Antigos manuscritos, ou alegações
de seus encontros, foram motivo de muita discussão, alucinação e perseguição.
Apenas dois exemplos:
1.
Edmond Bordeaux Szekely |
O professor Edmond Bordeaux Szekely, da Universidade Hebraica, obteve permissão
para, em 1923, pesquisar os arquivos do Vaticano em busca de livros que
poderiam ter influenciado São Francisco de Assis. Percorrendo os quarenta
quilômetros de estantes com textos milenares, um deles chamou sua atenção.
Chamava-se “O Evangelho
Essênio da Paz”, cujo conteúdo era atribuído a João e descrevia passagens
inexistentes na Bíblia a respeito da vida de Jesus Cristo.
Edmond traduziu o texto,
inicialmente escrito em aramaico, e o publicou em quatro volumes, o que fez com
que fosse excomungado pela Igreja Católica.
Você lê o “Evangelho Essênio
da Paz” clicando neste
link.
2.
O reverendo inglês Gideon Ouseley,
no ano de 1880, encontrou um manuscrito chamado “O Evangelho dos Doze Santos”
praticamente enterrado em um monastério budista na Índia, texto em aramaico que
teria sido levado para o oriente por essênios refugiados.
Gideon passou então a
alardear que a Bíblia estava incorreta e que ele próprio teria localizado o
verdadeiro novo testamento, onde Jesus figuraria como reencarnacionista e
vegetariano.
Na Inglaterra do século XIX
Ouseley foi considerado blasfemo e teve sua casa incendiada, ocasião em que o
manuscrito foi destruído.
Extraímos do livro “O
Evangelho dos Doze Santos” da Editora Rosacruz-Áurea – 1985, um pouco deste
interessante texto, que você lê clicando neste
link.
Estes e outros episódios
garantiram aos essênios a desconfortável posição de mera nota de rodapé quando
se tratava do estudo científico da Bíblia e de outros textos religiosos
antigos, dada a falta de credibilidade com que eram apresentados.
No entanto, um episódio bastante
interessante lançou luz sobre a questão e este transcorreu da forma como agora
narraremos.
OS MANUSCRITOS DO MAR
MORTO
O palco:
Qumran – Localizado na costa do Mar Morto, é um
importante sítio arqueológico e histórico, incluindo restos de uma vila e
cavernas.
Os atores:
Essênios - Qumran existiu, entre 186 a.C. e 70 d. C.,
com uma população média de 200 pessoas que viviam do círculo judaico de oração
e em privacidade estrita, com posicionamentos religiosos bastante singulares e
diametralmente opostos aos adotados pelos doutores da lei do judaísmo de então.
O grande achado:
Pergaminhos que se demonstraram a cópia mais antiga da
Bíblia hebraica, como também descrevem a vida, a época e as crenças dos
essênios, localizados entre os anos de 1947 e 1956.
Os manuscritos foram, em sua
imensa maioria, elaborados antes da Era Cristã, sendo acondicionados em rolos e
acomodados dentro de potes de barro. A maior parte deles foi escrita com tinta
sobre pele de carneiro e apenas 300 dos aproximadamente 1000 encontrados foram
revelados até o momento.
As línguas utilizadas nos
manuscritos são o aramaico, o hebraico e o grego e no trabalho de tradução
usa-se o computador para evitar o manuseio e consequente deterioração das
peças.
As dificuldades para lidar com as
relíquias são muitas, especialmente considerando que as folhas se apresentam ressequidas
e partidas, transformadas em pequenos fragmentos, que devem ser montados tal
qual um grande quebra-cabeça para que se permita a completa visão de todo um
rolo.
Não percam a postagem de amanhã - Os essênios - parte 2 de 3
(a provável ligação dos essênios com Jesus)
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