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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Emanuel Swedenborg


Emanuel Svedenborg - por Stifts
Emanuel Svedenborg - por Stifts


Foi um polímata (Uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Em termos menos formais, um polímata pode referir-se simplesmente a alguém que detém um grande conhecimento. Muitos dos cientistas antigos foram polímatas pelos padrões atuais) nascido em Estocolmo no dia 29 de janeiro de 1688 e morto aos 84 anos de idade, no dia 29 de março, em Londres.

Filho de um pastor luterano, que foi capelão real e bispo de Skara, formou-se como engenheiro de minas, exercendo a função de assessor real para assuntos de mineração.

Foi catedrático de Matemática, mas dedicou-se ao estudo de áreas muito distintas, como Geologia, Astronomia e Hidráulica, valendo ressaltar que quando atingia um bom nível de conhecimento nos mais variados assuntos, publicava suas conclusões, pelo que angariou o respeito de especialistas de várias áreas.

Por conta de sua erudição e vasto conhecimento, Emanuel Swedenborg é considerado como uma das grandes figuras da Suécia, sendo seu retrato colocado no hall de honra da Academia de Ciências daquele país e seu corpo enterrado na Catedral de Uppsala, último lar dos corpos de vários reis e rainhas.

Estudou e publicou várias obras que abrangiam áreas tão diversas como: química, óptica, matemática, magnetismo, hidráulica, acústica, metalurgia, anatomia, hidrostática, fisiologia, pneumática, geologia, mineração, cristalografia, cosmologia, cosmogonia, dinâmica, astronomia, álgebra, mecânica geral e outras.

Além de publicar diversos tratados de filosofia, formulou e desenvolveu as doutrinas filosóficas sobre o influxo, os graus, as formas, as séries e a ordem.

Na área da psicologia, publicou, entre outros, os tratados: Psicologia Empírica (1733), um estudo sobre a obra de Christian Wolff, e Psicologia Racional (1742), contendo muitos princípios filosóficos e observações inéditas baseados nas suas observações sobre anatomia.

Em 1744, aos 56 anos, Swedenborg declarou que passara por uma íntima experiência que mudaria sua vida. Teria sido designado por Deus como porta-voz do descortinamento do sentido esotérico (oculto) dos livros bíblicos, pelo que a ele teriam sido abertos os segredos co céu e suas maravilhas, como também do inferno.

A partir destas “revelação” e “designação”, Swedenborg passa à vasta produção literária, diversa daquela a que até então havia se dedicado. Seus livros passaram a sofrer forte censura da parte dos religiosos de seu país, até lá serem proibidos, considerando que abalavam as crenças tradicionais do cristianismo.

Ralph Waldo Emerson - por vassarcollegearchives
Ralph Waldo Emerson - por vassarcollegearchives
De qualquer forma, seus escritos tiveram e ainda tem o condão de influenciar inúmeras pessoas, anônimas ou públicas, como os casos de Carlyle, Ralph Waldo Emerson, Baudelaire, Balzac, William Blake, Helen Keller e Jorge Luís Borges.

Por confrontarem à teologia cristã atual, suas obras foram tidas como heréticas, embora ele tenha sempre se declarado um servo do "Senhor Jesus Cristo". A teologia exposta por Swedenborg juntamente com o relato das experiências tão vivas no plano espiritual desconcertam muitos religiosos, os que, teoricamente, mais deviam saber sobre o espírito e a vida após a morte, pois que estas coisas foram dadas muitos desses indivíduos, sentindo-se ameaçados, reajam contra essa nova abertura da revelação e, especialmente, contra o autor, fazendo circular boatos difamadores a respeito de sua sanidade. Em virtude disso, também a sua reputação anterior de grande cientista e filósofo ficou comprometida.

