas, no mais das vezes de forma
proposital e manipulada.
O método clássico de reconhecer
um sofisma, além da absurda conclusão que apresenta, é constatar que não parte
do conceito dedutivo ou indutivo, ou seja, não parte do geral para entender o
particular, como também não parte do particular para compreender o geral.
O silogismo em regra parte do
particular para buscar igualá-lo ao também particular.
Exemplos de sofisma:
As galinhas têm dois pés. (galinhas = particular)
Os homens têm dois pés. (homens = particular)
Logo, homens são galinhas. (particular = particular)
Os homens têm dois pés. (homens = particular)
Logo, homens são galinhas. (particular = particular)
Neste exemplo não há comparação
entre o sujeito (galinhas e homens) e outros seres vivos no geral, mas com uma
outra “categoria” de seres vivos.
Os nazistas eram nacionalistas. (nazistas = particular)
Americanos são nacionalistas. (americanos = particular)
Logo, americanos são nazistas. (particular = particular)
Americanos são nacionalistas. (americanos = particular)
Logo, americanos são nazistas. (particular = particular)
Neste exemplo não há comparação
do sujeito (nazistas e americanos) com a humanidade em geral, mas com outro “tipo”
de homens.
Também não há comparação entre
nazistas e americanos em particular com toda a humanidade ou com todo o grupo
de seres vivos.
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