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domingo, 11 de dezembro de 2011

A Bruxa de Blair - Origem - 1/5



Hoje vamos iniciar uma série de artigos que normalmente não fariam parte do Blog Maçonaria e Esoterismo, uma vez que a primeira vista poderiam fomentar a superstição, contra a qual todo maçom tem obrigação de lutar.

No entanto, considerando várias evidências e fatos colhidos de fontes confiáveis, decidimos apresentar a história da Bruxa de Blair para que mais e mais informações e hipóteses possam ser arrecadadas a respeito, na tentativa de explicar os vários fenômenos atribuídos à bruxa.

Sabemos e queremos ressaltar que é impensável a ocorrência de alguns dos fenômenos e eventos que narraremos sem a pérfida participação humana, como também admitimos a possibilidade de explicações pouco ortodoxas serem oferecidas para grandes erros e crimes humanos, como costumeiramente se fez durante a história, diga-se de passagem.

Apresentaremos a história em cinco textos, na seguinte ordem:

- Parte I – A origem da lenda.
- Parte II – Riacho demoníaco.
- Parte III – A menina no porão.
- Parte IV – O eremita.
- Parte V – Cineastas.





Em 1785, na cidade de Blair, em Maryland, Estados Unidos, Ellie Kedward, uma irlandesa que imigrou para Maryland em 1769, foi acusada de bruxaria, julgada e considerada culpada, sendo banida da cidade em pleno inverno para morrer.

Ellie foi deixada no meio da floresta durante o mais rigoroso inverno visto na região. Ela foi vendada para que não visse por qual caminho tinha entrado na floresta e em seguida foi amarrada à uma árvore e deixada à própria sorte.
 
É importante lembrar que os Estados Unidos foram pródigos em histórias de caça às bruxas, especialmente nos séculos XVII e XVIII e ainda com maior ênfase na época da sua guerra revolucionária.

Ellie Kedward era uma idosa na ocasião da acusação. Era uma católica que vivia numa comunidade de protestantes. Alguns atribuem à religião a acusação e condenação.

Outros entendem que Ellie era tão somente uma mulher que tentou ajudar a comunidade, pois que alguns de seus membros, especialmente crianças, teriam comido pão contaminado, o que levou à alucinações. Ellie teria tão somente tentado ajudar com seus conhecimentos a respeito de ervas medicinais e as crianças teriam levado o fato ao conhecimento dos pais, o que, na época era considerado prova de bruxaria.

Bem, no entanto o fato é que no inverno do ano seguinte todos os acusadores de Ellie e metade das crianças da cidade de Blair desapareceram, o que a população imediatamente relacionou com a “bruxa” e pelo que, temendo uma maldição, abandonou a cidade com o primeiro sinal de melhora do tempo, jurando que jamais o nome de Ellie seria novamente pronunciado.

Uma carta datada de 1822, assim tratou do assunto:

"Ele me disse que tinha morado numa cidade 65 quilômetros ao norte.
"O lugar fora abandonado como se tivesse sito amaldiçoado.
"As casas que permaneciam lá estavam fechadas e vazias, sem sinal do motivo de partida tão repentina.
"Ele disse que a cidade fora amaldiçoada por uma bruxa e disse ter visto um cemitério cheio de sepulturas de crianças.
"Se é verdade ou não, não posso dizer."

Em 1809, um livro raro a respeito das ocorrências relacionadas à bruxa de Blair foi descoberto. Tinha o nome de Culto à Bruxa de Blair, cujo autor era anônimo.

O livro narra supostas histórias que ilustram os feitos da bruxa e está cheio de textos sobre sangrias, bruxaria e paganismo, cuja legitimidade é fortemente questionada por especialistas.

Alguns de seus trechos:


"A velha horrorosa arrancou a cabeça do menino do corpo e manchou toda a igreja com o sangue quente dele."
"Notei que um dente de cão surgia da perna dela."
"Ela controlava os animais da floresta. Até as árvores pareciam obedecer-lhe."
"Quando ela andava, não tocava no chão."
"E seus seguidores faziam uma pilha com os cadáveres das ruas."


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