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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os essênios - 2/3 - OS ESSÊNIOS E JESUS


Este é o segundo artigo a respeito dos essênios. Você lê o primeiro artigo clicando aqui.
 
Jesus, por ARTExplorer
Jesus, por ARTExplorer
O estudo dos essênios ganhou grande impulso ao se constatar a provável ligação de Jesus Cristo com aquela organização, fato indicado pela grande similaridade (e por vezes completa identidade) entre as narrativas dos livros bíblicos e dos manuscritos de Qumran.

Qumran, por Tourisraele
Qumran, por Tourisraele
O número de rolos encontrados é enorme, bastando para provar a assertiva o fato que da Bíblia Hebraica foram encontrados restos de todos os livros com exceção única do livro de Ester. 

Os manuscritos podem ser divididos em quatro espécies: os bíblicos, os apócrifos, comentários e os livros da comunidade - comunidade ou seita, pois não constituíam outra coisa os originais proprietários dos mesmos.



W. F. Libby
W. F. Libby
Depois de provada a autenticidade dos pergaminhos, a primeira questão focalizada foi a da sua época e ainda não se chegou a um acordo a este respeito. Um pedaço de linho encontrado em uma cova foi submetido, pelo professor W. F. Libby, do Instituto para estudos Nucleares da Universidade de Chicago, ao método carbono 14, e a data estabelecida foi a do ano 33, com uma aproximação de 200 anos, ou seja, um período situado entre o ano 187 AC e 233 de nossa Era. 

Muito embora este resultado não estabelecesse uma data exata para os manuscritos, indicava, entretanto, um período histórico geral, que apoiado principalmente em Flávio José, historiador do primeiro século, e auxiliado por outros elementos, como o achado de moedas de diferentes períodos e o estudo do conteúdo dos próprios manuscritos, deram aos estudiosos do assunto maior possibilidade de bem situar o problema. 

Alguns dos textos do Mar Morto são místicos, afinal essênios eram místicos, porém, para surpresa de todas as igrejas cristãs, foram encontrados textos idênticos aos da Bíblia. 
Depois dos testes em laboratório, chegaram a conclusão que a Bíblia teria sido transcrita destes textos, já que a cópia da Bíblia em poder da Igreja é mais nova do que a encontrada Qumran, esta muito mais antiga, portanto mais próxima ao original, caso não seja o próprio original da bíblia.




Entre os pergaminhos encontrados em Qumran estão os Pergaminhos de Isaías.

Pergaminhos de Isaías
Livro de Isaías
Os Pergaminhos de Isaías foram descobertos perto de Qumran, ao lado do Mar Morto, em 1947 e é o maior e o mais bem preservado entre todos os pergaminhos bíblicos, e o único descoberto estando completo: As 54 colunas contém todos os 66 capítulos da Bíblia.

O pergaminho também é um dos manuscritos mais antigos descobertos naquele sítio arqueológico. Ele data de cerca de 100 AC, e por isso é mil anos mais antigo que o manuscrito bíblico hebreu conhecido antes da descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto (O Códice de Alepo, exibido no Museu do Livro). Cerca de 20 cópias adicionais, mas fragmentadas, de Isaías, foram descobertas entre os pergaminhos de Qumran. O livro foi sujeito a seis comentários, e é frequentemente citado em outros pergaminhos. 

Uma cópia do Pergaminho de Isaías, já há muito tempo, tem sido uma peça central e dramática no Museu do Livro, uma sala de exibição projetada para parecer com os topos dos jarros de barro onde os pergaminhos foram encontrados. Um pequeno fragmento deste pergaminho é exibido. Agora os visitantes poderão ver o original, com 2.60 metros de comprimento e contendo as famosas palavras, "devem fundir suas espadas, para fazer bicos de arado..." (Isaias 2:4).
Para ilustrar a mensagem preciosa de Isaías, ferramentas de ferro pertencentes ao oitavo século a.E.C., o período no qual o profeta viveu, estão sendo mostradas ao lado do pergaminho. Um selo helenístico escavado recentemente e nunca exibido anteriormente, com uma pomba carregando um ramo de oliva, outro símbolo bíblico e universal da paz, também é exibido. 

No recentemente aberto centro de informação e estudo dos pergaminhos do Mar Morto na fundação do Museu Dorot, uma apresentação audiovisual fictícia dramatiza as complexidades da vida na época do Segundo Templo. Junto com o modelo adjacente do Segundo Templo, estes elementos se tornam peças companheiras que iluminam um período importante na história das Escrituras. 

Uma interessante  apresentação (embora um tanto tendenciosa para a fé cristã) a respeito da comparação científica de textos antigos com a atual Bíblia você pode assistir clicando neste link.

Na terceira e última parte deste artigo, que você lerá amanhã:

OS HABITANTES DE QUMRAN ERAM REALMENTE ESSÊNIOS?

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