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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O raciocínio humano

O raciocínio foi e continua sendo um dos mais preciosos recursos humanos (embora não o único) para compreender a si próprio, o universo e o Criador.

Assim, decidimos superficialmente tratar deste assunto e abaixo apresentamos alguns conceitos simples, embora muito ainda possa ser estudado a respeito.

O raciocínio é uma das partes do pensamento e um dos processos cognitivos, além de ser um dos mecanismos da inteligência.

O processo racional ocorre por comparações e abstrações, tendo por base proposições.
diagrama do raciocínio
Raciocínio

Proposições são sentenças, ou formas de expressão humana. Quando completas, as sentenças podem ser classificadas em abertas e fechadas.
    
    Como exemplo:
  • Brasília é a capital do Brasil. (sentença fechada, pois não apresenta variável) 
  •  Quando começam as férias? (sentença aberta – existe variável)

As sentenças fechadas, quando apresentam possibilidade de julgamento entre falso e verdadeiro, são denominadas de proposição.

Proposição, portanto, são sentenças declarativas e afirmativas, que permitem julgamento entre falso e verdadeiro.

matematica 
O raciocínio lógico é uma das características do ser humano e propiciou a evolução da Ciência, inclusive o surgimento da Matemática. Se expressa na forma de raciocínio indutivo e raciocínio dedutivo.


Dedução e Indução


cérebro


Dedução e indução são componentes da lógica racional. A diferença entre elas está na conclusão que se pode obter seguindo um ou outro dos argumentos.

A dedução produz conclusões definitivas, enquanto a indução proporciona tão somente alguma fundamentação para a conclusão, mas não necessariamente conclusões definitivas.

Na dedução, partindo-se de premissas (ou proposições – conforme definidas acima) verdadeiras, obrigatoriamente obter-se-á uma conclusão igualmente verdadeira.

Na indução, conduto, o resultado não será necessariamente o mesmo, considerando que se partindo de proposições verdadeiras é possível, embora pouco provável, que cheguemos a conclusões faltas.

Raciocinar indutivamente é partir do particular na busca do geral, como, por exemplo:
Ferro conduz eletricidade.
Ferro é metal.
Ouro conduz eletricidade.
Ouro é metal.
Cobre conduz eletricidade.
Cobre é metal.
Logo os metais conduzem eletricidade.

Raciocinar dedutivamente, ao contrário, é partir do geral buscando explicar o particular. Como exemplo:
Todo metal conduz eletricidade!
Sendo um metal, o mercúrio conduz eletricidade.


Silogismo


Silogismo foi o nome dado à forma aristotélica de raciocinar lógica e perfeitamente.

O silogismo é composto por duas premissas (ou proposições) e uma conclusão.
círculos concêntricos

As premissas são catalogadas como maiores ou menores, as primeiras vistas como predicados e as segundas como sujeitos.

Exemplo:
Todo homem é mortal (premissa maior – envolve o predicado).
Sócrates é homem (premissa menor – envolve o sujeito Sócrates).
Logo, Sócrates é mortal! (conclusão)

Figuras do silogismo em exemplos:
Todo metal é corpo. (afirmação)
O ferro é metal. (afirmação)
O ferro é corpo. (afirmação)

Todo círculo é redondo. (afirmação)
Nenhum triângulo é redondo. (negação)
Nenhum triângulo é círculo. (negação)

Nenhum mamífero é pássaro. (negação)
Algum mamífero é animal que voa. (afirmação)
Algum animal que voa não é passado. (negação)

José é humano. (afirmação)
Todo humano é mortal. (afirmação)
Algum mortal é José (afirmação)

 Regras do silogismo:

  • Qualquer silogismo contém somente três termos (ou premissas): maior, médio e menor;
  • Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas;
  • O termo médio não pode entrar na conclusão;
  • O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
  • De duas premissas negativas, nada se conclui;
  • De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa;
  • A conclusão segue sempre a premissa mais fraca;
  • De duas premissas particulares, nada se conclui.

Sofisma


O cuidado com o sofisma é o primordial no uso da lógica.

palavra como arma 

O sofisma parte de premissas verdadeiras, obtendo conclusões enganosas, no mais das vezes de forma proposital e manipulada.


O método clássico de reconhecer um sofisma, além da absurda conclusão que apresenta, é constatar que não parte do conceito dedutivo ou indutivo, ou seja, não parte do geral para entender o particular, como também não parte do particular para compreender o geral.

O silogismo em regra parte do particular para buscar igualá-lo ao também particular.

Exemplos de sofisma:

As galinhas têm dois pés. (galinhas = particular)
Os homens têm dois pés. (homens = particular)
Logo, homens são galinhas. (particular = particular)

Neste exemplo não há comparação entre o sujeito (galinhas e homens) e outros seres vivos no geral, mas com uma outra “categoria” de seres vivos.

Os nazistas eram nacionalistas. (nazistas = particular)
Americanos são nacionalistas. (americanos = particular)
Logo, americanos são nazistas. (particular = particular)

Neste exemplo não há comparação do sujeito (nazistas e americanos) com a humanidade em geral, mas com outro “tipo” de homens.

Também não há comparação entre nazistas e americanos em particular com toda a humanidade ou com todo o grupo de seres vivos.

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