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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

I Ching

Composto por diversas camadas sobrepostas no decorrer do tempo, o I Ching também é conhecido como “Livro das Mutações”, e é um dos raríssimos textos da Antiga China que chegou até a atualidade.
Embora na maioria das vezes o I Ching seja utilizado como um oráculo, também possui sua vertente relacionada à sabedoria.

O I Ching está intimamente relacionado com as sexta e sétima leis herméticas, sobre as quais escrevemos o artigo “As sete leis herméticas” que pode ser interessante ver ou rever.

De fato a filosofia daquele livro está inteiramente lastreada no conceito de mudança, com inalteração de substância das coisas, fatos e pessoas.

Como se vê nas figuras dos “hexagramas” e “trigramas”, a essência de uns e outros é idêntica, havendo mutação no posicionamento das linhas, com alteração significativa de interpretação.
Para o pensamento chinês, não há o que mude, há apenas o mudar. A mutação seria o caráter mesmo do mundo. Mas a mutação é, em si mesma, invariável, ela sempre existe. Portanto, "I" significa mutação e não-mutação. Subjaz, à complexidade do universo, uma 'simplicidade' que consiste nos princípios que estão por trás de todos os ciclos. Ao fluir com as circunstâncias se evita o atrito e portanto a resistência: esse é o caminho do homem sábio.”
...
Tudo que ocorre no céu e na terra tem sua imagem nos oito trigramas, que estão continuamente se transformando um no outro. Têm várias camadas de significados, e representam processos da natureza. São, portanto, o mundo arquetípico, ou o mundo das idéias de Platão. É usada para ilustrá-los a analogia com a família:
·         o pai é forte
·         a mãe é maleável
·         os três filhos são as três fases do movimento: início, perigo e repouso
·    as três filhas são as três etapas da devoção: suave penetração, clareza e tranqüilidade”. – Fonte – Wikipédia.

O I Ching surgiu antes da dinastia Chou (1150-249 a.C.) e era um conjunto de oito Kua, figuras formadas por três e seis linhas sobrepostas. James Legge, na tradução para o inglês (1882), chamou de trigrama o conjunto de três linhas e hexagrama o de seis, para distingui-los entre si.

A origem dos 64 “hexagramas” é atribuída a Fu Hsi, o criador mítico chinês, e até a dinastia Chou eles formavam o I Ching. Os oito “trigramas” têm nomes não encontrados em chinês, a origem é pré-literária.

O tempo obscureceu a compreensão das linhas, e no começo da dinastia Chou surgiram dois anexos: o Julgamento, atribuído pela tradição ao rei Wên, e as Linhas, atribuídas a seu filho, o duque de Chou, ambos fundadores desta dinastia.



Confúcio - por happymeiran
Confúcio - por happymeiran
Mais tarde, mesmo o significado destes textos começou a ficar obscuro, e no século VI a.C. foram acrescentadas as Dez Asas, que a tradição atribui a Confúcio, embora seja claro que a maioria delas não pode ser de sua autoria. O nome "I Ching" é dado ao conjunto dos Kua e todos os textos posteriores.

O I Ching é composto por oito “trigramas” básicos e sessenta e quatro “hexagramas” derivados dos primeiros. Seus caracteres são os seguintes:

Trigramas 

trigramas

Hexagramas

hexagramas

Lista de nomes dos 64 “hexagramas”:

01.qián..........O criativo
02.kūn
.......... O receptivo
03.zhūn
..........A dificuldade inicial
04.mēng
.........A insensatez juvenil
05.  
.......... A espera
06.sòng
..........O conflito
07.shī
..........   O exército
08.
..........     A solidariedade (A união)
09.xiǎo chù
....O poder de domar do pequeno
10.lǚ
..........    A trilha (A conduta)
11.tài
..........   A paz
12.pǐ
..........    A estagnação
13.tóng rén
... A comunidade com os homens
14.dà yǒu
......Grandes posses
15.qiān
..........A humildade (Modéstia)
16.
..........   O entusiasmo
17.suí
..........  O seguir
18.gǔ
..........  O trabalho sobre o deteriorado (O trabalho sobre o corrompido)
19.lín
..........   A aproximação
20.guān
.........A contemplação
21.shì kè
........O morder
22.
..........    A graciosidade (Beleza)
23.
..........   A desintegração
24.
..........   O retorno (O ponto de mutação)
25.wú wàng
..A inocência
26.dà chù
......O poder de domar do grande
27.
..........    O prover alimento (As bordas da boca)
28. dàguò
......A preponderância do grande
29.kǎn
.......... O abismal (A água; O insondável)
30.
..........     O aderir (O fogo)
31.xián
..........A influência (O cortejar)
32.héng
.........A duração
33.dùn
.......... A retirada
34.dà zhuàng
.O poder do grande
35.jìn
..........   O progresso
36.míng yí
..... O obscurecimento da luz
37.jiā rén
.......A família
38.kuí
..........  A oposição
39.jiǎn
.......... O obstáculo (A obstrução)
40.jiě
..........   A liberação
41.sǔn
.......... A diminuição
42.
..........    O aumento
43.guài
..........A determinação (O irromper)
44.gòu
.......... Vir ao encontro
45.cuì
..........  A reunião
46.shēng
....... A ascensão
47.kùn
.......... A opressão (A exaustão)
48.jǐng
.......... O poço
49.
..........   A revolução
50.dǐng
..........O caldeirão
51.zhèn
..........O incitar (A comoção; O trovão)
52.gèn
.......... A quietude (A montanha)
53.jiàn
..........O desenvolvimento (O progresso gradual)
54.guī mèi
.....A jovem que se casa
55.fēng
..........A abundância (A plenitude)
56.lǚ
..........    O viajante
57. xùn
..........A suavidade (O penetrante; O vento)
58.duì
..........  A alegria (O lago)
59.huàn
.........A dispersão (A dissolução)
60. jié
..........  A limitação
61.zhōng fú
....A verdade interior
62.xiǎo guò
...A preponderância do pequeno
63.jì jì
..........  Após a conclusão
64.wèi jì
.........Antes da conclusão

A forma de encarar o I Ching variou com o tempo na própria China. Houve dinastias que o apreciaram como livro filosófico e outras que o estudaram como oráculo.

Na sua forma oracular, atribui-se ao I Ching a infalibilidade.

A consulta deve ser precedida de meditação, ritual e exata formulação do questionamento. 

Não existe resposta equivocada do oráculo. O que existe é um questionamento pessimamente formulado.

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