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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Magos e Reis

Os reis magos foram mencionados no texto bíblico tão somente em um dos quatro evangelhos, qual seja o de Mateus, e mesmo esta menção é bastante superficial, transcorrendo em 12 versículos durante os quais sequer há referência ao número correto deles, apenas sendo possível deduzir que era superior a um, considerando que o texto foi escrito no plural.

Da mesma forma, Mateus em nenhum momento afirmou que os visitantes do recém-nascido Jesus, seriam verdadeiramente reis.

Neste sentido é de bom tom sinalizar que apenas após 800 anos da morte de Jesus, os seus primeiros visitantes foram associados a três das regiões do Mundo Antigo. Melchior seria rei da Pérsia, Gaspar, da índia e Baltazar, da Arábia.

Reis Magos - por Arte e Mimo
Reis Magos - por Arte e Mimo
Apenas no século III eles receberam o título de reis, muito provavelmente como forma de confirmar uma antiga profecia inserida no salmo 72, que diz: “Todos os reis hão de adorá-lo”.

Quanto aos nomes dos visitantes, sabe-se que seus significados seriam:

Gaspar – “Aquele que vai inspecionar”, ou “O branco”.
Melchior – “Meu rei é luz”, ou “rei da luz”.
Baltazar – “Deus manifesta o rei”, ou “Senhor dos tesouros”.




Quanto ao título “magos”:





A palavra “mago” provém do latim “magus” e do grego “mágos”, com significado de “sábio e sacerdote da Pérsia”.

Os “Mágoi”, ou magos, faziam parte de uma casta de sacerdotes que detinha todas as ciências, especialmente as ocultas, dedicando-se ao estudo da Astrologia e Astronomia. Eram sacerdotes da religião zoroástrica e teriam ligação com Balaão, contemporâneo de Moisés (Números 24:17).

Há pouca discussão quanto à conclusão de terem sido os “Mágoi”, ou magos, astrólogos, pois que estes seguiam estrelas e realizavam cálculos para saber o local e a data do nascimento de Jesus.

Da mesma forma não se descarta a possibilidade da tão falada “Estrela de Belém” ter  sido um alinhamento planetário entre Júpiter, Saturno e Marte, simbolizando os três povos conhecidos de então – o branco (Júpiter) representado por Melchior, o negro (Saturno), representado por Baltazar e o amarelo, asiático (Marte), Gaspar.

Esse possível alinhamento teria ocorrido no signo de peixes, no mesmo período em que tinha início a Era de Peixes, a Era Cristã, marcada pelo nascimento de Jesus e pelo posicionamento do Equinócio a 0º da Constelação de Peixes. Esse fenômeno celeste aconteceu por volta do ano 6 a. C., já que se sabe que o nascimento de Jesus pode ter ocorrido entre 6 e 7 anos antes do que se presume, considerando que nosso calendário passou por inúmeras reformas e vários ajustes.

Estrela de Belém - por Bertolivert
Estrela de Belém - por Bertolivert
Os fenômenos astronômicos tinham um papel muito importante no Oriente Médio e, assim, seria muito conveniente e natural associar um evento celeste ao nascimento de Jesus, como se associou um eclipse à morte de Herodes e um cometa ao assassinato de Júlio Cesar em 44 a. C. Na época e por muitos anos antes, estralas em movimento ou cadentes pressagiavam a morte de grandes homens ou o nascimento de deuses, como Agni, Buda e Cristo.

Os primeiros apontamentos científicos a respeito da “Estrela de Belém” foram feitos pelo matemático, astrônomo e astrólogo Johannes Kepler, na cidade de Praga, no dia 17 de dezembro de 1603.

Naquela data, Kepler observava uma conjunção de Júpiter e Saturno na Constelação de Peixes e notou que os dois planetas somavam seus brilhos e parecessem com uma nova estrela muito brilhante.
Kepler, um grande estudioso e postulante a pastor, lembrou de haver lido um texto de autoria do Rabino Abravanel (1437 – 1508), que afirmava que os astrólogos judeus diziam que quando Saturno fizesse conjunção com Júpiter em Peixes, viria o Messias, vez que sabiam, como também sabiam os Magos, que a constelação de Peixes era conhecida como Casa de Israel, signo do Messias e sinal do fim dos tempos.

Jupiter era a estrela real da casa de Davi e do príncipe do mundo. Saturno, por seu turno, a estrela protetora de Israel, da Palestina no Oriente.

Johannes Kepler - por grupoimperial.
Johannes Kepler - por grupoimperial.
Essa conjunção durou cinco meses durante o ano de 7 a. C. (provável ano correto do nascimento de Jesus), do dia 29 de maio a 08 de junho, de 26 de setembro a 6 de outubro e de 5 a 15 de dezembro e pôde ser vista com grande nitidez e claridade na região do Mediterrâneo. Kepler julgou ter encontrado a “Estrela de Belém”, mas não levou o assunto à frente...

O tema voltou a ser estudado em 1925, quando o estudioso Paul Schnabel encontrou registros dessa conjunção em pequenas tábuas de argila da antiga Babilônia e do período neo-babilônico. Estas pequenas tábuas estão em escrita cuneiforme e são registros astrológicos da antiga Escola de Astrologia de Sippar (Zimbir em sumkério, Sippar em assírio-babilônico). Escavações realizadas no final do século XIX encontraram ainda os restos de um templo e um zigurate dedicado a Shamash – deus solar, e Ebabbar – o antigo escriba da Escola de Astrologia.

No local onde estava o menino Jesus, os magos chegaram meses após o nascimento, abrindo seus cofres e entregando grande quantidade de presentes aos pais Maria e José. Seguidamente, cada um deles entregou uma moeda de ouro como presente para Jesus. O  primeiro mago presenteou com ouro, o segundo com incenso e o terceiro com mirra, objetivando a reafirmação da natureza nobre e realeza de Jesus.

O ouro, desde a antiguidade, é um dos materiais mais nobres para a humanidade. O incenso aromático simbolizava a ação sacerdotal que Jesus desempenharia e a mirra relacionava-se com o alívio das dores que ele sofreria com a crucificação.

Na antiguidade e em seus muitos rituais e hábitos, o ouro era o presente para um rei, enquanto o incenso o era para um religioso e mirra, para um profeta.

A mirra, na época utilizada para embalsamar corpos, simbolizava a imortalidade.

Na cidade, mais especificamente na catedral de Colônia – Alemanha estariam enterrados os restos dos três reis magos.

De acordo com a tradição medieval, os magos teriam se reencontrado quase 50 anos depois do primeiro Natal, em Sewa – Turquia, onde faleceram, sendo seus corpos levados para Milão, na Itália, onde permaneceram até o século XII, quando o imperador germânico Frederico dominou a cidade e transladou as urnas mortuárias para Colônia.



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