Jesus, por ARTExplorer |
Qumran, por Tourisraele |
O número de rolos encontrados é enorme, bastando
para provar a assertiva o fato que da Bíblia Hebraica foram encontrados restos
de todos os livros com exceção única do livro de Ester.
Os manuscritos podem ser divididos em quatro
espécies: os bíblicos, os apócrifos, comentários e os livros da comunidade -
comunidade ou seita, pois não constituíam outra coisa os originais
proprietários dos mesmos.
W. F. Libby |
Muito embora este resultado não estabelecesse uma
data exata para os manuscritos, indicava, entretanto, um período histórico
geral, que apoiado principalmente em Flávio José, historiador do primeiro
século, e auxiliado por outros elementos, como o achado de moedas de diferentes
períodos e o estudo do conteúdo dos próprios manuscritos, deram aos estudiosos
do assunto maior possibilidade de bem situar o problema.
Alguns dos textos do Mar Morto são místicos, afinal
essênios eram místicos, porém, para surpresa de todas as igrejas cristãs, foram
encontrados textos idênticos aos da Bíblia.
Depois dos testes em laboratório, chegaram a conclusão
que a Bíblia teria sido transcrita destes textos, já que a cópia da Bíblia em
poder da Igreja é mais nova do que a encontrada Qumran, esta muito mais antiga,
portanto mais próxima ao original, caso não seja o próprio original da bíblia.
Entre os pergaminhos encontrados em Qumran estão os Pergaminhos de Isaías.
Livro de Isaías |
O pergaminho também é um
dos manuscritos mais antigos descobertos naquele sítio arqueológico. Ele data
de cerca de 100 AC, e por isso é mil anos mais antigo que o manuscrito bíblico
hebreu conhecido antes da descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto (O Códice de
Alepo, exibido no Museu do Livro). Cerca de 20 cópias adicionais, mas
fragmentadas, de Isaías, foram descobertas entre os pergaminhos de Qumran. O
livro foi sujeito a seis comentários, e é frequentemente citado em outros
pergaminhos.
Uma cópia do Pergaminho de
Isaías, já há muito tempo, tem sido uma peça central e dramática no Museu do
Livro, uma sala de exibição projetada para parecer com os topos dos jarros de
barro onde os pergaminhos foram encontrados. Um pequeno fragmento deste
pergaminho é exibido. Agora os visitantes poderão ver o original, com 2.60
metros de comprimento e contendo as famosas palavras, "devem fundir suas
espadas, para fazer bicos de arado..." (Isaias 2:4).
Para ilustrar a mensagem preciosa
de Isaías, ferramentas de ferro pertencentes ao oitavo século a.E.C., o período
no qual o profeta viveu, estão sendo mostradas ao lado do pergaminho. Um selo
helenístico escavado recentemente e nunca exibido anteriormente, com uma pomba
carregando um ramo de oliva, outro símbolo bíblico e universal da paz, também é
exibido.
No recentemente aberto centro de
informação e estudo dos pergaminhos do Mar Morto na fundação do Museu Dorot,
uma apresentação audiovisual fictícia dramatiza as complexidades da vida na
época do Segundo Templo. Junto com o modelo adjacente do Segundo Templo, estes
elementos se tornam peças companheiras que iluminam um período importante na
história das Escrituras.
Uma interessante apresentação (embora um tanto tendenciosa
para a fé cristã) a respeito da comparação científica de textos antigos com a
atual Bíblia você pode assistir clicando neste link.
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Na terceira e última parte deste artigo, que você lerá amanhã:
OS HABITANTES DE
QUMRAN ERAM REALMENTE ESSÊNIOS?
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