Realizamos pesquisas para levar aos nossos leitores um pequeno resumo sobre os códigos de conduta dos membros das ordens iniciáticas, religiosas e militares da história.
Encontramos regramentos que poderiam ser chamados de códigos de conduta entre os templários, samurais, maçons e rosacruzes, com significativas semelhanças entre as duas primeiras e razoáveis distinções para com as demais, muito provavelmente relacionadas às características quase militares das duas primeiras, à influência militar, embora não imperativa na terceira e à dissociação completa com o militarismo da última.
Deixaremos aos nossos leitores a avaliação de todos os regramentos que abaixo expomos.
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Cavaleiro Templário - por Lióh AC |
ARTIGO 1º
- O Templário está sempre disposto e armado para o
combate usando as armas da fé.
ARTIGO 2º
- Em tudo o que faz procura encontrar a honra, a
fama e a honestidade.
ARTIGO 3º
- Defende os pobres e os débeis.
ARTIGO 4º
- Auxilia os que não se podem defender.
ARTIGO 5º
- Abstém-se de fazer mal aos que não se podem
defender.
ARTIGO 6º
- Está sempre disponível para lutar a favor da
dignidade humana.
ARTIGO 7º
- Trabalha pela honra em vez de pelo lucro.
ARTIGO 8º
- Nunca falta à palavra dada.
ARTIGO 9º
- Defende a honra e a dignidade humana com a
própria vida, preferindo ter uma morte honrosa que uma vida vergonhosa.
ARTIGO 10-
Aprende a realizar os serviços mais pesados com
disponibilidade, alegria e bom agrado em favor de outros, aprendendo da
humildade de Cristo.
Samurais
(Bushido)
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Samurai - por tourlover |
1. A busca de uma
morte digna. O samurai deve estar pronto para morrer a qualquer momento;
2. A preservação da
honra pessoal, de seus ancestrais e de seu senhor;
3. Ao falhar ou
manchar sua honra, dos ancestrais ou de seu senhor, o samurai tem de cometer o
suicídio ritual, o seppuku;
4. O guerreiro deve
sempre carregar consigo o seu par de espadas. A espada era a sua alma;
5. Ser corajoso.
Melhor morrer do que ser chamado de covarde;
6. Ser justo e
benevolente com os mais fracos, mas exigir respeito;
7. Manter sua palavra
a qualquer custo;
8. Dedicar-se às artes
como forma de aperfeiçoamento;
9. Ter gratidão à
família e às pessoas que o ajudaram;
10. Lealdade ao seu
senhor e dedicação ao trabalho.
MaçonS:
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Maçonaria - por mvschueler |
I - amar a Deus, a Pátria, a Família e
a Humanidade;
II - praticar a beneficência, de modo
discreto, sem humilhar;
III - praticar a solidariedade
maçônica, nas causas justas, fortalecendo os laços de fraternidade;
IV - defender os direitos e as
garantias individuais;
V - considerar o trabalho lícito e
digno como dever do homem;
VI - exigir de seus membros boa
reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos
costumes;
VII - exigir tolerância para com toda
forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia,
cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade,
a moral, a paz e o bem social;
VIII - lutar pelo princípio da
equidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras
e méritos;
IX - combater o fanatismo, as
paixões, o obscurantismo e os vícios.
Rosacruzes:
(Código Rosacruz de Vida)
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Rosacruz |
I -
Pela manhã, antes de levantar, agradece ao Deus do teu coração, o novo dia que
te é dado viver no plano terreno e pede-lhe que o inspire ao longo desse dia.
Depois, de pé e voltado para o Leste, fazer três respirações profundas,
concentrando-te na vitalidade, que é despertada em ti mesmo. Feito isto, beber
um copo d`água e dar início às tuas tarefas.
II-
Apesar das vicissitudes e das provações que a vida comporta, considera-a sempre
como o mais precioso bem que o Cósmico outorgou ao ser humano, pois ela é o
suporte de tua evolução espiritual e a fonte da felicidade a que aspira. Neste
particular, considera teu corpo como o templo de tua Alma e cuida dele o melhor
que puderes.
III-
Reserva, se possível, em tua casa um lugar para prece, meditação e estudo dos
ensinamentos de nossa Ordem. Faze dele o teu oratório particular, o teu
Sanctum, e conserva-o livre de toda preocupação e de toda atividade profana.
IV-
Antes de cada refeição, dá graças a Deus pela chance que tens de te
alimentares, e pensa em todos aqueles que não têm o privilégio de saciar sua
fome. Se estiveres sozinho ou na companhia de outros membros da Ordem, coloca
as mãos sobre o alimento, com as palmas voltadas para baixo, e fazendo
mentalmente, ou em voz alta, a invocação simbólica: “Que este alimento seja
purificado e magnetizado pelas vibrações que emanam de minhas mãos, a fim de
que ele supra as necessidades do meu corpo e da minha alma. Que todos aqueles
que têm fome estejam associados a esta refeição e participem espiritualmente de
seus benefícios. Assim Seja!”
V-
Sabendo que o objetivo de todo ser humano é de se aperfeiçoar e de se tornar
melhor, faze constantes esforços para despertar e expressar as virtudes da Alma
que o anima. Ao faze-lo estarás contribuindo para tua evolução e servindo à
causa da humanidade.
VI-
Durante o dia, isola-te por alguns instantes, de preferência no Sanctum, e
irradia pensamentos de amor, harmonia e saúde para toda a humanidade, em
particular para todos aqueles que estejam sofrendo, física ou moralmente. Pede
também a Deus que os ajude em todos os aspectos e os preserve o quanto possível
das tribulações da vida.