Mas Swedenborg continuou a escrever e a trabalhar como antes, sem se importar com as críticas, convicto de que sua obra seria para um futuro distante, com a serenidade dos que sabem o que estão fazendo, serenidade que o acompanhou até a sua morte física, em 29 de março de 1772, a qual ele também tinha previsto com semanas de antecedência. Ele foi enterrado na catedral luterana de Londres que havia sido criada em 1710, por seu pai, mas, em 1908, seu corpo foi transportado para ser enterrado na Catedral de Uppsala.

A partir de seus escritos teológicos, fundou-se a Nova Igreja.

Nos últimos 27 anos de sua vida, escreveu mais de 40 títulos de exegese bíblica, Cristologia, escatologia e doutrina geral, expondo, por meio da Ciência das Correspondências, o sentido interno ou espiritual que jazia oculto na Palavra. Assim, restaurou os fundamentos primitivos do cristianismo, a saber, a fé em Jesus Cristo como Deus que Se fez carne, bem como outras doutrinas básicas, sobre a fé, a caridade, a vida, a Escritura Santa, o casamento etc.

Há relatos sobrenaturais relacionados à vida de Swedenborg. Dentre eles:

•    Durante um jantar na cidade de Gotemburgo, ele teria contado aos presentes que ocorria um incêndio em Estocolmo, que dista perto de 400 quilômetros de onde estavam, e que o fogo consumia a casa de um seu vizinho, ameaçando a sua própria. Duas horas mais tarde, pelas 20, afirmou que o incêndio havia sido controlado e parado há três portas de sua casa. Após alguns dias, relatórios oficiais teriam confirmado as impressões expostas, inclusive com coincidências de horários e locais.
•    Ainda, quando ele visitou a Rainha Louisa Ulrika da Suécia, que lhe pediu que contasse a ela algo sobre seu irmão falecido, o Príncipe Augustus William da Prússia. No dia seguinte, Swedenborg cochichou algo em seu ouvido, o que fez a Rainha ficar pálida, tendo ela explicado tratar-se de algo de que somente ela e seu irmão podiam ter conhecimento.

Swedenborg recomendava cautela com relação às revelações dos espíritos:

"Quando os espíritos começam a falar com um homem, ele deve estar disposto a não acreditar em nada do que eles dizem. Porque quase tudo que eles falam é inventado por eles, e eles mentem: pois se nós permitíssemos que eles narrassem qualquer coisa, como o céu é e como as coisas no céu devem ser entendidas, eles contariam tantas mentiras que o homem ficaria perplexo.”

Allan Kardec - por 101 views of Pere Lachaise
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Segundo a Revista Espírita de novembro de 1859, o espírito de Swedenborg retornou para uma comunicação com Allan Kardec, quando afirmou que o espírito que lhe apareceu, autodenominado "Deus" ou "Senhor", era na verdade um espírito inferior que se fez passar pelo próprio Mestre, segundo Swedenborg não por maldade, mas por pura ignorância.

Na mesma revista, fala-se que ele escreveu muita coisa importante, mas também muitos absurdos. Esse espírito, autodenominado "Senhor" fê-lo escrever aquelas coisas. O problema de Swedenborg é que ele acreditava em tudo o que os espíritos lhe ditavam, sem passar pelo crivo da razão e do bom senso.

Em 1721, Emanuel Swedenborg cria o Rito de Swedenborg,[9] um rito maçónico. O rito teve a sua maior expressão em Inglaterra, Alemanha, França e Estados Unidos, e o seu objectivo era ensinar a imortalidade da alma.

Tendo por base o livro do Génesis, o rito era composto como segue:

•    Primeiro Templo
o    Eleito
o    Mestre
o    Companheiro
o    Aprendiz
•    Segundo Templo
o    Kadosh
o    Comendador
o    Cavaleiro
o    Mestre Coen
o    Companheiro Coen

Em 1783, o marquês Thome reorganizou o Rito passando este a ser constituído por seis graus:

•    Irmão Vermelho
•    Irmão Azul
•    Teósofo Iluminado
•    Mestre
•    Companheiro Teósofo
•    Aprendiz Teósofo

O rito maçônico criado por Emanuel Swedenborg não é atualmente praticado no Brasil.

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