"Há
circunstâncias na vida em que a dignidade humana pode exigir grandes
sacrifícios, isto é, heroísmo. Ninguém tem autoridade moral para exigir de
outro um comportamento heroico. Cada um de nós tem essa obrigação, não porque
outros lho peçam ou censurem se o não fizer, mas porque as próprias coisas lho
pedem; pede-o, sobretudo a dignidade humana.
A história de todas as culturas está cheia de gestos exemplares deste tipo, fora do 'normal estatístico'. Mas estas escolhas podem surgir na vida de todos os homens, em circunstâncias 'normais'." - (Juan Luis Lorda)
A história de todas as culturas está cheia de gestos exemplares deste tipo, fora do 'normal estatístico'. Mas estas escolhas podem surgir na vida de todos os homens, em circunstâncias 'normais'." - (Juan Luis Lorda)
Tem coragem? por oticaurbana |
A vida humana é permeada de
incertezas.
Começam pela manutenção ou
duração da própria existência física e consciente, passando pela estabilidade
dos relacionamentos e condições de vida (veja o artigo “Medo de
perder”).
A coragem, definida como a
capacidade de enfrentar os medos, perigos, incertezas, desafios e intimidações
do dia-a-dia, não se confunde necessariamente com o conceito corriqueiro de
heroísmo.
Perseu - por Marcelo Pasqua |
Heróis, na literatura grega, não
eram, portanto, plenamente homens como igualmente não equivaliam integralmente
aos deuses.
Faziam parte, conforme se infere
dos livros gregos, de uma espécie de raça intermediária, vez que capazes de uma
vida quase humana, embora não plena, já que suas qualidades superiores muitas
vezes interferiam nos relacionamentos humanos, por vezes inviabilizando-os.
Da mesma forma, narram os escritos da Antiga Grécia, não se tratavam de deuses em toda sua complexidade, considerando que a eles faltavam muitas das características divinas, incluindo a imortalidade e a capacidade de criar algo do nada.
Com o tempo, o termo herói passou
também a definir os seres humanos que agem de forma acima da média, normalmente
no enfrentamento de perigos e intimidações de outros, em ocasiões em que isto
não seria exigível.
General Magin - por viagensimagens |
Atualmente, é necessário
reconhecer, a coragem é elemento essencial do “distorcido” conceito de
heroísmo.
Entretanto, coragem e heroísmo
não são sinônimos necessariamente.
Encontramos na literatura médica,
por exemplo, um absurdo número de mazelas que atingem brusca e violentamente
alguns seres humanos. Enfrentá-las exige coragem, e por vezes heroísmo, já que
para a maioria de nós seria inconcebível ver-se sorrindo, brincando e mesmo
vivendo dentro da plenitude possível como alguns doentes.
O mesmo é possível dizer em
relação a diversos episódios descritos nos livros de história.
Escravidão - por atalibaterra |
Assim é, também, no cotidiano de
todo ser humano.
É preciso ter coragem e saber
onde buscá-la...
Coragem não é um atributo do
corpo, mas da alma, e está intrinsecamente relacionado com o reconhecimento de
aspectos superiores da existência, normalmente narrados nos livros sagrados de
todas as religiões e filosofias.
É mais fácil ser corajoso quando
reconhecemos que alguma “coisa” superior a nós existe, assim como é mais fácil
exercer o heroísmo dando sentido às nossas grandes ou pequenas mazelas e dores
(veja o artigo “Doe sua dor”).
A coragem não é apenas essencial,
mas é a mãe de todas as grandes qualidades e virtudes humanas.
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