É o fundador da doutrina conhecida por Thelema, que poderia ser resumida em seus dois grandes postulados, um dos quais, pensamos, bastante discutível. São eles:
• "Faze o que tu queres será o todo da Lei.
• "Amor é a lei, amor sob vontade."

Aleister Crowley declarava-se também como mago, hedonista , usuário “recreacional” de drogas, além de crítico social.
Em muita de suas “façanhas” ele iria contra os valores morais e religiosos do seu tempo, defendendo o libertarianismo baseado em sua regra de "Faz o que tu queres". Por causa disso, ele ganhou larga notoriedade em sua vida, e foi declarado pela imprensa do tempo como "O homem mais perverso do mundo."
Aos cinco anos de idade, foi levado ao velório de sua irmã natimorta. A respeito, ele próprio escrever na publicação “As Confissões de Aleister Crowley”:
“O incidente criou uma curiosa impressão nele. Ele não entendia o porquê de ser perturbado tão inutilmente. Ele não poderia fazer nada; a criança estava morta; aquilo não era de sua conta. Essa atitude continuou com o passar de sua vida. Ele nunca visitara outro funeral a não ser o do próprio pai, que ele não se importou em fazer, pois sentiu que ele na verdade era o centro de interesse.”
A morte de seu pai, aqui referida, aconteceu quando Crowley tinha onze anos e fez com que fosse ele mandado para uma tradicional escola (Irmandade Plymouth), de onde foi expulso por "tentar corromper outro garoto."
Sobre a mudança de seu nome, ou adoção do pseudônimo pelo qual ficou conhecido, fato ocorrido entre 1.895 e 1.897, assim escreveu:
“Por muitos anos eu me aborreci sendo chamado de Alick, em parte devido ao som desagradável e a visão da palavra, e em parte pois esse era o nome que minha mãe me chamava. Edward não parecia se ajustar a mim e os diminutivos Ted ou Ned eram ainda menos apropriados. Alexander era muito longo e Sandy sugeria ser loira com sardas. Eu tinha lido em um livro ou outro que o nome mais favorito a se tornar famoso era composto de um dátilo seguido por um espondeu , como no fim de um hexâmetro : por exemplo Jeremy Taylor. Aleister Crowley preenchia essas condições e Aleister é a forma gaélica de Alexander. Adotar este nome satisfaria meu ideal romântico. A ortografia atroz A-L-E-I-S-T-E-R foi sugerido como a forma correta pelo Primo Gregor, que deveria saber melhor. De qualquer modo, A-L-A-I-S-D-A-I-R cria um dátilo muito ruim. Por essas razões eu decidir ficar com meu pseudônimo presente — Eu não posso dizer que tenho certeza que facilitei o processo de ficar famoso com isso. Eu deveria ter feito isso sem dúvida, qualquer que tivesse sido o nome que eu escolhesse.”
Foi em dezembro de 1896 que ele afirmou ter tido a sua primeira experiência religiosa significante da qual mais tarde ele afirma, "essa filosofia nasceu em mim."
A partir dessa experiência, Crowley começou a ler sobre ocultismo e misticismo, e no próximo ano, ele começou a ler livros de alquimistas e místicos, e livros em magia. Em outubro uma breve doença lhe trouxe questões sobre a mortalidade e "a futilidade de toda atividade humana," ou pelo menos a futilidade da carreira diplomática que Crowley tinha anteriormente considerado - ao invés ele decidiu devotar sua vida ao oculto. Em 1897 ele deixou Cambridge, sem conquistar diploma algum.

Em 1900, Crowley viajou para o México através dos Estados Unidos, por uma veneta, onde conquistou uma amante local e onde juntamente com o amigo Oscar Eckenstein escalou algumas montanhas, fugindo de uma delas em erupção.
Oscar Eckenstein disse para Crowley que deveria obter maior controle sobre si mesmo, aconselhando-o a praticar “raja Yoga” .
Crowley esteve também em São Francisco, Havaí, Japão, Hong Kong e Ceilão, onde ele se encontrou com Allan Bennett e se devotou ainda mais a ioga, na qual ele afirma ter alcançado o estado mental de dhyana. Foi durante esta visita que Bennett decidiu se tornar um monge budista da tradição Theravada, viajando à Burma, enquanto Crowley tinha ido a Índia, estudar várias práticas Hinduístas.

O ano de 1904 foi capital para Crowley, o mistério que iria persegui-lo por toda a vida estava por se revelar, como dádiva e maldição. Ele já era um Magista competente, iniciado na Aurora Dourada, uma das mais importantes Ordens mágicas de todos os tempos.

Ditado por uma entidade de nome Aiwaz (que mais tarde Crowley associou a seu Eu superior). Nele, a Lei da nova era é sintetizada na frase Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei, e tem como contraponto e complemento Amor é a lei, amor sob Vontade.
Seus últimos anos, a partir de 1945, são vividos em Hastings, onde uma série de novos discípulos continua recebendo instruções. E assim Kenneth Grant, John Symonds, Grady McMurty, conhecem-no. Desta época, vem sua última obra, consistindo numa coletânea de cartas dirigidas a uma jovem discípula, que foram publicadas bem mais tarde, após a sua morte, como Magick Without Tears.

Quatro dias depois, no crematório de Brighton, é realizada a cerimônia que ficou conhecida como "O Último Ritual", com a leitura de trechos da Missa Gnóstica, e de seu famoso Hino, a Pã.
Há muito conflito entre os biógrafos de Aleister Crowley.
Alguns o pintam como um grande esotérico e magista. Outros, como um libertino que usava o esoterismo como desculpa para o uso de drogas e o sexo livre, aos quais atribuía poderes maravilhosos. Finalmente, há os que o compreendem como um homem perturbado mentalmente, que se deixou levar por devaneios e prazeres.
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