VII-
Comporta-te de tal maneira que todos aqueles que compartilham de tua vida ou
vivem em teu contato, sintam em teu exemplo o desejo de se assemelharem
contigo. Guiado pela voz de tua consciência, que tua ética seja a mais pura
possível e que tua preocupação primeira seja sempre de pensar bem , falar bem e
agir bem.
VIII-
Sê tolerante, defendendo o direito à diferença. Nunca uses a faculdade do
julgamento para censurar ou condenar a outrem, pois tu não podes ler os
corações e as almas. Considera os outros com benevolência e indulgência, atento
para o que haja de melhor neles.
IX-
Mostra-te generoso para com aqueles que estejam passando necessidades ou que
sejam menos favorecidos do que tu. Todo dia procura realizar pelo menos uma boa
ação para outrem. Seja qual for o bem que faças a alguém, não te vanglories
disso, mas agradece a Deus o ter permitido contribuir para o seu bem-estar.
X-
Sê moderado em teu comportamento e evite os extremos em tudo. Demonstra
temperança, seguindo o reto caminho do meio em toda circunstância.
XI-
Se ocupas um cargo de poder, não te glorifiques disso, nem te deixes arrebatar
pela influência que esse cargo te permita exercer. Nunca o empregues para
forçar alguém a fazer coisas que reprovas ou que sejam injustas, ilegais ou
imorais. Assume-o com humildade, colocando-o a serviço do bem comum.
XII- Escuta os outros e fala com o devido conhecimento de causa. Se tiveres de
fazer uma crítica, faze com que ela seja construtiva. Se te pedirem opinião
sobre um assunto que desconheças, admite humildemente tua ignorância. Nunca te
permitas recorrer à mentira, à maledicência ou à calúnia. Se ouvires
declarações maldosas a respeito de outra pessoa, não as reforce com a tua
condescendência.
XIII- Respeita as leis do teu país e te esforces para ser um bom cidadão.
Lembra-te sempre de que é na evolução das consciências que se encontra a chave
do progresso humano.
XIV-
Sê humanista e considera a humanidade inteira como tua família. Além de tua
raça, de tua cultura e de tuas crenças, todos os seres humanos são teus irmãos
e irmãs. Merecem, por conseguinte, o mesmo respeito e consideração.
XV-
Considera a natureza como o mais belo santuário e a expressão da Perfeição
Divina na Terra. Respeita a vida em todas as suas formas, vendo os animais como
seres, não apenas seres vivos, mas igualmente conscientes e sensíveis.
XVI-
Sê sempre um livre pensador. Reflete por ti mesmo, nunca pensando conforme a
opinião dos outros. Além disso, dá a todo mundo a liberdade de pensamento; não
impões as tuas ideias a outrem e considera sempre que elas são susceptíveis de
evoluir.
XVII-
Respeita as crenças religiosas ou filosóficas, desde que não atentem contra a
dignidade humana. Não apoies nem abones o fanatismo ou o integrismo, em
qualquer que seja a forma. Na maneira de viver tua fé, cuida para não seres
dogmático ou sectário.
XVIII-
Sê fiel às tuas promessas e aos teus compromissos. Quando deres tuia palavra,
atribui-lhe um caráter sagrado e compromete tua honra através dela. Se tiveres
de prestar juramento, faze-o pensando na Rosacruz, símbolo do seu ideal ético,
e lembra-te de que toda mentira de tua parte traz consequências cármicas. Com
efeito, se é possível enganar os teus semelhantes, ninguém pode se subtrair à
Justiça Divina.
XIX-
Se teus meios o permitirem e o desejares, traze teu apoio material à Ordem, a
fim de ajuda-la em suas atividades e contribuir para sua perenidade.
XX-
Como o objetivo da Ordem é contribuir para a elevação das consciências e
transmitir seu ensinamento secular, sabe estar disponível para apresentar seus
ideais e sua filosofia àqueles que estejam em busca de conhecimento, sem jamais
tentar convence-los.
XXI-
Nunca deixes alguém supor que os membros da Ordem são sábios e detentores da
verdade. A quem te perguntar, apresenta-te antes como um estudioso ou um
buscador da Sabedoria. Nunca pretendas ser um Rosacruz, e sim um neófito em via
de aperfeiçoamento.
XXII-
À noite, antes de adormecer, faze um balanço do dia que estarás terminando,
vendo o que foi construtivo ou não. Em tua alma e consciência, julga o que
pensaste, disseste e fizeste ao longo desse dia. Tira disso lições úteis para
tua evolução espiritual, tomando boas resoluções. Feito isto, irradia
pensamentos positivos para toda a humanidade e depois confia tua Alma a Deus.
Bushido (武士道) literalmente,
"caminho do guerreiro", é um código de conduta e modo de vida para os Samurai (a classe
guerreira do Japão
feudal ou bushi), vagamente semelhante ao conceito de cavalheirismo que define os
parâmetros para os Samurais viverem e morrerem com honra.
É
originário do código moral dos samurai e salienta a frugalidade, fidelidade,
artes
marciais, mestria
e honra e até a morte. Nascido de
duas principais influências, a existência violenta
do samurai é atenuada pela sabedoria e pela serenidade do Confucionismo
e do Budismo.
O Bushido foi desenvolvido entre os séculos 9 e 12 e inúmeros documentos
traduzidos a partir dos séculos 12 e 16 demonstraram a sua grande influência em
todo o Japão,
embora alguns estudiosos terem mencionado que o "termo Bushidō em si é raramente
mencionado na literatura pré-moderna".
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