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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Rainha do Voodoo


Marie Laveau

Marie Laveau - por Tammybeck
Marie Laveau - por Tammybeck


Uma negra nascida livre, em 10 de setembro de 1782, em Nova Orleans – Estados Unidos, a respeito da qual se contam inúmeros feitos psíquicos e sobre a qual existem muitas controvérsias, inclusive quando ao seu local de nascimento, que autoridades renomadas com as quais temos contato, afirmam ter ocorrido no Haiti.

Conta-se sobre ela que seria filha de um agricultor branco com uma mulher negra, mulher esta que, como ela, praticaria artes divinatórias e magia, incluindo vudu.

Sabe-se com segurança que Marie casou com Jacques Paris, negro e livre, no dia 04 de agosto de 1819, conforme consta de sua certidão de casamento, até nossos dias conservada na Catedral de Saint Louis, em Nova Orleans.

No ano seguinte, Paris morreu em circunstâncias não esclarecidas, passando Marie a trabalhar como cabeleireira, especialmente para famílias abastadas da época.

Consta que Marie e seu esposo tiveram quinze filhos, dentre eles Marie Laveau II, nascido c. 1827, que posteriormente deu continuidade ao trabalho de sua mãe.

Estudiosos acreditam que a mãe era mais poderosa enquanto a filha mais disposta a realizar eventos públicos (incluindo convidar participantes para rituais de São João da véspera em Bayou St. John). Elas receberam quantidades variadas de apoio financeiro para a continuidade de seus trabalhos e não se sabe qual das duas pode ter feito mais para estabelecer a reputação de rainha voodoo.

Marie enamorou-se com Luis Christopher Duminy de Glapion, vivendo em sua companhia até a data de sua morte, em 1.835.
Voodoo Veve Damballah Aida-Wedo - por Magierindamona

Marie teria como animal de estimação uma cobra de nome “Zombi”. Quanto a esta serpente, teria ela também o nome “Iwa Damballah Wedo”.

“No Vodou, Damballah é um dos mais importantes de todos os loa. Ele é tanto membro da família Rada como uma raiz, ou racine Loa. É representado como um serpente e associa-se estreitamente com cobras. Ele é considerado o pai de todos os loa e, juntamente com sua esposa/companheira Ayida Weddo, considerado no Vodou haitiano o Loa de criação.
“Algumas de suas canções rituais indicam que ele "transporta os antepassados", na sua volta ao Ginen (casa espiritual do Loa, e o pós-vida). Sua esposa é a serpente arco-íris Ayida Weddo (ele também é casado com a Erzulie Freda). Como um loa da nação Rada está associado com a cor branca. Sua cor especial é o branco. Suas oferendas são muito simples e que ele prefere um ovo em um monte de farinha. Algumas casas também servem-lhe com anisete (licor de anis) e xarope de milho. Ele não fala quando se apresenta em sua posse, mas faz barulhos, sibilam como uma cobra.
“Na maioria das casas, ele é sincretizado com uma das imagens católicas de Moisés ou St. Patrick.
“Nomes alternativos: Damballa Weddo (filho de Odan Wedo), Danbala, Zombi, Danbala Wedo, Damballah Weddo, Danbhala Weddo, Obatalá.” (fonte – Wikipedia)




Há relatos de grandes curas de males minimamente estranhos atribuídas à magia de Marie Laveau. Esta magia, segundo se fala, incluiria uma miscigenação de crenças católicas e africanas, como também outros conceitos religiosos.

Também se atribui àquela magia uma grande clarividência e íntimo conhecimento do que se passava nos lares das famílias da época, especialmente daquelas mais abastadas.

Quanto à sua morte, muito se fala e pouco realmente se sabe. Nossa fonte de grande conhecimento informa que Marie teria sido condenada à morte por enforcamento pela prática de magia, que nunca negou.

Mary Poppins - por Madame Lazonga
Mary Poppins - por Madame Lazonga
No momento da execução da sentença, Marie teria levitado sobre a cabeça de seus executores e dos expectadores, fazendo uso de um guarda-chuva, fato este que pode ter inspirado a criação da personagem “Mary Poppins” (veja um algo sobre este vôo no final do trecho de filme que você encontra neste link).

Diversos jornais de Nova Orleans publicaram notícias a respeito da morte de Marie Laveau, no dia 16 de junho de 1.881, mas conta o popular que ela continuava a ser vista na cidade após esta data, fato que se tentou explicar, mas não de forma convincente, como tendo sido personificada por uma de suas filhas com Luis Christopher Duminy de Glapion.

De acordo com registros oficiais de Nova Orleans, uma certa Marie Glapion Lavau morreu em 15 de junho de 1881, aos 98 anos. A ortografia diferente do último nome, bem como a idade à morte pode resultar da abordagem informal século 19 para ortografia bem como relatos conflitantes sobre o nascimento do Laveau.

Oferendas para Marie Levau - por Star Cat
Oferendas para Marie Levau - por Star Cat
Marie Laveau teria sido sepultada no Cemitério de São Luís em Nova Orleans, na cripta da família Glapion. A tumba continua a atrair visitantes que desenham três cruzes (XXX) na lateral, esperando que o espírito dela lhes conceda a realização de um desejo.

A fama de Marie Laveau é tão absurdamente grande que personagens homenageando-o foram inseridos em inúmeros romances, especialmente aqueles que enveredam pelo ocultismo.

Nas histórias em quadrinhos da Marvel Comics, Marie Laveau é constantemente apresentada como adversária de Drácula e do Dr. Estranho.

Na música, é tema ou argumento das seguintes obras, dentre outras:

“Marie Laveau” – Bobby Bare – que você ouve clicando neste link 
“Clare” – Fairground Attraction – que você ouve clicando neste link 
“Marie Laveau – Rainha Voodoo” – Dr. John – que você ouve clicando neste link 
“Witch queen of New Orleans” – Redbone – que você pode ouvir clicando neste link 
“Wheel inside the Wheel”  - Mary Gauthier – que você pode ouvir clicando neste link 
“I will play for gumbo” – Jimmy Buffett – ouça clicando neste link
“Marie Laveau” - Craig Klein – ouça neste link

A prática religiosa ou mágica de Marie Laveau e de sua filha Marie Laveau II tinha tamanha popularidade que permitiu a conquista de grande número de seguidores multirraciais. Em 1874, cerca de 12 mil pessoas, negros e brancos, invadiram as margens do Lago Pontchartrain para ter um vislumbre de Marie Laveau II realizando seus ritos lendários na véspera de São João.

Consta que se deve a Marie Laveau a criação dos grandes enterros festivos (veja do que falamos clicando aqui) em Nova Orleans, pois que esta, tal qual a personagem central do filme intitulado "Imitação da vida"(saiba mais aqui) teria poupado dinheiro e realizado a programação de seu enterro. 



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